sexta-feira, 25 de setembro de 2009

IV Kipupa Malunguinho, Coco na Mata do Catucá 2009.

Reliase

IV Kipupa Malunguinho, Coco na mata do Catucá 2009.

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Uma tradição dinâmica


Kipupa significa união, agregação de pessoas, associação de indivíduos em prol de algum objetivo, este termo também dá nome a uma cidade na República Democrática do Congo , que se formou pela agregação de refugiados da guerra civil para formarem um gigante quilombo de esperança e reconstrução identitária, Malunguinho, vem do vocábulo Malungo que significa camarada, amigo, companheiro de bordo e de lutas, palavras pertencentes ao tronco lingüístico Kimbundo, língua falada em Angola, país de que vieram estes negros guerreiros. Malunguinho é o título dado aos líderes quilombolas pernambucanos que no século XIX fizeram ferver a capital , na luta por liberdade e seus direitos.


O KIPUPA Malunguinho nasce em 2006 do anseio de resgatar e dar visibilidade a nossas lideranças históricas negras/indígenas negadas pela historiografia oficial, a exemplo do líder negro Malunguinho e tantos outros, destacando o papel de Pernambuco na resistência negra no Brasil. Determinamos o mês de Setembro para realização anual do evento em homenagem ao ultimo líder Malunguinho do Quilombo do Catucá, o João Batista que teve sua data de morte comprovada a partir de documentos existentes no Arquivo Publico Estadual Jordão Emerenciano, em 18 de setembro de 1935.


O Quilombo Cultural Malunguinho- Histórico e Divino, entidade idealizadora e realizadora do evento, implanta a partir da realização do I° Kipupa Malunguinho, ocorrido em setembro de 2006, um calendário permanente para comemorações e homenagens as lideranças negras históricas. Sobre tudo por que em setembro de 2007 aprovamos a lei estadual 13.298/07, a Lei da Semana Estadual da Vivência e Pratica da Cultura Afro Pernambucana, a Lei Malunguinho, que ainda não foi sancionada pelo governador, que a o fará ainda este mês.


O objetivo do evento é manter viva a memória e história dos líderes quilombolas, construindo o sentimento de pertencimento e reconhecimento nacional a estes líderes negros, através das discussões de temáticas sócios- educacionais e culturais, com a participação de sacerdotes e sacerdotisas da Jurema Sagrada, do Candomblé (Xangô), pesquisadores, estudiosos, mestres e mestras da cultura tradicional e popular, músicos e interessados, materializando em matas fechadas do antigo quilombo de Malunguinho um a possibilidade de imersão na vivência e prática na cultura afro indígena pernambucana, através de debate, ritual (liturgia da Jurema) e o grande coco da mata, com mestres de renome como Mestre Galo Preto, Mestra Eliza do Coco, Bongar e outros que tem na tradição cotidiana o contato com nossas matrizes fundadoras da identidade nacional.


Todo evento é para homenagear e reconhecer Malunguinho, líder negro que elevou-se à divindade na Jurema assumindo a patente de Rei da Jurema, se firmando na tradição oral e teológica nordestina como defensor espiritual, posto este que o diferencia de Zumbí dos Palmares que não “baixa” nos terreiros.


O Kipupa Malunguinho, Coco na Mata do Catucá é um evento único no gênero. Nele o participante poderá conhecer parte de nossa história que não está nas escolas nem nos livros. Poderá brincar e vivenciar coletivamente a experiência de adentrar nas tradições menos acessíveis ao público, por serem na maioria religiosas/culturais.


Todo roteiro é feito para poder-se experienciar a vida daqueles negros e negras que ali (matas do engenho Pitanga II- Abreu e lima - Catucá) lutaram, viveram e morreram.


Roteiro e Programação:


*Mestras e Mestres convidados: Mestre Galo Preto, Dona Eliza do Coco, Bongar, O Tronco da Jurema, dentre outros artistas do coco pernambucano.


7h. Saídas dos ônibus (Memorial Zumbí- Carmo Recife) e dos terreiros e municípios de Paulista, São Lourenço da Mata, Recife, Goiana etc;


8h. Encontro na Prefeitura de Abreu e Lima dos ônibus e pessoas;


9h. Chegada na mata.


9h. e 20min. Abertura com diálogo e palestra sobre Malunguinho (normas do evento)...


10h. Entrada na mata com ritual e grupos de capoeira, maracatu e caboclinho saudando Malunguinho;


10h. e 30min. Ritual para Malunguinho com Juremeiros e povo de terreiro (gira, cânticos, louvações e obrigação);


11h e 40min. Descida ao centro da Mata do Catucá, arrastão do coco de mata à dentro...


12h. e 20min. Coco na Mata com os mestres e mestras do coco e da Jurema.


