terça-feira, 30 de novembro de 2010

Jeremias Awolowo Obafemi, Um Líder Revolucionário Histórico da Nigéria

Jeremias Obafemi Awolowo

Para fechar o mês da consciência negra 2010 aqui no meu blog, trago um texto traduzido por mim do inglês para o português de uma das maiores personalidades negras da Nigéria, o "Premier" Jeremias Obafemi Awolowo. Desculpem as falhas se houver, pois me deu um trabalho danado fazer este trabalho que em alguns momentos tive que recorrer a amigos para tentar dizer o que se pretendia o texto.

É muito importante conhecer estas personalidades históricas da política nigeriana pois com o aprofundamento nestas biografias, podemos enchergar uma Nigéria mais real, menos romântica para nós.


Jeremias Obafemi Awolowo foi um político nigeriano e líder da unidade Yorùbá.

Ele nasceu em 1909 em Ikenne, o atual estado de Ogun, na Nigéria. Frequentou várias escolas, e depois tornou-se professor em Abeokuta, após o que ele se qualificou como um estenodactilógrafo (taquigrafia mais datilográfo).

Awo como era carinhosamente chamado pelos admiradores serviu como um caixeiro na famosa Wesley College, bem como um correspondente do Times da Nigéria. Foi depois disso que ele embarcou em vários empreendimentos empresariais para ajudar a levantar fundos para a viagem ao Reino Unido (UK) para estudos posteriores.

Ele acabou viajando para o Reino Unido onde obteve uma licenciatura em Direito pela London School of Economics. Quando ele voltou para a Nigéria juntou-se ao vagão políticos da época pré-independência.

Como a maioria de seus contemporâneos, ele se tornou um líder político regional. Ele fundou o Egbe Omo Oduduwa, uma organização sócio-política que mais tarde foi transformado em um partido político conhecido como o Grupo de Acção (AG).

Awolowo foi eleito como o primeiro premier indígena da Região Oeste sob o sistema parlamentar da Nigéria em 1952. No entanto, quando a Nigéria se tornou independente em 1960, ele se tornou o líder oficial da oposição no parlamento federal para o governo Balewa 1960-1963, um feito que contribuiu para a forte cultura política ao qual testemunhou a partir de então. A oposição do grupo Ação realmente serviu como um cheque grande sobre os excessos do governo federal no âmbito da coalizão NPC-NCNC.

Awolowo era um líder que acredita que o Estado deve canalizar os seus recursos em educação e desenvolvimento das infra-estruturas, daí ele introduziu obrigatório e gratuitamente o ensino primário, na Região Oeste. Ele também criou bolsas de estudo para atender às necessidades educacionais e materiais de estudantes carentes.

Hoje, enquanto falamos, a maioria dos intelectuais e figurões na Nigéria, foram beneficados pela política educacional livre de Obafemi Awolowo como premier da região Oeste.

Ele criou o primeiro serviço de televisão na África em 1959 para educar a população através de informação e entretenimento. Hoje, o mundo está comemorando o jubileu de ouro da televisão primeira na África a seu crédito.

Ele estabeleceu a Oduduwa (agora Odua) Group of Companies, que dispõe de propriedades desembargadas, bancos e outras sociedades. Awo também utilizou o produto da indústria de exportação de cacau lucrativos famoso na região Oeste para expandir projetos de eletrificação na região. Como todos podemos ver hoje em dia, existem várias indústrias na parte ocidental da Nigéria, como resultado da disponibilidade de fornecer energia suficiente e constante.

Awo era um líder generoso e visionário que pensou à frente de seus contemporâneos e acreditava no desenvolvimento do capital humano para a posteridade. Para ele, boa e bem desenvolvidas mentes, impulsiona o desenvolvimento nacional. Ele forneceu gratuitamente centros de saúde na região para atender as necessidades de saúde das pessoas, como ele acreditava que um homem ou mulher saudável irá contribuir positivamente para o desenvolvimento da região. Em seu tempo, as pessoas de sua região estavam vivendo mais tempo quando comparado com outras regiões, como resultado de instalações de boa saúde e meio ambiente.

Ele era um homem que acreditava em dar a outros chance de crescer e ocupar posições importantes no esquema das coisas. Fiel a este fato, antes da independência, ele foi persuadido por membros proeminentes do Grupo de Ação para liderar o partido, como líder da oposição no Parlamento Federal, deixando Samuel Ladoke Akintola como a Região Western Premier.

No entanto, o desacordo entre Awolowo e Akintola sobre a melhor forma para executar (tornar) a região Oeste independente da influência extranha falhou. Esta discordância levou a aiança profana entre Akintola e o Tafawa Balewa ao NPC, governo federal. De fato, alguns políticos leais a Akintola formaram uma quebra de partido para longe, a Nigerian National Democratic Party (NNDP) sob Chefe Samuel Ladoke Akintola.

De fato, o partido no poder explorou a cerveja na crise política artificial constitucional para sabotar o progresso e unidade na Região Oeste. Basta dizer que, depois de uma eleição que Awolowo alegou que Akintola o fazia uma nova coalizão, este tinha perdido, mas o resultado manipulado, deu em uma revolta inicial. O tumulto levou ao que ficou conhecido no folclore político da Nigéria como "wetie operação" (wet-lo com querosene / gasolina para que ele possa ser incendiados).

Após a crise, o parlamento federal declarou estado de emergência na região ocidental e, na Assembléia regional
foi eleito, portanto, suspensos, apenas para ser reconstituído após novas eleições, que trouxe o NNDP ao controle.

