Mais de 350 juremeiros e juremeiras estiveram presentes no Encontro. Foto de Edson Martins.
II
Encontro de Juremeiros e Juremeiras em Alhandra
Para
unir e fortalecer nosso Povo da Fumaça!
O
segundo encontro de juremeiros e juremeiras em Alhandra teve como objetivo,
levar religiosos de diversos lugares para celebrar a Ciência Mestra em um dos
lugares mais importantes na história da Jurema Sagrada, o Acaes/PB.
Dando
continuidade ao sonho de levar juremeiros de diversas ciências para celebrar
nossa tradição, fortalecendo assim nosso povo e remontando a mesma lógica do
primeiro encontro, realizado pelo QCM - Quilombo Cultural Malunguinho, a
Sociedade Yorubana e outros parceiros em 2008... O QCM em parceria com a Rede
Nacional do Povo da Jurema, a Casa da Mestra Jardecilha, a Prefeitura de
Alhandra e o Terreiro Casa das Matas do Reis Malunguinho, propiciaram mais um
momento de grande união em torno do culto aos Senhores Mestres, que têm no mês
de Março, seu mês de festas em Pernambuco. Celebrando assim, também a memória
da grande Maria do Acaes, mestra lendária de nossa tradição, cujo dia 08 de
março (Dia Nacional da Mulher – dia que o evento foi realizado) foi totalmente
propício para uma grande homenagem à sua memória.
O
dia foi de chuva torrencial... Trovões e relâmpagos na madrugada do dia 07 nos
deixaram temerosos... Afinal, a primeira parte do evento aconteceria no largo
de traz da Igrejinha do Acaes, a céu aberto. No dia 08, logo às 5h acordamos
todos na casa da Mestra Jardecilha (que nos hospedou) e ficamos impactados com
tanta chuva e nenhuma perspectiva (na observação do céu) de estiar... Perante o
exposto pela natureza, Nina nos orientou a ligar para o secretário de Cultura
da Cidade, Mizael... Que de pronto atendeu e se disponibilizou a nos ajudar a
resolver este impasse que impediria totalmente o evento ocorrer. Logo
conseguimos para ver o galpão de eventos da Cidade, que acolheria com conforto todos
os visitantes, avaliamos, aprovamos e assim foi...
Muito
trabalho para remontar o evento como um todo... A equipe que estava
essencialmente composta por mim, por meu afilhado Ricardo Nunes e seu filho e
meu afilhado Henrique Falcão e Lucas Souza, ralou muito para garantir o melhor
para o Povo da Jurema... Colocar as faixas nas paredes, preparar o defumador,
soltar fogos, fazer a limpeza espiritual do ambiente, varrer o salão etc...
Tudo para deixar o lugar acolhedor para todos os irmãos que vinham de longe.
Acordando os Senhores Mestres. Foto de Edson Martins.
Houve
atraso no início do evento... Afinal, com a chuva, não pudemos deixar nenhuma
pessoa no Acaes para comunicar o novo local do encontro (pois nossa equipe era
bem pequena, então tinha ninguém para ficar lá). Mas a ciência foi providencial
em tudo! As pessoas que no Acaes chegaram logo se atinaram de ir ao centro da
Cidade para saber se haveria ainda o evento, e assim as pessoas do local
orientaram... Todo mundo chegou em paz e em segurança, como o Reis Malunguinho
e os senhores mestres quiseram.
Pelos
idos das 11h e 30min iniciamos a grande gira de comunhão dos povos... Iniciando
com uma grande defumação, limpeza essencial para que os trabalhos ocorressem
bem.
Juremeiro Ricardo Nunes defumando as comitivas que chegavam de todos os lugares. Foto de Joannah Luna.
Juremeiro Ricardo Nunes de Tertuliano defumando Maria Betânia de Sibamba (uma das organizadoras do evento). Foto de Joannah Luna.
Muitos reencontros no II Encontro de Juremeiros em Alhandra. Mãe Nininha de Oyá Onira dando abraços de boas vindas aos juremeiros. Foto de Joannah Luna.
