terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Cinco (05) anos do Filme/Documentário "A Bahia do Afoxé Filhos de Gandhy".

Tendo sido gravado entre outubro e dezembro de 2004, o documentário A Bahia do Afoxé Filhos de Gandhy, do diretor Lino de Almeida, comemora seus cinco (05) anos de existência.


Este documentário é um filme de negro para negros, com sentimento negro, e que não se resume apenas a esta inovadora linguagem afrodescendente e sim transcende as barreiras da comunicação audiovisual, sendo de fato uma soma, junto aos registros das culturas de resistência e tradição nacionais. Um registro da memória de uma forte expressão afro brasileira. O documentário a Bahia dos Filhos de Gandhi, do diretor Lino de Almeida, da produtora S12 Produções Brazil, compõe junto a grandes obras do audiovisual nacional, este filme/documentário é uma forte representação do imaginário e memória do povo negro da Bahia.


Com 82’73 minutos de imagens (produção) no total, e, 51’56 minutos de filme, o “cinespectador” poderá entrar no profundo âmago do maior afoxé brasileiro, o Gandhy, que chega a levar às ruas, no carnaval baiano, mais de 14.000 (quatorze mil) brincantes, desenhando aos olhos do Brasil uma gigante e emocionante “serpente branca” de alma negra, que traz uma mensagem única no meio da folia baiana, a paz mundial!


Criado em 1949 (anteriormente chamava-se Bloco Comendo Coentro) por um grupo de estivadores negros do porto de Salvador, na Bahia, os senhores Nélson Lobisom, Eduardinho, Almir Passos Filho, Das Virgens, Dominiense entre outros, após terem assistido no cinema o filme Guga Din, e coincidindo com o falecimento do Mahatma Gandhi, deram luz a um grande acontecimento. A criação do Gandhy é um evento importantíssimo na história do povo negro nacional, pois a partir daquele momento (1951 transformou-se em afoxé, por terem inserido cânticos sagrados dos terreiros em seus desfiles) fincou-se mais uma bandeira da voz do povo excluído no carnaval baiano. Hoje com 60 anos de existência é um eminente gigante que cresce sem parar, e aderem a ele todo ano, mais participantes.


Não se vê mais o “wisk importado, nem a farofa de bacalhau” (como lembra um dos fundadores, Nélson Lobisomem) que eram obtidos com facilidade nos tempos antigos do afoxé, mas sem dúvidas toda diversidade de pessoas que fazem parte da entidade levam à rua o seu melhor, a vontade de brincar o carnaval na paz.


Filme dedicado à Manuel de Almeida, sociólogo, filósofo, poeta e fundador do movimento negro (amigo pessoal de Lino de Almeida), o documentário tem imagens lindas que revelam um Salvador vivo e cheio de alegria. As belas imagens aéreas de paisagens, e dos desfiles dão o tom de magnitude ao que se propôs ser registrado neste doc. A direção de fotografia quem assina são o Rubens Araújo Santos, Roberto Guery e Luiz Vieira.


Abrindo com o ritual tradicional do Padê para Exú, simbolicamente o vídeo ganha um teor religioso e misterioso que já chama a atenção do “cinespectador”, que fica louco para ver o que vem depois da entrada que nos enche de curiosidade e emoção. Com um trilha sonora feito especialmente para o vídeo, os cânticos do Gandhy embalam todos os momentos e imagens. A fala do Rai Gandhy (Raimundo Queirós, falecido em 17.05.2006, aos 81 anos de idade), figura tradicional do afoxé que era símbolo importantíssimo nos desfiles e apresentações do grupo, revela parte da história de seu envolvimento com o afoxé, e também explicita a sua nova vida depois de ter assumido um lugar privilegiadíssimo como a própria figura do Gandhi na avenida.



Carlinhos Brown tem uma das falas mais emocionantes do filme, pois ele expressa sua fé quando fala que pegou “seu ferro” e foi tocar para seu pai, Ògún Xorokê, assumindo assim seu pertencimento a religião dos Orixás. Ele ainda afirma que foi Mãe Menininha do Gantois que permitiu e organizou os cânticos dos Orixás para que o bloco se firmasse enquanto afoxé e ainda dá aula quando fala que o agogô (instrumento típico do afoxé) deve ser tocado primeiro na parte inferior das câmpulas, começando por baixo para trazer mais axé e crescer todo mundo junto com o ritmo que marca toda caminhada pelas ladeiras.


As fotos do etnólogo, fotógrafo e babalawò Pierre Fatumbí Verger enriquecem ainda mais os OFF do documentário, pois os registros feitos por ele são lindos e tem toda característica do próprio. Ainda assinam as fotos do Gandhy os fotógrafos e fotografas Marisa Viana, Raimundo Bandeira, Antônio Olavo, Antônio Queiroz, e o Abimael Souza.