Pouco depois, em 1964, Awolowo e vários outros foram acusados e presos por conspirar com algumas autoridades ganenses sob Kwame Nkrumah para derrubar o governo federal.

Os remanescentes do Grupo de Ação disputaram a eleição nacional de 1965, em aliança com a maior parte ibo e NCNC do Sudeste. Em meio a acusações de fraude pela oposição, o NPC-NNDP ganhou a eleição. Houve tumultos violentos em algumas partes da região do Oeste.

Embora, Awolowo não conseguiu vencer a eleição presidencial de 1979 e 1983, suas políticas de Livre saúde e educação foram realizadas através de todos os estados de controle por seu partido, o Partido Unidade da Nigéria (UPN) e, posteriormente, em todo o país.

O Chefe Awolowo foi lembrado para a construção do primeiro estádio, Estádio do Liberty, em Ibadan, na África Ocidental, primeiro canal de televisão WNTV na África, executando o melhor serviço civil na África na época (na Região Oeste),

Ele também seria creditado por inventar o nome "Naira" para a moeda da Nigéria (anteriormente conhecida como a libra Nigeriana) como o Comissário Federal das Finanças durante o governo militar do general Yakubu Gowon.

Hoje, ele é lembrado por muitos nigerianos e não nigerianos como o melhor presidente da Nigéria, que nunca governou. E, embora muitas vezes ignorado, Chefe Obafemi Awolowo foi de fato o vice-presidente do general Yakubu Gowon, quando foi vice-presidente do Supremo Conselho Executivo sob Gowon contrariamente à opinião popular realizada sobre a posição de Vice-Almirante JEA Wey.

Awolowo era respeitado por Kwame Nkrumah, e alguns políticos do Ocidente continuam a invocar o seu nome, suas políticas, e o slogan popular do seu partido, Grupo de Acção "vida mais abundantes" durante as campanhas.

Ele também foi o autor de várias publ
icações sobre a estrutura política e as perspectivas futuras da Nigéria. Essas obras incluem Caminho para a Liberdade da Nigéria, Reflexões sobre a Constituição nigeriana, e Estratégias e Táticas da República Popular da Nigéria.

A Universidade de Ifé, localizado em Ifé, Nigéria, foi re-batizada como Obafemi Awolowo University, como homenagem póstuma a este rgande líder histórico.

Visite e confira o texto original em inglês: http://www.acceleratorng.com/thepatriot.php?bid=7

Alexandre L'Omi L'Odò

Salve o Mês da Consciência Negra 2010!

alexandrelomilodo@gmail.com

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

I Festa Zumbi dos Palmares

Programação I Festa Zumbi dos Palmares

Dia 28 de Novembro
Comemorando a Consciência Negra!


No dia 28 de novembro será dia de festejo ao guerreiro Zumbi dos Palmares no centro da cidade, a partir das 14h, em celebração às tradições populares e identidade cultural do povo nordestino. Maracatus, Cocos, Afoxés, Cavalos Marinhos, entre outros ritmos, darão um verdadeiro show de cultura popular na 1ª Festa Zumbi dos Palmares.

A Festa acontecerá ao ar livre, no centro histórico do bairro do Recife, com dois polos que ligarão os percursos dos 24 grupos que se apresentarão em cortejos. Um saindo da Praça do Arsenal da Marinha para a Rua da Moeda e outro fazendo o caminho inverso. Entre os convidados, Selma do Coco, Mestre Galo Preto, Grupo Bongar, Afoxé Alafin Oyó e Gigante do Samba.

Assim como a Festa da Boa Morte, na Bahia, a 1ª Festa Zumbi dos Palmares mistura elementos do catolicismo e do candomblé e vem para potencializar o turismo internacional e nacional, tornando-se um grande evento turístico cultural da cidade. A Festa Zumbi dos Palmares vem para perpetuar os folguedos populares, apoiar a cultura e desestigmatizar essas expressões através da música, dança e representação. Inseri-las na sociedade com lugar de destaque, tornando-se calendário para os grupos em data significativa. Além de vivificar a história do líder Zumbi usando o espetáculo artístico como ferramenta de educação. Zumbi dos Palmares, aos 25 anos, substituiu o líder Ganga Zumba e comandou a resistência do quilombo mais mítico e equilibrado da história.


PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Concentrações Rua da Moeda

(14h30) Afoxé Oyá Alaxé

(15h) Maracatu Cambindinha Dourada

(15h) Afoxé Oxum Pandá

(16h) Nação do Maracatu Leão da Campina

(16h30) Afoxé Ilé Egba

(17h) Maracatu Nação Estrela Brilhante do Recife

(17h30) Afoxé Povo de Odé

Concentrações Praça do Arsenal da Marinha


(14h30) Afoxé Alafin Oyó

(15h) Maracatu Carnavalesco Misto Leão Coroado

(15h30) Afoxé Omim Sabá

(16h) Maracatu Nação Estrela Brilhante de Igarassu

(16h30) Maracatu Baque Solto Piaba de Ouro

(17h) Nação do Maracatu Porto Rico

(17h30) Gigante do Samba


PALCO ARSENAL


16h Ciranda Pernambucana de Olinda do Mestre Ferreira

17h Selma do Coco

18h Mestre Galo Preto

19h Grupo Bongar

20h Ciranda Mimosa de João da Guabiraba


PALCO MOEDA


16h Afoxé Filhos de Xangô

17h Coco de Olga

18h Aurinha do Coco

19h Escola de Samba Galeria do Ritmo


SERVIÇO:

1ª Festa Zumbi dos Palmares

28 de Novembro (domingo)

A partir das 14h30

Projeção de vídeos no Teatro Malunguinho, do projeto “Tem preto na tela”.