15h retorno para almoço tradicional da Jurema;


15... Mais coco...


17. Fechamento e retorno do comboio de Malunguinho.


Serviço:


IV Kipupa Malunguinho, Coco na Mata do Catucá 2009.

Onde? Matas do Engenho Pitanga II, Área Rural de Abreu e Lima (Catucá).

Colaboração? 10 reais o ônibus e Almoço grátis.

Que horas? Saída as 7h da manhã no Memorial Zumbí dos Palmares. Carmo Recife.


Contatos e informações:


Alexandre L’Omi L’Odò- 81 8887-1496 / João Monteiro- 81 9428-4898

quilombo.cultural.malunguinho@gmail.com

www.qcmalunguinho.blogspot.com

www.nacaocultural.pe.gov.br/qcm


Visite este linc e veja fotos e texto do Kipupa 2008: http://alexandrelomilodo.blogspot.com/2008/11/iii-kipupa-malunguinho-coco-na-mata-do.html


*Inscrições no Núcleo Afro da Prefeitura do Recife de 28/09 à 02/10/2009 das 14 às 18h. Pátio de São Pedro.

Inscrições limitadas pelo email ou telefone.

Dados para inscrição: Nome Completo, RG, Entidade que Representa (ONG, Faculdade etc.), Nome do Terreiro de Houver

Alexandre L'Omi L'Odò.
Quilombo Cultural Malunguinho
174 anos resistindo!

IV Kipupa Malunguinho, Coco na Mata do Catucá 2009.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Álbum resgata culto aos orixás

Música

Álbum resgata culto aos orixás

Publicado em 22.09.2009, às 21h07

Luís Fernando Moura Do Caderno C
José Amaro reuniu os músicos e promoveu a volta às bases negras de nossa formação sociocultural
Foto: Tiago Calazans/ JC Imagem

José Amaro reuniu os músicos e promoveu a volta às bases negras de nossa formação socioculturalAo passo em que a nossa cultura se transforma, a memória das raízes afro-brasileiras periga ficar à margem do que nos move, quase sempre pelos impulsos do que está em alta no mercado. Por meio de iniciativa do Serviço Social do Comércio (Sesc), o professor de música José Amaro Santos da Silva reuniu alguns músicos e promoveu uma volta às bases negras da nossa formação sociocultural. Quer incluir orixás no circuito. “Somente os judaico-cristãos não souberam assimilar essa maravilha cultural religiosa”, afirma na apresentação do primeiro disco do grupo Korin Orishá, que será lançado nesta quarta-feira (23), a partir das 20h, no Teatro Santa Isabel.

Batizada de Suíte afro-recifense, a obra busca resgatar manifestações afro-brasileiras que se desenvolveram em território pernambucano. O título de suíte indica a transposição dos cânticos em peças para um grupo de câmara tal qual é a formação do grupo. “Eu tinha a aspiração de ver a música do candomblé tocada por instrumentos clássicos, embora não seja a primeira vez que isso é feito. O maestro paraibano José Siqueira escreveu um oratório de candomblé com base em cânticos dos orixás pesquisados na Bahia. A nossa diferença é que fazemos com cânticos daqui, que são bastante diferentes”, diz José Amaro, regente do grupo, solista de canto e também diretor artístico do projeto.

OUÇA SUÍTE AFRO-RECIFENSE:
<<
Faixa 1 - Cânticos para Eshu
<< Faixa 2 - Cânticos para Ogum

O resultado é um diálogo entre instrumentos de corda (violino, viola e violoncelo) e de sopro (flauta, clarineta e fagote), típicos de uma formação clássica, com sabor afro-brasileiro: tanto a percussão, por meio de atabaques do candomblé, abê e gongê, quanto o canto, preservado na língua iorubá, remetem à experiência musical e religiosa africana.

“Nossa ideia é partir das melodias e estruturá-las em polifonias distribuindo numa harmonia entre todo o conjunto. Isso faz com que a música seja altamente valorizada”, acredita José Amaro. Ao lado dele, a solista de canto Anástica Rodrigues imprime timbre feminino aos cânticos.

A apresentação deve seguir a progressão musical do disco respeitando a formatação dos rituais. “Vamos fazer exatamente como se faz nos terreiros: seguindo a roda”, afirma o regente. A suíte tem início com os Cânticos para eshu, segue-se com os Cânticos de ogum até os Cânticos de orishalá, que encerram a jornada. No total, são dez faixas.

RESGATE - “Herdamos uma tradição cultural dos africanos trazidos para o Brasil na época da escravidão. Temos que nos impor a missão de restaurar, reviver ou, pelo menos, não deixar morrer essa cultura”, diz José Amaro.