Realizei
uma fala de abertura, falando da importância deste momento, contando um pouco
da trajetória do encontro e rememorando o primeiro evento, que havia acontecido
há sete anos atrás (2008), lá no Sítio do Acaes, quando ainda o juremal de
Maria do Acaes e as outras árvores sagradas ainda estavam de pé. Abordei ainda
questões políticas relacionadas ao nosso povo e a situação de intolerância
religiosa que vivemos. União foi pauta central de minhas colocações, afinal só
unidos seremos um povo forte. Não houve debate por não ser este o objetivo
deste momento.
Estiveram
presentes representantes de muitos lugares. A Associação de Juremeiros de
Alhandra se fez presente com toda sua diretoria, nas pessoas do juremeiro Jeová
e Mãe Judite etc. Vieram também comitivas de Pernambuco (diversas cidades), do
Rio Grande do Norte, do Ceará, de Alagoas, da própria Paraíba, com comissões de
João Pessoa e alguns interiores como
Campina Grande etc. De Brasília, do Rio de Janeiro e São Paulo... Outras
presenças importantes foram de pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba
e de Pernambuco. Ainda compareceu, chegando quase no final da primeira etapa do
evento um dos realizadores do I Encontro, João Monteiro, que teve papel
fundamental em 2008. Ele deu uma fala abrangendo questões políticas que são
importantes para nosso povo e se despediu falando “é bom ver que as sementes
que jogamos há sete anos brotaram e floriram” e logo se despediu.
João Monteiro, um dos realizadores do primeiro Encontro de Juremeiros em 2008. Foto de Joannah Luna.
Comemorando
o dia das mulheres, o Quilombo Cultural Malunguinho junto com os sacerdotes
mais velhos presentes entregaram o Prêmio Mourão que Não Bambeia a mestra
juremeira Mãe Biu de Alhandra, que ano passado não pode comparecer em sua
homenagem no IX Kipupa. Foi um momento muito bonito e forte de reconhecimento a
esta velha juremeira que tem muito saber na ciência, ao qual nós todos devemos
respeitar e aprender com sua trajetória.
Mestra Juremeira Mãe Biu de Alhandra recebendo o Prêmio Mourão que não Bambeia. Por trás Juremeiro Jeová. Foto de Edson Martins.
Nina da Mestra Jardecilha entregando o Prêmio Mourão que não Bambeia à Mãe Biu de Alhandra. Momento de muita alegria. Foto de Joannah Luna.
Pai Messias do Mestre Mané da Pinga e Nina mostrando ao público a homenagem. Foto de Edson Martins.
Pai Messias e demais juremeiros entregando o Prêmio Mourão que não Bambeia à Mãe Biu de Alhandra. Foto de Mariana Vasconcelos.
Mestra Juremeira Mãe Biu de Alhandra agradecendo a homenagem. Foto de Mariana Vasconcelos.
Mestra Mãe Biu de Alhandra cantando para Malunguinho - abrindo os trabalhos. Foto de Joannah Luna.
Antigos juremeiros como Pai Toinho de Ventania/Recife foi pedir a benção à Mãe Biu de Alhandra. Simbolo de respeito aos mais velhos. Foto de Joannah Luna.
A Mestra Mãe Biu de Alhandra abriu os trabalhos cantando para
Malunguinho, firmando os pontos que só se cantam em Alhandra para este grande
trunqueiro... Foi uma gira muito forte, onde diversos juremeiros e juremeiras
cantaram saudando o Reis das Matas. Pai Messias, Pai Toinho, Juremeiro Vado de
Pau Ferro, Juremeira Alda de Pedro Pires, Tata Emanuel, Pai Freitas do RN,
Bruxo Vamberto e tantos outros se prontificaram de assumir os cânticos
sagrados. Foi muito rico poder ouvir a diversidade de toadas para Malunguinho,
vendo a forma de cada ciência entoar.
Oferendas para Malunguinho. Foto de Joelson Souza.
Juremeiros Alexandre L'Omi L'Odò firmando os trabalhos aos pés da ciência do Reis Malunguinho. Foto de Joannah Luna.
Fumaça sagrada da Jurema para abrir os caminhos e entregar ao Reis Malunguinho suas ofendas para abrir o Portão Sagrada da Cidade mestra. Foto de Joannah Luna.
Reis Malunguinho no juremeiro Arthur Lima de Zé Vieira. Firmado no ponto de defesa. Foto de Edson Martins.
Juremeiros Alexandre L'Omi L'Odò ofertando ao Reis Malunguinho suas oferendas e abrindo os caminhos. Foto de Joannah Luna.