Feira de artesanato

ASSESSORIA DE IMPRENSA

Festa Zumbi dos Palmares

Belisa Parente – (81) 9199-1399 | (81) 3422-1723

belisa@revistazena.com.br

FOTOS/DIVULGAÇÃO


Alexandre L'Omi L'Odò
Produção do Mestre Galo Preto

alexandrelomilodo@gmail.com

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Mini-curso de Língua Yorùbá com o professor Gideon Babalolá Ìdòwú da Nigéria

CURSO DE LÍNGUA YORÙBÁ SERÁ MINISTRADO EM RECIFE

O Grupo Quilombo Cultural Malunguinho (QCM), a Associação Nacional de Teólogos e Teólogas da Religião de Matriz Africana e Indígena (ATRAI), bem como a EGBÉ ÒRUN ÀIYÉ (Associação Afro-Brasileira de Estudos Teológicos e Filosóficos das Culturas Negras) preocupados com a qualidade das atividades que se inscrevem no processo da educação das relações étnico-raciais no Brasil e particularmente na capital pernambucana e no Estado como um todo une suas forças para contrainformar o que denominam de banalização da epistemologia negro-africana, usando como anteparo para tais ações deletérias as Leis 10.639/2003 e a 11.645/2008.

A compreensão é a de que as ditas práticas “pedagógicas” de formação e capacitação não só têm contribuindo para engendrar o racismo e a intolerância religiosa que grassa no país como dificultado a implementação das diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afrobrasileira e africana

Diante do exposto o QCM, a ATRAI e a EGBÉ ÒRUN ÁIYÉ, oferecem a partir do dia 29 de novembro cursos de Língua Yorùbá, que serão ministrados por um africano de nacionalidade nigeriana de fala yorùbá, Gideon Babalolá Ìdòwù, formado em Língua e Literatura Ocidental (Western Language and Literature – Spanish) pela The University of the State of New York, Albany, NY.

O docente é autor de um dos primeiros livros publicados sobre o assunto no Brasil (1990), intitulado “Uma abordagem Moderna ao Yorúbá (Nagô), o qual está passando por uma profunda e cuidadosa revisão em vista da segunda edição da obra que sairá em breve. Quando da sua primeira estada no Brasil o escritor foi aluno do curso de Tradutor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), nos termos do acordo Brasil/Nigéria.

Com vagas limitadas, as inscrições para o curso de Língua Yorùbá poderão ser feitas estritamente nos dias 24, 25 e 26 do mês em curso (novembro 2010), nos horários das 14h00 às 19h00, no Museu da Abolição situado na Rua Benfica, 1150 – Madalena.

O investimento é apenas de R$ 70,00 (setenta reais), devendo ser depositado em conta bancária, cujos dados serão fornecidos no ato da pré-inscrição que se converterá em inscrição confirmada efetivamente depois da comprovação do pagamento devido.

O curso de Língua Yorùbá está aberto a todos/as que desejarem conhecer e aprender o idioma no nível básico I nos moldes dos cursos de idiomas. Podem participar: adeptos da Religião de Matriz Africana e Afro-Indígena, professores/as das redes públicas e particulares de ensino, alunos/as e profissionais das Ciências Humanas, etc.

A continuidade seguindo a dinâmica modular do referido curso se dará mediante a oferta das seguintes etapas subseqüentes: Básico II, Intermediário I e II, Avançado I e II.

O curso também será oferecido em João Pessoa (PB) na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) através da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (PRAC).

Breve histórico do professor:

Gideon Babalolá Ìdòwú nasceu em Yaba – Lagos, Nigéria em 1960. Completou seus estudos de Primário e Colégio em Lagos, em 1978. Trabalhou no “Ministry of Works, Survey Division” Lagos ate 1981. Enquanto trabalhava, fazia diversos cursos de teoria e rudimento da música e obteve o diploma de nível 4 da “The Associated Board of the Royal Schools of Music” de Londres. Em abril de 1981, veio ao Brasil com a intenção de estudar música, mas teve de mudar de idéia. Depois de fazer um curso de Língua Portuguesa para estrangeiros na Universidade de São Paulo, em 1982, mudou-se para Rio Grande do Sul como aluno-convênio, nos termos do acordo Brasil/Nigéria. Como estudante do Curso de Tradutor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ele tem revelado o desejo de tornar mais conhecida a cultura nigeriana, não somente no Rio Grande do Sul, como também no Brasil. Conseguiu aos poucos adaptar-se a realidade cultural brasileira. Foi coralista ate 1987, quando realizou, junto com o compositor Antônio Carlos Cunha, um trabalho sobre canções nigerianas. As mesmas foram interpretadas pelo Coral do Tribunal da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul no transcurso do XXIV Festival Internacional de Coros. Além disto, vem proferindo palestras em seminários e colóquios dentro e fora do Estado, tendo, ainda, ministrado cursos de Introdução ao Yorùbá. Em 1988, durante uma programação do Centenário da Abolição da Escravatura, ministrou o Curso Básico de Língua e Cultura Yorùbá, numa promoção da Supervisão Técnica da Secretária da Educação e Comissão do Centenário da Abolição da Escravatura, do Conselho de Desenvolvimento Cultural do Rio Grande do Sul. Culminado seu processo de integração Nigéria/Brasil, Gideon Babalolá Ìdòwú escreveu “Uma Abordagem Moderna ao Yorùbá (Nagô)” em que questiona alguns conceitos correntes equivocados sobre a língua Yorùbá.