O cantor Gilberto Gil, que já foi presidente do Gandhy, coloca em suas falas toda a importância que o afoxé tem para ele, e foi também a partir dele que muitos artistas se associaram e deram maior visibilidade ao grupo, que teve várias músicas compostas em sua homenagem. O ex-ministro da Cultura é uma figura forte em todo filme, pois as falas dele delineiam parte importante dos depoimentos que fortalecem a história do Gandhy.


Imagens também de filmes como Tenda dos Milagres, de Nélson Pereira dos Santos, do filme Filhos de Gandhy (1999) do diretor Lula B. de Holanda, além de matérias de jornais antigos, mostram a pesquisa realizada pela equipe do documentário, que teve sucesso em reunir importantes registros que fazem uma linha do tempo da trajetória e história do bloco.


O recorte dado pelo diretor focando na intolerância religiosa e o racismo sofrido pelos negros e negras de terreiro, ou não, da década de 1950 a 1980, enriquecem a perspectiva de discussão racial do filme, que tem a fala do Babalorixá Hamilton de Xangô, que relata a resistência do povo de terreiro, primeiro à ditadura, depois à polícia e nos dias atuas à igreja Universal do Reino de Deus, religião neo-pentecostal que promove ataques com muito racismo e desrespeito ás tradições negras do Brasil. Todas as matérias de jornal colocadas para comprovar documentalmente estes crimes nos aparecem OFF do filme, especialmente na fala do sacerdote.



Uma coisa muito curiosa contida no documentário, e eu não saberia dizer se foi proposital. É a incidência dos cânticos para Iyemojá, sempre entoados por Mestre Zequinha. São lindos os cânticos... Que ainda encerram o vídeo com uma homenagem ao senhor Gervásio da Silva, o mesmo Mestre Zequinha que a todo tempo aparece cantando para a rainha do mar, nascido em 19.06.1929 e falecido em 07.11.2004, durante as gravações.


Deixo aqui um trechinho que traduzí, de um destes cânticos que aparecem no filme, para também homenagear Iyemojá:


Kíni jé l’odò – O que é feito nas águas do rio de Yemo

A ko ta pele gbé – Ela dá a luz e o crescimento

Ìyá orò mi o – No ritual de minha mãe.


O registro de grande parte da produção fonográfica inspirada no Afoxé, criam um catálogo seleto, para os adoradores da poesia negra cantada, com músicas e poesias interpretadas e compostas por artistas como Clara Nunes, Jorge Aragão, Daniela Mercury (“Olha o Gandhy aí”) dentre outros artistas como Gilberto Gil que fez uma das músicas mais belas e marcantes letras homenageando o bloco, é ouvida no trilha, que reescrevo aqui para fazer um termômetro das informações do filme com a criação artística de um de seus ex-diretores:


Filhos de Gandhi

Gilberto Gil

Omolú, Ogum, Oxum, Oxumaré
Todo o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Iansã, Iemanjá, chama Xangô
Oxossi também
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Mercador, Cavaleiro de Bagdá
Oh, Filhos de Obá
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Senhor do Bonfim, faz um favor pra mim
Chama o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi

Oh, meu Deus do céu, na terra é carnaval
Chama o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi.


Destacam-se ainda as falas do representante da UNESCO no Brasil, o senhor Jorge Wertheim, que foca na “referência precisa feita à paz pelo Gandhy”, e diz ser este um elemento único em todo carnaval.


Contudo, ver-se também que o Gandhy oxigenou o movimento negro da Bahia, pois as falas dos ativistas negros Vovô do Ilê Aiyê e o João Jorge do Olodum, mostram claramente a contribuição afirmativa na vida deles, que foram influenciados pelo bloco, e que sempre saíram nele durante o carnaval também... Este registro oral é muito forte, por que revela uma face educativa e formativa do movimento negro provinda do Gandhy.


Um bônus valioso é a entrevista de 10’12 segundos com o dançarino Clyde Morgan, que revela características da dança negra no Brasil e decorre sobre a perca do traço elementar africano da dança em seu país o USA. Ele afirma que as religiões cristãs e muçulmanas, religiões tradicionais de sua família negam as tradições africanas negras e que essencialmente a dança dos negros foi perdida concretamente das tradições norte americanas, que por motivos de fortalecerem os elementos da palavra e da leitura nas religiões, cânticos também, foram deixando pra trás, um dos mais significativos elementos negros, a dança. A puxada de rede, gesto de dança muito forte no cortejo do afoxé, é um de seus elementos de pesquisa, e ele é filiado ao Gandhy e sai em seus cortejos também fortalecendo sua ligações com o candomblé.