Entrega na rua do carrego e oferendas para Malunguinho. Trabalhos firmados da fumaça. Foto de Mariana Vasconcelos.
Posteriormente
ao cantar para Malunguinho, abrimos a gira dos caboclos e caboclas, índios e
índias – donos de nossa ciência como um todo. Respeitar os indígenas na Jurema
é um dos nossos maiores objetivos, pois percebemos uma profunda desatenção para
com estas entidades e divindades que estão a cada dia desaparecendo dos terreiros
de Jurema. Cantamos muito para a ancestralidade indígena. Muitos caboclos
estiveram presentes em seus “cavalos” e fizeram a festa na pisada dos ilús e no
fundamento do mel sagrado. Encerramos a primeira parte de nossa louvação por
volta das 14h. Dali fomos todos almoçar no restaurante Teto Verde (que hoje tem
outro nome), para nos prepararmos para a segunda etapa do encontro.
Ogans fazendo a grande festa da Jurema tocando os Ilús. No centro Ogan Rinaldo Karinbó. Foto de Joannah Luna.
Juremeiro Vado de Pau Ferro "manifestado" com sua cabocla. Foto de Joelson Souza.
Juremeiro Tata Emanuel de Sibamba "manifestado" com sua cabocla. Foto de Joannah Luna.
Continuando o ciclo de atos em homenagem ao dia da Mulher, a parceira Ana (...) solicitou a fala e provocou um ato com uma gira só de mulheres. Ela deu algumas falas sobre o protagonismo da mulher nos terreiros e na política e sugeriu um momento de abraço coletivo entra as mulheres, que se congregaram de forma emocionante. Foi um momento de consciência política afro-indígena-centrada, importante para atividades coletivas como este Encontro.
Companheira de luta Ana, realizando o ato geral do Dias das Mulheres no Encontro. Foto de Joannah Luna.
Ato do dia das Mulheres realizado pelas Juremeiras. Em evidência, Mãe Judite de Alhandra, Coordenadora da Associação de Juremeiros da Cidade de Alhandra. Foto de Joannah Luna.
Gira das mulheres. Foto de Alexandre L'Omi L'Odò.
Muita
chuva ainda caia... Pensamos em cancelar a segunda etapa do evento que estava
programado para acontecer no juremal sagrado do Terreiro da Mestra Jardecilha.
Quando comuniquei que não iríamos mais para este importante terreiro, a chuva
parou às 15h de forma inexplicável... Assim sendo, avisei a todos presentes
(alguns foram embora) que nos encaminhássemos até o terreiro. Chegando lá, a
casa já estava preparada para nos receber.
Nina,
com toda sua sabedoria e sensibilidade, recebeu as mais de 150 pessoas que lá
foram, abrindo a gira com uma oração, que logo foi interrompida por Pai Messias
para lhe presentear com um quadro pintado à mão retratando a Mestra Jardecilha.
Foi um momento muito bonito, cheio de emoção e muitos choraram com a merecida
homenagem. Foram entoados pontos de agradecimento e celebração e logo voltamos
para a abertura oficial dos rituais das cidades da Jurema. Dei mais uma fala
breve sobre a importância do momento e Nina logo fez as orações e os cânticos
de abertura que foram completados pelos juremeiros presentes. Ali, ao redor do
Cruzeiro Mestre se fez uma gira altamente concentrada. A energia dos senhores
mestres estava tão forte que não houve quem não se emocionasse com tamanha
presença espiritual naquele solo sagrado. E, para nossa alegria, muitos mestres
vieram sambar conosco, consagrando o momento como inesquecível para quem teve a
oportunidade de comungar. O fumo que preparamos para o memento deu o tom da
fumaça de cura no local, sendo consumido pelos diversos mestres presentes, que
fizeram bons elogios. Vibramos em uma energia uníssona. Uniforme, completa e de
paz. Sem vaidades, sem afetações nem falas agressivas, sem nenhum
desequilíbrio, foi um momento alto na fé da Jurema.
Folhas do Juremal da Mestra Jardecilha orvalhadas da grande chuva que caiu. Foto de Joannah Luna.
Nina, filha carnal e herdeira espiritual da tradição da Jurema da Mestra Jardecilha. Foto de Joannah Luna.