Deste modo, Gideon B. Ìdòwú encontra um meio eficaz de divulgação da língua e cultura nigeriana entre nós, e, sem dúvida, será de efetiva utilidade para os estudiosos da área e para toda a comunidade brasileira.

Depois de publicar e lançar seu primeiro livro, “Uma Abordagem Moderna ao Yorùbá (Nagô)”, em 1990, mudou-se para Estados Unidos.
Onde concluiu o curso de graduação em Western Language and Literature – Spanish (Língua e Literatura Ocidental – Espanhol) na The University of the State of New York, Albany, NY. Trabalhou com várias companhias como supervisor/gerente e como tradutor (linguista) com várias orgãos do governo e hoje, retorna ao Brasil com a intenção de dar continuidade ao seu projeto de divulgação da Língua e Cultura Yorùbá.

Serviço:

Mini-curso de Língua Yorùbá com professor Gideon Babalolá Ìdòwú

Local: MAB- Museu da Abolição

De 29/11 à 03 de dezembro

15 vagas, tunos tarde e noite

Investimento: R$; 70,00

Será entregue Certificado Oficial.

Para contatos e maiores informações:

Telefones: (081) 8649-8234 / 8609-3796 / 8887-1496 / 3228-3248 (MAB)

E-mail’s: quilombo.cultural.malunquinho@gmail.com;

www.qcmalunguinho.blogspot.com; http://atraibr.org/

Parcerias: Maracatu Nação Raízes do Pai Adão; Mestre Galo Preto; Tronco da Jurema; MAB- Museu da Abolição; UFPB - PRAC- Pró-reitoria de Assuntos Comunitários.

Alexandre L'Omi L'Odò

Quilombo Cultural Malunguinho

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Musicalidade negra em cartaz no CineCabeça - Filme/documentário Galo Preto, O Menestrel do Coco

Mestre Galo Preto. Foto de Maíra Gamarra. REC BEAT 2010.

Musicalidade Negra em Cartaz no Cinem São Luiz
No dia 20 de Novembro, dia da Consciência Negra


O Brasil carrega a fama de ser a terra onde a diversidade de ritmos musicais é uma marca de sua cultura. Essa afirmação, que já virou um clichê, deve muito à presença dos povos africanos em nosso país. O samba, símbolo máximo da musicalidade brasileira, assim como o maracatu e o coco, expressões musicais em evidência no Estado de Pernambuco, possuem heranças diretas dos negros. Dando sequência à série de exibições sobre o mês da consciência negra, o Cineclube da Laia traz para o Projeto Cinecabeça deste sábado (20/11) o tema Influência negra na música. Vamos fazer uma visita ao tradiconal samba carioca, conhecendo as tias Eunice, Doca e Surica, pastoras da Velha Guarda da Portela, no documentário Batuque na cozinha, de Anna Azevedo. Essas mulheres mantém viva uma tradição surgida ainda no século 19: as rodas de fundo de quintal, onde as pessoas se reuniam para participar de umbigadas, batucadas, capoeira e claro, muito samba.

De volta a Pernambuco, vamos conhecer a história de resistência do Maracatu Nação Cambinda Estrela, no filme
Cambinda Estrela - maracatu de festa e de luta, de Adriano Lima. A produção participou da Mostra Nós na Tela, realizada em outubro, na Cinemateca Brasileira em São Paulo, e foi exibida pela primeira vez ao público pernambucano, no último sábado, na sessão do Cineclube da Laia, em Camaragibe. Nas salas dos cinemas porém, o filme é inédito e a estreia será no CineCabeça.

Para finalizar, vamos conhecer um pouco mais da vida do seu Tomaz Aquino Leão, ou Mestre Galo Preto, último representante vivo do coco do quilombo de Santa Isabel, zona rural de Garanhuns. O filme é Galo Preto - o menestrel do coco, que tem direção de Wilson Freire e recebeu o prêmio especial do júri, no festival Curtamazônia 2010. Após a sessão, o realizador Adriano Lima, o produtor e músico
Alexandre L’omi L’Odò e o mestre Galo Preto respondem às perguntas da plateia.


O CineCabeça, projeto que acontece em todas as tardes do sábado no Cinema São Luiz, tem como objetivo fomentar e difundir a prática do cineclubismo em Pernambuco através da exibição de filmes nacionais e conseqüente realização de discussões. O cineCabeça integra o programa Células Culturais nas Escolas/Pacto pela Vida, é coordenado pela FUNDARPE, em parceria com o Programa CinEscola, o Centro de Atitudes e a Federação Pernambucana de Cineclubes (Fepec).


Serviço Cineclube da Laia apresenta CineCabeça - Mês da Consciência negra Influências negras na música

Sábado, 20/11
14h
Cinema São Luiz Entrada franca
Visite: www.myspace.com/mestregaloperto

Homenágem ao Mestre Galo Preto da Escola Municipal Dom Bosco dia 18/11/2010

Mestre Galo Preto. Foto de Carolline Bittencourt

Homenágem ao Mestre Galo Preto
da Escola Municipal Dom Bosco de Jardim São Paulo- Recife


No dia 18 de Novembro de 2010, na Escola Municipal Dom Bosco, no bairro de Jardim São Paulo em Recife, homenageará o Mestre Galo Preto, que foi eleito referência da cultura negra de Pernambuco pelos alunos que são coordenados pelo educador Alexandre Morais, especialista em inglês e língua portuguesa.