Os links do cardápio do filme se dividem da seguinte forma:

Filme;

Clyde Morgan;

Diretor;

Linha Histórica;

Mahatma;

Símbolos e instrumentos.


É muito rico cada link deste. A fala do direto Lino de Almeida, tem 7’52 segundos. Nela, ele expressa toda metodologia e histórico de como o filme foi pensado, roteirizado e realizado. Fala sobre sua satisfação em ter concretizado seu sonho, e, dá um enfoque muito forte em sua leitura sobre o tema, que ele classifica inteligentemente como “leitura gramsciniana”, termo este que pode significar algo como: “o ser que relata sua própria história”, dentro de uma perspectiva de autoconstrução e registro de sua historiografia, eliminando as pesquisas antropológicas e sociológicas que durante anos fundamentaram o pensamento branco acadêmico no nosso país. Só não concordo com a colocação bairrista que ele faz quando fala que Salvador é o “coração negro do Brasil”, porém sou pernambucano e não deixaria isso passar ileso (rsrsrsrsrs), porque acredito que ele poderia ter se fundamentado melhor na história antes de fazer um comentário tão tendencioso e de certa forma equivocado.


No linc Linha Histórica, o “cinespectador” que gostar de pesquisa e informação de qualidade pode encontrar um grande acervo de informações históricas do povo negro que ajudam a entender todo período histórico em que o Afoxé Filhos de Gandhy se desenvolveu até 2004. Recomendo àqueles que querem se apropriar de discussões sobre história mundial.


No linc Mahatma Gandhi, você poderá encontrar um release completo do maior líder indiano da história, e no link Símbolos e Instrumentos, você poderá encontrar toda explicação necessária para entender todo imaginário dos símbolos do Gandhy. Explicações sobre o simbolismo do Camelo, do Elefante, do Traje típico do afoxé, da Pomba branca, da Alfazema e do Padê entre outros, nos revela um afoxé fundamentado em conceitos profundos das tradições que funde (hinduísmo e candomblé).


Após ter tido a oportunidade de assistir pela primeira vez este filme em 2006 em Goiás, no Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, em um cinema montado pela PETROBRAS, vivenciei a experiência de entrar em um mundo de valorização de nossa tradição e especialmente na ternura do roteiro, que registra o Gandhy com leveza e pesquisa embasada.


Depois tive a sorte de ganhar lacradinho de presente, o filme, de Rita Honotório, ex-esposa de Lino de Almeida, falecido em julho de 2006, e que deixou para nós, povos negros e indígenas brasileiros e estrangeiros uma grande contribuição para o cinema contemporâneo, e nossa memória, pois é com pesar que sinto ele não está aqui hoje, para dar mais vida a sua obra.


É a Lino de Almeida que deixo minha homenagem com um Oríkì de Xangô, que era seu Orixá:


Lino de Almeida. Foto de Januário Garcia, do livro 25 anos 1980-2005, Movimento Negro no Brasil. Pag. 149.


Sàngó je igba orógbó lóojóSàngó come 200 orógbó por dia

Orógbó lóbì bàbà mi – Orógbó é o obì de meu pai

Obá alase lénu – O que tem o àda palavra na boca

Ó je àmàlà pèlú ilá – Ele come àmàlà com quiabo

Olóorè mi oló àrà- Meu benfeitor, dono do à milagroso

Ató bá jayé mi o – Aquele que é o amparo da minha vida

Olòlò fi enu ìkà lolè – Que faz o perverso beijar o chão

Sàngó kò se gbé siré – Com Sàngó não se brinca.

Kawòó Kábíyèsi!


Ver e descrever esta produção audiovisual, para mim é um prazer que faço, com a intenção de contribuir para uma maior divulgação do filme, e, sobre tudo fortalecer meu laço com o conhecimento de tradições que mantenho a vivência e prática cotidiana.


O filme/documentário A Bahia do Afoxé Filhos de Gandhy é um documento importante para contar a história do negro no Brasil, sem ele, jamais poderíamos enxergar com olhos acordados a verdadeira face de uma organização de sucesso de negros e negras da Bahia, em prol da paz e união entre os povos. O Branco é de Oxalá, o Azul marinho de Ogum... Os Orixás que defendem esta nação.


Que eu esteja sobre a terra para festejar os 10 anos deste filme.


Alexandre L’Omi L’Odò.

Em: 09/11/2009.

alexandrelomilodo@gmail.com

domingo, 27 de dezembro de 2009

Galo Preto canta alto!