Momento de abertura da Jurema no Terreiro da Mestra Jardecilha. No comando dos rituais Nina. Foto de Joelson Souza.
Entrega do quadro retratando a Mestra Jardecilha. O sacerdote Pai Messias fez uma linda homenagem à esta grande mulher da Jurema. Momento de muita emoção entre os participantes. Foto Joelson Souza.
Após "abrirmos a Jurema" e realizarmos os cânticos sagrados às cidades encantadas, evocamos os Senhores Mestres para comungar conosco este momento de fé. Muitos foram os Mestres Presentes para fortalecer e confirmar nossos trabalhos. A celebração se estendeu por mais duas horas de pisada forte no massapê do Terreiro da Mestra Jardecilha. A gira foi ao redor do Cruzeiro Mestre da casa, como tradicionalmente acontece. Todos os juremeiros presentes evocaram e saudaram suas ciências de forma democrática e sem centralizações do cântico ou dos rituais. A fumaça vadiou...
Jurema Sagrada. Foto de Joelson Souza..
Cruzeiro Mestre da Casa da Mestra Jardecilha/Alhandra-PB. Foto de Edson Martins.
Mestre Mané da Pinga do grande Pai Messias da Rua das Moças em Recife. Foto de Joelson Souza.
Mestre Mané da Pinga abençoando o juremeiro Bruxo Vamberto em momento ritual. Foto de Joannah Luna.
Mestre Canito do Fogo do neto da Mestra Jardecilha, Lucas Souza. Foto de Joannah Luna.
Mestre Canito saudando João Neto (neto carnal da mestra Jardecilha) em ato ritual. Foto de Joelson Souza.
Mestre Pau Ferro do juremeiro Vado. >Foto de Joannah Luna.
Mestre Pedro Pires da juremeira Alda. Foto de Joannah Luna.
Juremeiro Tata Emanuel de Simbamba firmado na Jurema. Foto de Joannah Luna.
Alexandre L'Omi L'Odò recebendo os recados do Mestre Canito do Fogo. Atrás sem chapéu, juremeiro Tiago de Zé Bebinho. Foto de Joannah Luna.
Mestre Tertuliano no juremeiro Ricardo Nunes. Foto de Joannah Luna.
Mestre Mané da Pinga em Pai Messias saudando o Mestre Zé dos Anjos no juremeiro Amilcar/RN.
Mestre Sibamba no juremeiro Marivaldo (Cabuêta). Foto de Joannah Luna.
Mestre José Filintra de Santana Naguê e Filho na juremeira Mãe Nininha de Oyá Onira. Foto de Joannah Luna.
Pai Juremeiro Freitas do Rio Grande do Norte, firmado desde cedo na fumaça sagrada. Foto de Joannah Luna.
E a fumaça cobriu o céu de Jurema... Foto de Joannah Luna.
Com os seus chapéus de couro por Deus abençoados nos cobriram de muito boa energia e ciência os Senhores Mestres. Foto de Joannah Luna.
Muitos foram os mestres presentes. De diversas cidades...
Como
era dia das mulheres, não poderíamos deixar de celebrar as Senhoras Mestras,
donas dos saberes femininos no juremá. Iniciei cantando para a Mestra Paulina
da Rede Rasgada... E os demais sacerdotes e sacerdotisas tomaram conta, e deram seguimento as louvações.
Mestra Paulina da Rede Rasgada no Juremeiros Pai Freitas do Rio Grande do Norte. Champanhe para lhe receber com boas vindas.Foto de Joannah Luna.
Após saudarmos as Senhoras Mestras, Paulina da Rede Rasgada se despediu e foi na minha mão, confirmando nosso recado de fé. Foto de Joannah Luna.
Com
a participação de mais de 350 pessoas, o II Encontro de Juremeiros e Juremeiras
em Alhandra se consagrou como de fato um ENCONTRO DE JUREMEIROS, pois foi feito
do início ao fim por pessoas de ciência, sem centralizações e nenhuma forma de
preconceito à ciência de ninguém. Simplesmente vibramos juntos, cantamos
juntos, pensamos juntos e recebemos nossos mestres e mestras juntos, sem nenhuma
separação. Isso foi uma vitória percebida por todos os presentes, que no
momento do fechamento da Jurema, relataram sua emoção em ter participado “pela
primeira vez” de um momento em Alhandra como àquele.