O evento é fruto da materialização da lei 10.639/03 na escola, que pela primeira vez fer um evento totalemente dedicado ao negro, discutindo o mês da Consciência Negra no Brasil. Com trabalhos, pesquisas, ensáios e muita conversa, a escola se preparou para receber na tarde do dia 18 o Mestre, com música, dança, pesquisas, desenhos etc.

O Mestre Galo Preto, feliz pelo reconhecimento dos adolescentes em valorizar sua história, e também em se preocuparem com a cultura negra e a tradição do coco, fará um mini-show para os alunos que prometem fazer uma grande roda de coco, festejando a Consciência Negra.

O Mestre Galo Preto, em 2007, compôs um coco junto com Dona Argentina que se chama "Preto é Bonita Cor", este trabalho foi pensado para contribuir na luta contra o racismo brasileiro e para valorizar o negro enquanto pessoa, enquanto humano, colocando em pauta a discussão racial e o entendimento do papel do negro e negra na construção deste país.

Vejam a música e a letra:

PRETO É BONITA COR by Alexandre L'Omi L'Odò

Sem Exclusão (Preto é Bonita Cor)

(Mestre Galo Preto/Argentina de Queiroz Lima) 2007.

Quem disser que preto é feio

Preto é uma bonita cor

É com preto que eu escrevo

As cartas pra o meu amor


A diferença está na pele

Ponha o Branco e o preto nú

Tudo sangue é vermelho

Eu nunca vi sangue azul


Queremos a igualdade

Todos nós somos irmãos

Merecemos o mesmo trato

Somos todos cidadãos


Sem marcar de preconceito

Direito à cidadania

Merecer todo respeito

Vivendo com alegria


Olha eu sou Galo preto cantador

Pra rimar faço na hora

Minha veia expiatória

Agora funcionou

Vá sabendo que eu sou

Repentista de verdade

E mostro a capacidade

Quando você me convocou


Sou um preto de valor

Reconhecidamente

Fui a Flávio Cavalcante

Já cantei pra toda gente

Já cantei com o Chacrinha

Ainda deixaram uma vaga

Fui no programa Sílvio Santos

Fiz show com Luiz Gonzaga


Outra vez eu fui cantar

Com Lima Duarte no Som Brasil

Se você não me conhece

Olha o Galo Preto aqui


Serviço

Homángem ao Mestre Galo Preto

Local: Rua Alvenópolis S/N Jardim São Paulo - Recife - PE

Dia 18 de Novembro

15h.

Conheça: www.myspace.com/mestregalopreto


Alexandre L'Omi L'Odò

Produção do Mestre Galo Preto.

domingo, 14 de novembro de 2010

Oficina de Cine Clubismo do Cine Mais Cultura 2009 em Itamaracá, foi Fuderosa!



Oficina de Cineclubismo do Cine Mais Cultura 2009 em Itamaracá, foi Fuderosa!

Depois de um ano, revi o vídeo feito pelo companheiro Gláuber, da Saudáveis Subversivos (http://www.youtube.com/user/GlauberX77 e www.saudaveissubversivos.com) no youtube. Emocionei-me muito ao lembrar dos momentos que vivemos ali, nos dias mais audiovisuais de minha vida. Decidi colocar aqui em meu blog algumas fotografias que fiz do encontro, registros indispensáveis para uma rememorada das alegrias, cançassos e celebrações que tivemos naquele ano. Ficamos alojados no hotel Orange, ao lado literalemente do monumento histórico Forte Orange em Itamaracá. O mar logo em frente, uma piscina provocadora, comidas diversas e amigos de muito bom gosto, fizeram os 4 dias de clausura (quase) serem os melhores de todo ano de 2009 para mim.

Com as aulas do magnífico Galego, conhecido também pela alcunha de Gê, o fuderoso cordenador deste processo, tudo ficou mais animado e interessante. Tivemos ainda como professores os amigos Caio do IAPOI Cineclube e Amanda do Cineclube Azouganda (entre outros) que com conteúdos de muita importância para nossa formação cineclubista, fizeram nossos olhos e ouvidos ficarem acesos nas manhãns, tarde e noites de aulas.

Hoje, me considero um cineclubista sim, tive formação para isso, embora esteja trabalhando mais com a direção, roteirização e produção de filmes, pretendo um dia em meu terreiro de Jurema e Candomblé fundar um cineclube voltado para as coisas do povo de terreiro diretamente, contribuindo assim para o acesso ao cinema desta população negada historicamente pela sociedade.

Vale muito a pena ver o vídeo acima postado, é muito bom e mostra bem o que rolou nos dias de trabalho ao mar de Itamaracá.

Esta postagem é para os amigos do Piauí, Alagoas e Pernambuco, o povo da PEPIAL!
Vejam ainda o site da FEPEC http://fepec.blogspot.com, aqui você sempre poderá estar antenado em tudo que se passa pelo mundo do cineclubismo pernambucano.

Divirtam-se e vamos trocar lembranças e informações, ajudem-me a terminar esta postagens com os nomes das pessoas que esqueci, corrigindo o portugês, colaborando de alguma forma com acreéssimos de informações, aqui é na base do Criative Commons, bora gente fuderosa!