Mestre de coco e embolada perdeu a onda do manguebeat e amargou 15 anos de ostracismo depois de dois anos de prisão; agora dá a volta por cima
André Dib // andredib.pe@dabr.com.br


Nos anos 90, no bojo do movimento manguebeat, a cultura popular passou a ser item de consumo de uma classe média que até então a considerava mero folclore. Artistas de longa data como Mestre Salu e Selma do Coco foram diretamente beneficiados por esse upgrade conceitual, que os elevou à categoria de estrelas pop. Entre os que lamentam não ter vivido esse momento está Galo Preto. Mestre do coco de embolada, enquanto muitos surfavam na efervescência cultural daquela época, ele amargava as consequências de ter passado dois anos atrás das grades. Após 15 anos de ostracismo, o embolador de 74 anos quer retomar a carreira que um dia o levou a programas de rádio e TV (entre eles, programas do Chacrinha, Flávio Cavalcanti e Silvio Santos) e vários estados do país.


Galo Preto integra programação off-Feira Música Brasil/Conexão Vivo, e toca no próximo sábado, na Torre Malakoff. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Nos anos 70, durante o governo Heraldo Gueiros Leite, Galo Preto foi a Brasília ao lado de Luiz Gonzaga e Lourival Batista, participar da Festa da Bandeira. Em 14 de outubro 1979, o Diario de Pernambuco publicou matéria de página inteira, assinada por Lêda Rivas, que apresentou Galo Preto como "um dos maiores repentistas deste Nordeste de poetas".

Mas a história profissional de Tomás Aquino Leão Cavalcanti - o apelido Galo Preto, obtido pela valentia ao apartar uma briga, ainda estava por vir - começou bem antes, aos 12 anos, numa tarde de 1947, quando o poeta Ascenso Ferreira percebeu o talento do jovem garoto recém-chegado de Bom Conselho, Agreste do estado. "Meu irmão se mudou para Campo Grande, no Recife e eu fui com ele", conta Galo. "Eu gostava de música e futebol, e ele dizia que isso era coisa pra vagabundo e me botou pra vender fruta. Todo dia eu passava cantando na frente da casa de Ascenso. Um dia ele me deu o cartão de Zil Matos, que tinha um programa na Rádio Clube". Na rádio, Galo Preto cantou sua primeira composição, A pinta, que fez quando tinha nove anos.

Galo Preto conquistou a audiência, primeiro ao lado do irmão Curió, de quem se separou para fazer uma turnê como parte do cast da Rádio Clube e sofreu o primeiro revés. O radialista responsável pelos shows, Zé Renato, nunca pagou o cachê. De volta ao Recife, se apresentava em festas, bares e casas de família. "Tocava para os Queiroz, os Monteiro, os Coelho. Uma vez, num hotel, fui apresentado a Milton Lundgren, diretor das Casas Paulista, que me chamou para inaugurar uma loja, depois outra. Quando vi, já tinha viajado para oito estados".

A evidente criatividade para a criação de jingles o levou a participar de campanhas políticas. "Já trabalhei para Ney Maranhão, Paulo Guerra, Miguel Arraes. Na minha banda, mantinha como contratados Arlindo dos Oito Baixos, Novinho da Paraíba e Arlindo Moita". O episódio que culminou na sua prisão ocorreu justamente ao participar de uma disputa eleitoral, em 1992, quando foi acusado de liderar um grupo de extermínio em Peixinhos. "Passei dois anos, dois meses e seis dias preso por causa de uma mentira. Não tinham prova nenhuma, nem testemunha. Por que fiquei esse tempo todo preso?" Quando foi liberado por falta de provas, sua reputação no meio artístico já estava manchada. "Ninguém me procurou pra nada, todos acreditaram na mentira. Fiquei com nojo e parei com tudo".

Galo Preto não é o primeiro artista popular a cair no ostracismo após temporada atrás das grades. Há pouco tempo, Zé Neguinho do Coco amargou situação parecida. Para seu produtor, Alexandre L'Omi L'Odò, a prisão indevida de Galo Preto foi caso de racismo. "Ele só sofreu isso porque é negro", garante. "O que as pessoas não sabem é que ele é o último representante vivo do coco do quilombo Santa Isabel, em Bom Conselho, que domina o coco e a poesia de repente", afirma L'Omi, que pretende gravar um álbum com o mestre, publicar um livro com sua história e pleiteiar a Galo Preto o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.

O isolamento do embolador foi rompido pela primeira vez em 2007, quando ele participou do projeto Coquistas contra a violência, promovido pela Secretaria de Saúde de Olinda. Wilson Freire, que registrou o projeto em vídeo, encontrou em Galo um bom personageme produziu o documentário O menestrel do coco, ainda sem data de lançamento.