Vista interna da Mesa de Jurema da Mestra Jardecilha. Na presença dos Senhores Mestres fomos protegidos e todos os trabalhos foram confirmados com a graça de toda espiritualidade. Salve a ciência! Foto de Joannah Luna.
O
Povo da Jurema presente tirou uma resolução muito importante para a realização
do III Encontro de Juremeiros em Alhandra que acontecerá no início de Março de
2016. Foi resolvido que este evento a partir daquele dia seria a ABERTURA
OFICIAL DO CALENDÁRIO ANUAL DAS ATIVIDADES DO POVO DA JUREMA DO BRASIL, afinal
estavam presentes representações de muitos Estados da federação. Assim foi,
assim será, pois a Jurema quis! Esta foi uma grande vitória para o avançar
político e religioso de nosso povo, que merece respeito e deve estar pautado
nas grandes conferências nacionais e outros espaços de luta por legitimidade.
Termos em nosso calendário anual um evento (além do Kipupa) que seja um ponto
de encontro dos diversos representantes dos Estados é muito importante.
Portanto, no próximo ano todos estarão unidos para realizar juntos, com
colaboração de todos este evento que ficou marcado nas nossas almas como um dos
encontros mais lindos do Povo da Jurema.
Temos
que realizar nossos agradecimentos especiais, pois sem os amigos este encontro
jamais teria tido o sucesso que teve.
Agradecimento
fundamental ao Reis Malunguinho por ter permitido que o evento acontecesse com
total sucesso. Conseqüentemente obrigado a todos os senhores mestres e senhoras
mestras que estiveram presentes o tempo todo nos protegendo e nos dando todos
os recado necessários. Destaco o Mestre Tertuliano, o Mestre Major do Dia, o
Caboclo Arranca Toco e o Mestre Canito do Fogo, que sustentaram a pisada desde
da Cidade da Jurema...
Agradecemos
à Maria Betânia que organizou o ônibus que saiu de Recife para o Acaes, sua
participação foi fundamental. Agradecemos à todos os amigos das redes sociais da internet, que compartilharam
nosso cartaz, que divulgaram de forma abrangente e que se organizaram para
estar presentes. Obrigado à Nina, Lucas Souza e João Neto que me acolheram
junto com Ricardo e Henrique um dia antes do evento, essa ajuda foi muito
importante. Obrigado à Catarina Falcão e Mariana Vasconcelos, pois foram as
cambonas perfeitas nos nossos momentos de necessidade. Obrigado à Rinaldo
Karinbó, ogan que se disponibilizou a ir conosco para tocar para as entidades e
divindades. Obrigadão especial aos profissionais Joannah Mendonça e Joelson,
que foram para fazer a cobertura fotográfica do evento e nos disponibilizaram
todas as fotografias que ficaram lindas.
O
meu obrigado especial vai para Ricardo Nunes e Henrique Falcão, afilhados que
prezo no mais alto afeto. Vocês foram o braço direito e esquerdo na realização
do evento, tanto no local, quando na pré-produção. Salve a ciência que vos
acompanham, pois somam como amigos e guerreiros neste processo de luta por
nossa religião. O vosso desprendimento deve ser seguido pelos filhos da Jurema.
"Quanto mais meu lírio cheira, é pau, é pau, é pau"! Salve a Jurema Sagrada e salve o Povo da Jurema. Foto de Joannah Luna.
Espero
em breve publicar vídeo com imagens cedidas pelo professor Piva da UFPB e do
irmão Paulo da PB. Eles ficaram de nos ceder o material integral que
registraram.
Fechamento com uma foto dos que ficaram até após às seis horas. Irmandade fortalecida na Jurema. Nosso objetivo em realizar este evento foi completamente alcançado. Maus uma vez unimos o Povo da Jurema. Foto de Joelson Souza.
Salve
a Jurema Sagrada!
Salve
as sete Cidades!
Salve
a fumaça!
Sobô
Nirê Mafá!
Salve
a Ciência de Alhandra!
Salve
a União do povo da Jurema!!!
Alexandre L'Omi L'Odò, coordenador geral do II Encontro de Juremeiros em Alhandra 2015. Foto de Joannah Luna.
Alexandre L’Omi L’Odò
Quilombo Cultural
Malunguinho