Uma representação visual de todo este processo.

Sala de aula.

Gê Carvalho, ... (nome das pessoas da foto)


Fidelidade à obra cinematográfica. Pense!

Gláuber da Saudáveis Subversivos, autor do vídeo Cine Mais Cultura.


Grupo de trabalho "Orange cineclube", apresentando projeto feito como resultado das aulas.

(... Acenda uma Vela) e Raphaella do Cineclube Locomotivo, tira o olho das pernotas da menina, rsrsrs.

Poesia com teatro do companheiro (... do Cineclube...)

Martinho do Quilombo de Conceição das Crioulas, Cineclube ...

Cleiton Orman da escola Pernambucana de Circo.

Festa. Depois de muito coco, maracatu e ciranda, olha o estado do companheiro Gilberto do Maracatu Estrela Brilhante...

Festa, coco, animação na noite. Muita dança ao som da alfaia.

Alexandre L'Omi L'Odò, tocando a zabumba de coco.

Alexandre L'Omi L'Odò exibindo o documentrio Maluguinho, O Guerreiro do Catucá, O Rei da Jurema.

Mestre Roberto Sabóia apresentando seus filmes.

... do cinema ... (Matho Pitho).

Dá liberdade que sai isso kkkkkk.

L'Omi.

Alexandre L'Omi L'Odò
Cineclubista do axé e da fumaça da Jurema.

alexandrelomilodo@gmail.com

Último encontro 2010! Diálogos VIII…Yabá: a mulher e o sagrado + lançamento de “As Gueledés – a festa das máscaras”

No ano de 2010, o Museu de Arte Popular (MAP), vinculado à Fundação de Cultura Cidade do Recife, deu início a uma série de debates que chega agora em sua oitava edição, a Caminhos do santo | Diálogos…, sendo esta a última edição deste ano. Ao longo do ano, o MAP promoveu debates sobre diversos assuntos suscitados pela mostra Caminhos do santo, atual exposição do museu, como a mesa de 7 de abril, que abordou a Menina-sem-nome e as cruzes de estrada, através de um curta e um documentário, além da visão da folkcomunicação sobre fenômenos como estes. Ainda em abril, no dia 22, tivemos uma mesa com três historiadores, trabalhando o personagem de Meu Rei, o santo não-canônico São Severino do Ramos e o imaginário religioso do homem sertanejo. Em maio foi a vez das imagens das romarias tomarem a mesa, através do Padre Cícero e do Morro da Conceição. Em agosto, mês das assombrações, caçamos os fantasmas e as lendas urbanas do Recife. Setembro foi o mês em que o teatro e a religião se encontraram na Diálogos. Em outubro, em parceria com o FIDR, abordamos a dança de rua, uma nova expressão de arte popular, urbana e atual. E agora, em novembro, como é de praxe, este debate terá como ponto de partida um tema ligado a exposição e ao momento da cidade e do mundo.

No dia 19 de novembro de 2010, teremos Caminhos do santo | Diálogos VIII…Yabá, a mulher e o sagrado, no auditório da Livraria Cultura, às 18:00 horas. Teremos como conferencista o pesquisador de cultura afro-brasileira Raul Lody, autor de obras como Dicionário de Arte Sacra e técnicas afro-brasileiras ; O Negro no Museu Brasileiro: construindo identidades ; Santo também come ; Povo do Santo - Religião, História e Cultura dos Orixás, Voduns, Inquices e Caboclos ; e também do livro infantil Seis Pequenos Contos Africanos. Raul também atua como curador da Fundação Gilberto Freyre (PE), da Fundação Pierre Verger (BA), do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CE), Museu do Folclore (SP) e é Doutor em Etnologia pela Universidade de Paris.

Para fechar este ano com “chave de ouro”, o MAP aproveitará o contexto do 20 de novembro, comemorado como o dia da consciência negra, data escolhida em homenagem a morte de Zumbi dos Palmares. Hoje, as comemorações tomam todo o mês de novembro e no dia 19, o MAP trabalhará o papel da mulher nas religiões afro-brasileiras. E ainda reconhecendo e afirmando o museu como um espaço de formação, colaboração e difusão de saberes, o Museu de Arte Popular promoverá, em parceria com a editora Pallas e a Livraria Cultura, o lançamento do livro voltado para o público infantil: As Gueledés – A Festa das Máscaras, de autoria do curador, antropólogo, etnólogo e museólogo Raul Lody que também assina as ilustrações da publicação. O livro infantil explica o ritual secular das Gueledés, festa anual onde os homens iorubás contam a história das Senhoras da Noite (Iás na tradição iorubá) que formaram uma sociedade secreta para tomar o mundo.

Gueledés convite

O que | Caminhos do santo | Diálogos VIII… Yabá, a mulher e o sagrado. Encerramento da série Diálogos 2010 e lançamento do livro Gueledés.

Quando | 19 de novembro de 2010, sexta-feira, às 18 horas.

Onde | Auditório da Livraria Cultura

Promoção | Museu de Arte Popular – MAP

Quanto | Grátis

Informações | 3355-3110 / 3355-4720

Para entrar em contato com o setor de Pesquisa e Cultura: pesquisamap@hotmail.com

Para entrar em contato com o setor Educativo e Cultura: educativomap@hotmail.com

Para contatos em geral: museudeartepopular@hotmail.com

Raul Lody| Doutor em Etnologia pela Universidade de Paris, atual Sorbonne, Raul Lody é curador da Fundação Gilberto Freyre em Recife (PE), da Fundação Pierre Verger em Salvador (BA), do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura em Fortaleza (CE), Museu do Folclore em São José dos Campos (SP). É autor de dezenas de livros, incluindo À Mesa com Gilberto Freyre, Xangô – O senhor da casa de fogo e Cabelos de Axé – Identidade e Resistência.