O projeto gerou o único registro fonográfico de Galo Preto em 65 anos de carreira e o colocou ao lado de Dona Selma, Aurinha do Coco, Beth de Oxum, Zeca do Rolete, entre outros. Seu primeiro grande show foi na festa de três anos do programa Sopa Diário, onde tocou no mesmo palco que Mundo Livre e Lula Queiroga. Desde então, ele se apresentou na Festa da Lavadeira, Festival de Garanhuns e Pre AMP. Em agosto, foi destaque na Feira da Música de Fortaleza, onde foi selecionado entre mais de 600 artistas brasileiros inscritos. A mais nova conquista surgiu esta semana, quando foi escolhido para integrar a programação off-Feira Música Brasil / Conexão Vivo, no próximo sábado, na Torre Malakoff.

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Publico aqui, matéria do Diário de Pernambuco com o Mestre Galo Preto Edição de terça-feira, 8 de dezembro de 2009. Ele foi capa do caderno VIVER, e em vésperas de seu esperado show na Conexão Vivo, no circuito OFF Feira da Música, revelou pela primeira vez sua história de prisão para mídia. Estando próximo do lançamento de seu filme: "Galo Preto, o menestrel do coco", do cienasta Wilson Freire, no início de 2010, ainda guarda surpresas que só serão reveladas na película de 49 minutos.

Façam boa leitura.

Alexandre L'Omi L'Odò.
Produção do Mestre Galo Preto
www.nacaocultural.pe.gov.br/alexandrelomilodo

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Mestre Galo Preto no Conexão VIVO dia 12/10 na Malakoff.

Foto: Alexandre L'Omi L'Odò.

Mestre Galo Preto no Conexo VIVO OFF Feira dia 12/10 às 1h da matina!!

O Show acontecerá na Torre Malakoff, na praça do Arsenal no Recife antigo, e promete levar o melhor da cultura pernambucana ao momneto mais esperado da Feira Música Brasil 2009.
Contamos com a presença do já consolidado público do Mestre Galo Preto.

Entrem no site de Galo na VIVO:
http://mestre-galo-preto.conexaovivo.com.br/

A Feira Música Brasil – Música Tocando Negócios – é uma iniciativa do Ministério da Cultura com a realização da Fundação Nacional de Artes (Funarte), e conta com o Apoio da Prefeitura de Pernambuco, da Fundarpe, do Governo de Pernambuco e das principais entidades do setor: ABEART, ABEM, ABER, ABMI, ABPD, ABRAFIN e ARPUB, constituída como a mais importante feira de negócios da cadeia produtiva da música já realizada no país. Será realiazada em Pernambuco, de 09 a 13 de dezembro. Mais informações sobre a Feira Música Brasil no http://feiramusicabrasil.com.br/. O Conexão Vivo Circuito Off Feira integra a programação da Feira Música Brasil, com apresentação de artistas patrocinados pelo Conexão e outros selecionados por meio de edital. Mais informações sobre o Conexão Vivo Circuito Off Feira no www.conexaovivo.com.br
Recife, PE - 09/12/09 20:30 a 13/12/09 00:00
Serviço:
Show do Mestre Galo Preto e o Tronco da Jurema
Local: Torre Malakoff - Recife Antigo
Horário: 00h 30min.
Valor: Gratis


Alexandre L'Omi L'Odò.
Produção geral do Mestre Galo Preto
81 8887-1496

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Assalto aos Orixás

Ildásio Tavares

sábado, 5 de dezembro de 2009

Antigamente, era a polícia, invadiam os pejis, profanavam os orixás, arrebentavam tudo, tudo destruíam em nome da lei, lei que acobertava os desmandos do poder mas queria exterminar a religião de um povo oprimido.

Será que alguém, calmamente sentado em frente a seu televisor pode imaginar ser arrancado de sua cadeira e, impotente, ver toda sua família desbaratada, acorrentada, vendida, vilipendiada?

Será que alguém pode imaginar a travessia do Atlântico, num porão infecto, arrumado aos magotes, como carne para o açougue.

Os holandeses de Pernambuco traziam 500 escravos num iate, num tráfico de trocas injustas.

Uma partida de fumo rendia mais de cem escravos que eram convertidos em várias partidas de fumo que eram trocadas por centenas de escravos.

Em três ou quatro viagens o traficante podia comprar terras, se estabelecer.

Melhor que cavar ouro.

Os remanescentes deste tráfico tiveram, na diáspora, seus mecanismos de sobrevivência e neste processo a cultura é fundamental – a religião um esteio.

Uma super-raça se formaria.

Em torno de seus sagrados orixás.

O Ilê Axé Opô Afonjá vai fazer cem anos em 2010.

Cem anos que Eugênia Ana dos Santos plantou o axé de Afonjá no São Gonçalo, num gesto de majestade que ecoaria em grandeza.

Verdadeira estadista, Mãe Aninha governou o axé com hábil mão política, tendo sido seu principal artífice.

Por fortuna, logo ao se apossar dos 155mil m2 do Axé, descobriu uma fonte copiosa e em torno dela fez a casa de Yemanjá, assentando sua Yemanjá da nação de Grunci. Em seguida procedeu aos trâmites do Axé.

O Ilê Axé Opô Afonjá é uma réplica do Reino de Oyó, em 1839 destruído pelos árabes.

Ela, era a suprema sacerdotisa, a Iya Nassô.

O Balé Xangô, era Theodoro Pimentel pai de Mãezinha, futura Iyalorixá da casa.

O Xangô assentado respondia pelo santo.

Quando surgiu disputa com o Balé Xangô, Mãe Aninha criou o corpo dos doze obás de Xangô, ampliado para 36 por Mãe Senhora, outra estadista como Mãe Stella...

A fina flor da inteligência, da arte, da literatura baiana têm pertencido a esta casa.

Jorge Amado. Carybé. Genaro de Caevalho, Vivaldo Costa Lima, Pierre Verger, Vasconcellos Maia, Dorival Caymmi, Demeval Chaves, Gilberto Gil, Camafeu de Oxosse, Muniz Sodré, são alguns dos obás que dignificam e dignificaram a casa.

Ouço dizer com indignação que vândalos inescrupulosos invadiram e depredaram a casa de Oxalá na calada da noite.

Um absurdo.

A casa de Oxalá é um dos poucos exemplos que conheço de um compound africano na Bahia, morada coletiva e santuário coletivo de Oxalá, o orixá supremo e das aiabás.

Crime, profanação, sacrilégio, a polícia tem que tomar providências urgentes.

Imaginem se invadissem a Igreja do Bonfim.

Seria uma celeuma nacional.

Mas invadir um templo negro arrisca-se ao pouco caso. Coisa de preto.

Pouco caso que não pode existir na Bahia, Sr. Governador.

O senhor é judeu. Sabe que, quando começam perseguições étnicas como esta a coisa pode virar e, geralmente, os judeus são as primeiras vítimas.

É preciso acabar com essa Inquisição contra a raça negra.

Com esses Progroms.

http://mrquerino.blogspot.com/2009/12/assalto-de-orixas.html

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Bom, escrevo já aqui meu comentário sobre o artigo do companheiro Ildásio.
Boa Leitura.

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Este texto do Ildásio Tavares, é sem dúvidas uma suma de uma refinada inteligência afro-baiana.

Sempre fui fã dele, adoro ver suas palestras e adentrar suas sarcalidades e ironias prolixas, pois seu senso de humor é grande, parece até ser filho de Xangô...

Fala da memória do Axé Opo Afonjá, é sempre uma possibilidade de adentrar na energia brilhante destas mulheres que por ali passaram, sobre tudo a Mãe Aninha, que é o maior exemplo do poder feminino como líder negra na história do negro e do povo de Orixá.

Considero o ato de invasão e profanação da casa de Oxalá, uma pérola branca de nossa sociedade.

Absurda mesmo. Fico pensando como nós povo de terreiro podemos nos defender de coisas também como estas, pois também temos que analisar o avanço do crac nas periferias e todo o transtorno mental que ele causa nos seus usuários, que na maioria das vezes até morrem por causa a droga.

Talvez, sim, talvez não... hipóteses são muitas para este ato, mas lembro que o Afonjá está no meio da favela praticamente, é o coração de São Gonçalo, é a casa da esperança daquela região, que assim como Peixinhos, o bairro que moro, sofre coisas deste tipo o tempo todo.

A função social do Afonjá naquela região, é fundamental, e este caso pode ser uma forma de revigorar seus trabalhos na comunidade que está definitivamente plantado.

Rogar às autoridades é fundamental. E estas "autoridades" também devem mostrar ação efetiva, porque não se deve bambear perante um crime contra a religião como este.

Acho que o Babá Nlá, Orixalá, quer nos dar um recado. Precisamos ver o Ifá, escutar o que ele quer fazer com isso tudo...

Acho que poderemos ter neste caso uma fonte de estudos que transcende a celeuma do racismo e perseguição religiosa, nele podem estar chaves para desvendar outros entraves que implicam em na nossa sociedade negra...

Parabéns Ildásio, te adoro cara, você é Bará!

Nunca esqueço sua fala no Afonjá, em virtude do Alaiandê Xirê... Anos de 2004, acho... Vc me desvendou o cântico de Oxóssi.

Foi lindo. Ainda tocou atabaque e tirou onda!!