Coordenação de Mesa

Fábio Carvalho | História, UFPE e Coordenador de Pesquisa do Museu de Arte Popular.

Realização | Museu de Arte Popular

Vamos lá pessoal, este encontro será fantástico!!

Alexandre L'Omi L'Odò.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

As Gueledés, Festa das Máscaras. Lançamento do Livro de Raul Lody 19 de Novembro na Livraria Cultura do Recife.

Texto e ilustrações de Raul Lody

Esse livro é dedicado ao público infantil, e também a todos àqueles que têm interesse pelos patrimônios culturais do continente africano no Brasil.

O livro é uma viagem à Sociedade Gueledé do povo Iorubá, tão presente na formação social e cultural brasileira.

A Sociedade Gueledé é uma sociedade de máscaras que realiza festivais com música, dança, e principalmente exibindo indumentárias, e máscaras construídas de madeira ou de outros materiais. São máscaras temáticas, verdadeiras instalações que relatam os temas do cotidiano, temas mitológicos, e principalmente os diferentes papéis culturais da mulher.

O livro integra esse o imaginário africano ao do Brasil, e é também texto para conhecer e refletir sobre as profundas relações entre os povos da Costa e a nossa civilização.

É ainda uma leitura educativa que se integrada ao projeto de ensino de História e da Cultura Africana no Brasil.

Nota

A UNESCO conferiu o título de Patrimônio Mundial da Humanidade à Sociedade Gueledé, nas suas realizações no Benin, e na Nigéria.

Raul Lody| Doutor em Etnologia pela Universidade de Paris, atual Sorbonne, Raul Lody é curador da Fundação Gilberto Freyre em Recife (PE), da Fundação Pierre Verger em Salvador (BA), do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura em Fortaleza (CE), Museu do Folclore em São José dos Campos (SP). É autor de dezenas de livros, incluindo À Mesa com Gilberto Freyre, Xangô – O senhor da casa de fogo e Cabelos de Axé – Identidade e Resistência.

Vamos marcar presença povo de terreiro de Pernambuco, este será um momento muito interessante para discutimos com o amigo Raul Lody o tema da ancestralidade feminina em nossa religião.

Muita fumaça de nossa Jurema!!

Alexandre L'Omi L'Odò
Osún Bií
Olorí eleiyé

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Seminário Religiões de Matrizes Africanas e Indígenas na UNICAP, Abrindo o Mês da Consciência Negra com Vivência Prática!

Abertura do Seminário

A tarde do dia 01 de novembro de 2010 na UNICAP, dia de um imprensado em meio a um feriadão, levou a ciência da Jurema e o axé dos Orixás à sala 703 do Bloco "G" desta Universidade, para dialogar e elucidar estes temas com os presentes de forma a garantir a abertura do mês da consciência negra com verdadeira consciência e contribuição para o fim do racismo e da intolerância religiosa xenofóbica da sociedade brasileira para com os negros e índios e, as religiões de matrizes africanas e indígenas.

Contando com a participação especial do Professor Jayro Pereira de Jesus, teólogo da religião de matriz africana e indígena, e presidente da ATRAI- Associação de Teólogos e Teólogas da Religião de Matriz Africana e Indígena, o seminário que contou com uma metodologia dinâmica, cheia de sons e cores, elementos religiosos e poesia, levou às mentes curiosas e olhares de estranhamento dos alunos e participantes parte importante das informações teológicas, históricas e culturais destas religiões. Com a coordenação do professor Vanderlei Lain, o seminário se desenvolveu com forte direcionamento ao contexto atualizado e de qualidade de bibliografias sobre o tema e contou ainda com a experiência religiosa do aluno Alexandre L'Omi L'Odò e do Professor Sacerdote Jayro, pois ambos são iniciados aos Orixás e à Jurema Sagrada, tendo forte militância política educacional nessas, em âmbito nacional.

Contando com a dinâmica artística (recital e performance), colocando em pauta as discussões de Castro Alves sobre o escravismo, através de sua poesia "O Navio Negreiro", o grupo garantiu a atenção de todas e todos, que intervieram com perguntas e explanações. Um forte ponto do encontro foi o momento que a aluna de Direito Alice Barbosa colocou sua experiência pessoal e familiar sobre o tema, expressando seu sentimento e mudança após ter entrado em contato com o universo afro brasileiro e indígena, mudando seu pensamento e rediscutindo preconceitos seus a muitos não resolvidos. Foi interessante e verdadeiro seu depoimento.

Os organizadores do evento, prepararam um presente muito especial para distribuir com todas e todos: Copias do Documentário "Atlântico Negro, Na Rota dos Orixás", do diretor Renato Barbieri e pesquisa de Victor Leonardi. O filme traz a discussão sobre as origens do candomblé, a história do negro, o período escravagista, a luta por liberdade de negros e negras no Brasil, brasileiros descendentes de africanos retornados à África (os Agudás) e, concretiza um diálogo e troca de saberes entre o Pai Euclides (Talabian de Lissá) sacerdote da casa Fanti Achanti no Maranhão com um sacerdote do culto fon de Benin. Escolhido como material imprescindível para contribuir no aumento de saberes sobre a história e cultura do povo negro, este material pedagógico, educativo e transformador foi exibido em silêncio durante as falas da palestra, dividindo por vezes a atenção dos presentes entre as falas e as imagens na TV do pequeno auditório multimídia.