Bariká Oré Isin Wá!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Loas a Edvaldo Eustáquio Ramos

Fotos: Acervo do Dep. Estadual Isaltino Nascimento- PT

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Escrito por Isaltino Nascimento
01-Dez-2009

O advogado e procurador federal Edvaldo Eustáquio Ramos será agraciado pela Assembléia Legislativa com Medalha Leão do Norte, Classe Ouro, Mérito Zumbi dos Palmares, em sessão solene que acontece nesta quarta-feira, no Palácio Joaquim Nabuco. A indicação para a comenda – feita por meio de projeto de resolução de minha autoria – foi acolhida pelos parlamentares da Casa de Joaquim Nabuco pela extraordinária história de vida deste homem que é o mais antigo militante do movimento negro no Estado.

Edvaldo Eustáquio começou a atuar nesta seara na década de 60, assinando uma coluna permanente no extinto jornal Diário da Noite, na qual escrevia sobre religiosidade e cultura afro-brasileira. Foi neste período, que junto com Paulo Viana e Badia, colaborou na criação da Noite dos Tambores Silenciosos.

Daí em diante, acumulou um vasto currículo de atividades, das quais vou listar algumas. Na década de 70, criou e manteve o Espaço Cultural Gafieira Pedra no Sapato, no Jiquiá, promovendo apresentações de capoeira, maculelê, samba e difundindo a culinária regional.

Em 1978, criou e integrou o Movimento Negro no Recife, ao lado de nomes como Inaldete Pinheiro, Jorge Morais, Tereza França, Sílvio Ferreira, João Baptista Ferreira, Laurinete Santana, Pedro Cavalcanti, Pedro Nepomuceno e Djalma Albuquerque. Foi nesse período também que editou o Jornal Angola – junto com Jorge Morais e Ivan Maurício –, informativo sobre a cultura afrobrasileira.

Foi também presidente do Centro Cultural Afrobrasileiro, integrante da Frente Negra Pernambucana – fundada pelo poeta e escritor Solano Trindade e pelo professor José Vicente Lima. Tendo passado ainda pela presidência da União das Escolas de Samba de Pernambuco, da Comissão de Carnaval do Pátio do Terço e Conselho Municipal de Cultura.

Além disso, é benemérito de diversas agremiações carnavalescas, entidades de religião de matriz africana, da Federação Espiritista de Pernambuco e da Confederação de Umbanda do Brasil, sócio fundador do Afoxé Alafin Oyó e criador do Baile Perfumado do Recife.

Aos 75 anos, Edvaldo Eustáquio continua firme em sua militância, na presidência da Casa de Badia, nascida de suas mãos, na qual preserva a memória da saudosa carnavalesca.

Quem goza da amizade do ilustre militante do movimento negro sabe ainda que se trata de uma pessoa sensível, inteligente, de educação primorosa, boa conversa e admirado pela sua fortaleza de espírito.

Assim, é merecedor da Medalha Leão do Norte, Classe Ouro, Mérito Zumbi dos Palmares. Que simboliza a liberdade e os direitos dos afrodescendentes e é oferecida anualmente às pessoas que são expoentes do segmento negro em Pernambuco ou que trabalham em defesa desta população.

Artigo publicado às 17h15 em 01/12/09 no Blog de Jamildo(www.blogdejamildo.com.br), espaço no qual o deputado escreve todas às terça-feiras

Dr. Edvaldo Ramos junto a celebridades premiadas. Entre eles, o cantor Lenine

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Republico aqui texto escrito pelo Dep. Estadual Isaltino Nascimento em seu site: www.isaltinopt.com.br

Todos os méritos à Edvaldo Ramos, este homem que pensou e ainda constrói junto a nós um mundo melhor e sem racismo.

À ele dedico o maior respeito!

Obrigado Dep. Isaltino Nascimento por mais este reconhecimento a uma pessoa de valia para nosso estado. Salve!

Alexandre L'Omi L'Odò.

Quilombo Cultural Malunguinho.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Conexão Vivo Circuito Off Feira anuncia os 23 selecionados pela curadoria

Mestre Galo Preto e o Tronco da Jurema Selecionados!

Os curadores analisaram mais de 800 artistas inscritos para o circuito de shows complementar à Feira Música Brasil.
Conexão Vivo , Cria! Cultura - André Macedo - 02/12/09
Depois de um árduo trabalho, os 10 curadores do Conexão Vivo Circuito Off Feira indicaram 70 nomes curados, dentre os mais de 800 inscritos no Edital. Deste universo, a FUNARTE, o Conexão Vivo e a produção local do Recife selecionaram 23 artistas, respeitando o disposto no Edital, de 30% das vagas para o estado do Pernambuco e os critérios de diversidade de estilos.

Assim, os 23 artistas escolhidos para se apresentarem na programação complementar da Feira Música Brasil foram escolhidos. São eles:

Brasov (RJ)

Eddie (PE)

Guardaloop (PE)

Jorge Riba (PE)

Polayne (SE)

Riffs (BA)

A lista dos 23 selecionados acima está em ordem alfabética. Abaixo, a lista dos cinco

suplentes, em ordem crescente, ou seja, do primeiro ao quinto lugar:

1º - Coletivo Dinamite (MG)

2º - Vivendo do Ócio (SP)

3º - .Supercordas. (RJ)

4º - Karina Buhr (SP)

5º - Pedro Moraes (RJ)

Os suplentes foram escolhidos para cobrir eventuais problemas de agenda, entre outros motivos, que impeçam a apresentação dos selecionados. Além dos artistas contemplados na lista dos 23 selecionados, ainda foram escolhidos 2 artistas por votação popular - Rocknova (MG) e Bleffe (RJ), totalizando 25 nomes.

Os dois suplentes da votação popular são Jô Nunes (PR) e Volantes (RS).

A programação ainda se completará com artistas convidados pelos realizadores e por artistas patrocinados pela Vivo nacionalmente.

A curadoria ocorreu entre os dias 21 de novembro e 02 de dezembro e foi realizada por profissionais indicados pelos representantes de entidades que compõe o Conselho Provisório da Rede Música Brasil.

Os curadores do Conexão Vivo Circuito Off Feira foram:

1. Abeart: KK Mamoni

2. Funarte: CEMUS

3. Abrafin: Fabrício Nobre

4. FCM: Carlos Zimbher

5. Fora do Eixo: Talles Lopes

6. Arpub: Patrick Tor4

7. BM&A: David McLoughlin

8. ABPD: Eduardo Rajo

9. Cufa: Kakko

10. Casas Associadas: Atílio Alencar

CONEXÃO VIVO CIRCUITO OFF FEIRA

O Conexão Vivo Circuito Off Feira é um circuito de espetáculos que acontecerá paralelamente à programação da Feira ocupando espaços culturais do Grande Recife. Os artistas selecionados receberão uma ajuda de custos para a realização do show incluindo uma estimativa de gastos com passagens e hospedagem.

A maior parte dos shows acontecerá após a meia-noite, quando se encerra a programação oficial da Feira no palco do Marco Zero. O Conexão Vivo também estará presente com um estande no Terminal Marítimo, no Marco Zero, dedicado à mostra de experiências, serviços e projetos nacionais na área da música.

A Feira Música Brasil – Música Tocando Negócios – é uma iniciativa do Ministério da Cultura com a realização da Fundação Nacional de Artes (Funarte), e conta com o Apoio da Prefeitura de Pernambuco, da Fundarpe, do Governo de Pernambuco e das principais entidades do setor: ABEART, ABEM, ABER, ABMI, ABPD, ABRAFIN e ARPUB, constituída como a mais importante feira de negócios da cadeia produtiva da música já realizada no país. O Conexão Vivo é uma plataforma de desenvolvimento pioneira no país constituída por uma rede de projetos incentivados abrangendo elos fundamentais da cadeia produtiva da música. A construção e articulação de redes culturais nacionais, em diferentes segmentos artísticos, é o foco da Política Cultural da Vivo, que tem no Conexão Vivo uma de suas principais iniciativas.

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Mais uma vitória na carreiro do nosso Mestre Galo Preto.

Não percam o show em!

Alexandre L'Omi L'Odò.

Mestre Didi lança novo catálogo, em Salvador.

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Escritor, artista plástico e sacerdote, Deoscoredes Maxiliano dos Santos (Mestre Didi), 92 anos, lança novo catálogo de obras na próxima quarta-feira, 9, na Galeria do Livro, no Rio Vermelho, em Salvador.

O livro reúne imagens de trabalhos recentemente expostos no Museu Afro Brasil, em São Paulo.

O lançamento está previsto para às 19h, com participação do professor Nelson Aguilar, pesquisador e profundo conhecedor do trabalho do “escultor do sagrado”.

Do encontro participam, ainda, o curador do Museu Afro Brasil, Emanuel Araujo, e a antropóloga Juana Elbein dos Santos.

*A Galeria do Livro fica na TV. Bartolomeu de Gusmão, Condomínio Enseada. Tel: 71 3354-0605 –

www.galeriadolivro.com.br

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É uma chance única de presenciar este Mestre em ação. Infelizmente não estou em Salvador para poder apreciar este lançamento, mas recomendo a todas e todos que admiram e gostam das coisas boas do Axé.

Titi Àiyé Mestre Didi!

Alexandre L'Omi L'Odò

Quilombo Cultural Malunguinho

Quilombo Cultural Malunguinho
Entidade cultural da resistência negra pernambucana, luta e educação através da religião negra e indígena e da cultura afro-brasileira!