Finalizando os trabalhos, depois das grandes discussões do tema, a poesia "Navio Negreiro" voltou a ser recitada com a participação especial do músico, poeta e fotógrafo Adeíldo Massapê que com muita sabedoria dividiu a cena com L'Omi. O vinho sagrado da Jurema foi destribuido entre todos presentes, configurando um momento de comunhão com o sagrado indígena, ato que levou todos e todas à aproximarem-se para experimentar a deliciosa bebida junto a fumaça comunicativa do cachimbo de mestre da Jurema.

Publico as fotos aqui para informar visualmente todo processo do evento.
Fotos de Izabella Cabral de Mello, aluna do curso de História da UNICAP. Meus agradecimentos!
Divirtam-se!

Alexandre L'Omi L'Odò, abre as discussões com louvação à Jurema Sagrada, com Fumaça de cachimbo e maracá.
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A Poesia "Navio Negreiro" de Castro Alves foi escolhida para abrir com uma performance de percussão e recital de Alexandre L'Omi L'Odò.
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Alexandre L'Omi L'Odò explicando a "Diáspora Negra".
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Em foco o País Mossambique, local que também foi incluído no tráfego negreiro para o Brasil.
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Setas indicam as localidades que os Tumbeiros (Navios Negreiros) traziam os negros e negras para o "Novo Mundo". Em foco, a ceta que aponta da Nigéria, Togo e Benin para Pernambuco.
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Texto "Sankofa e o Equívoco sobre África Distintas e Desconexas" do Livro Sankofa, a Matriz Africana no Mundo, da autora Elisa Larkin Nascimento (pág. 46 à 51), foi lido na íntegra pelo Marcelo Carrilho.
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O tema "Xangô de Pernambuco", ou Nagô do Recife foi fortemente discutido na apresentação, mostrando o valor marcante desta tradição no imaginário geral do povo de terreiro de PE.
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Candomblé e Suas Nações, tema elaborado para mostrar a complexidade do imaginário das religiões de matrizes africanas no Brasil.
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A aluna Alice Barbosa, apresentou o Tambor de Mina do Maranhão e o Jarê, Xapanã e Batuque também foram temas abordados por ela.
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Plateia assistiu ao seminário com muito interesse.
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O tema da diversidade religiosa foi foco na fala da Alice Barbosa, que relatou para os presentes sua experiência pessoal ao entrar em contato com o tema do seminário. Ela afirmou que uma mudança forte aconteceu com ela, e que a imagem distorcida e diabolizada que ela tinha sobre estas religiões foi totalmente modificada para melhor.
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O Professor Teólogo da Religião Afro Jayro Pereira de Jesus, foi o convidado especial para o seminário.
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O Prof. Jayro Pereira abordou temas de extrema profundidade teológica em relação às religiões afro, mexendo com o pensamento de todos os presentes.
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A cosmovisão africana, a teologia negra e os aspectos da lógica social enquanto "berço" da Xenofilia, formou a linha de raciocínio do prof. Jayro Pereira em sua fala.
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Mostra do quadro escrito para definir Exú e as diferenças sociais e culturais do "berço" do ocidente e do africano. Vale salientar que a ligação entre Exú-Ruah-Pneuma = Espírito Santo, causou espanto e reflexão sobre o apresentado.
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O Seminário foi finalizado com a segunda parte da performance de Alexandre L'Omi L'Odò, com o poema Navio Negreiro. Ele contou com a participação especial do Poeta e Músico Adeíldo Massapê, que fez os efeitos na percussão.
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Performance do Poema Navio Negreiro de Castro Alves.
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Uma mesa de Jurema e de estudos foi montada para ilustrar parte do trabalho.
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Ao término da apresentação, foi oferecido ao público o vinho sagrado da Jurema, para degustação e espiritualização.
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L'Omi oferecendo a Jurema Sagrada aos participantes.
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Servindo a Jurema...
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Participantes do curso de especialização em história da África bebendo Jurema. Detalhe: A direita, a aluna Maria do Carmo curiosa...
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Degustando a jurema, aluna Karla Gama, do curso de Biologia apreciou o vinho.
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Comunhão com o sagrado indígena!
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O Professor Vanderlei Lain e L'Omi degustando juntos o vinho sagrado da Jurema. Ato de celebração.
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Prof. Jayro Pereira de Jesus e o Prof. Vanderlei Lain.
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Mestrando Américo de Ògún Soròké, Prof. Jayro Pereira de Jesus e Prof. Vanderlei Lain.
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Poeta Adeíldo Massapê, L'Omi, Pai Américo de Ògún e alunos do curso de história da África.
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No cachimbo da Jurema: Professor Vanderlei Lain.
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Alexandre L'Omi L'Odò (História), Alice Barbosa (Direito), Marcelo Carrilho (Engenharia) e Fagner Nascimento (História), alunos que apresentaram e construiram juntos o trabalho sob orientação de L'Omi.
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Alexandre L'Omi L'Odò
Sacerdote e estudante de História da UNICAP

alexandrelomilodo@gmail.com

Quilombo Cultural Malunguinho

Quilombo Cultural Malunguinho
Entidade cultural da resistência negra pernambucana, luta e educação através da religião negra e indígena e da cultura afro-brasileira!