Com o resgate em mente, o Kori Orishá rodou 16 Estados brasileiros com patrocínio do Sesc. Passou por Acre, Amazonas, Roraima e Tocantins. No Sul, atravessou Paraná e Rio Grande do Sul. Entre vários shows pelo Nordeste, o grupo viajou por vários municípios pernambucanos e terminou a turnê no Rio de Janeiro somando um total de 42 apresentações. O lançamento da suíte é resultado de projeto aprovado pelo Conselho Municipal de Política Cultural da Prefeitura do Recife.

Serviço

Lançamento do CD Suíte afro-recifense, do grupo de câmara Korin Orishá
Quarta (23), a partir das 20h
Teatro Santa Isabel - Praça da República, s/nº, Santo Antônio

Ingresso: R$ 3
Informações: (81) 3232.2939

Fonte: http://jc.uol.com.br/canal/lazer-e-turismo/noticia/2009/09/22/album-resgata-culto-aos-orixas-200401.php

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Malunguinho, guerreiro da paz, Santo da guerra!

MITOS II
Guerreiro da paz, santo da guerra

Ser mito já é algo fora do comum. Ser mito religioso é ainda superior. É atingir a santificação, o endeusamento. Nada tem caráter mais poderoso, mais inquestionável, que um santo, que uma entidade espiritual. Seus seguidores não admitem qualquer dúvida, por menor que seja, sobre a moldagem divina do ídolo. Padre Cícero, Jesus Cristo, Buda, Malunguinho e outros tantos. Eles escaparam da prisão físico-corpórea. Moldaram-se no plano espiritual. Capturados pelo misticismo inerente à alma humana.

Não é fácil chegar lá. Tornar-se sagrado exige muito de alguém. Mais que boas ações, requer milagres. Depois que padre Cícero fez a dita transmutação da hóstia em sangue na boca de uma beata, sua adoração espalhou-se pelo Sertão Nordestino e por onde mais houvesse gente para acreditar.

O povo quer milagres assim. Buscou-os nas pregações de frei Damião e de Antônio Conselheiro. Dois homens que traduzem a fé cega e esmagadora do sertanejo. A busca eterna de quem lhe alivie o sofrimento. O povo é assim mesmo. Quando tudo o mais falha, procura algo superior para se apegar. "Quando se perde a credibilidade na ciência e na política, apela-se para o sobrenatural. Entre as camadas mais populares, devido à ignorância das pessoas, o endeusamento ocorre com mais facilidade. O Sertão Nordestino é o melhor exemplo", comenta o analista político Michel Zaidan.

Passa-se o tempo, a morte chega aos pregadores. Com ela, novos milagres. O endeusamento frutifica. Caso de Padre Cícero e frei Damião. Eles produziram pelo sertão uma fé comparada ao maior de todos os messiânicos: Jesus Cristo. Talvez nem tanto. Tarefa árdua é achar um exemplo melhor que Jesus. Quem sabe Maomé, para os mulçumanos? Ou mesmo Maria, mãe do próprio Cristo, para os católicos?

Não. Nada foi ou é como Jesus. Ele agregou em si a fórmula mais completa para obter-se um mito: morte sofrida e no auge da vida " vítima de traição " preocupação com o próximo " filiação divina " amparo aos mais fracos " promessa de uma vida além desta = o mais perfeito dos mitos. E ainda mais: milagres. A combinação moldou um jovem judeu pregador em um deus feito homem. Um mero judeu que angariou um rebanho de milhões de pessoas em dois milênios de história. Que passou a dividir o trono com o próprio Deus. Que incorpora este mesmo deus, tido antes como único e indivisível. Incontestável como salvador do mundo, símbolo máximo da bondade e do amor.

SANTOS GUERREIROS - Até se entende a santificação de São Jorge, São Miguel Arcanjo, Santo Expedito e Santa Joana D'Arc. Guerreiros devotados ao Senhor. Agora explicar por que Mao Tse-Tung, Che Guevara e Malunguinho assumiram áureas religiosas, é complicado. Eles guiaram suas vidas pela pregação ou pelos louvores a Deus? Difícil crer. Mas o povo quis assim, moldá-los como santos.

Mao transformou a China de imperial em comunista. Político, sem nunca ter exercido qualquer função próxima à religiosidade. Mas ao povo não importa. Nas atuais enchentes que abateram o território chinês, aos invés de Buda, é para Mao que o povo está enviando suas preces.

Guevara foi outro que sempre guiou sua vida pelo comunismo ateu e materialista. Mas ao povo não importa. Quando seus restos mortais foram encontrados, centenas de pessoas acenderam velas no local, rezaram e fizeram promessas para um dos maiores ícones de revolução armada.

Malunguinho foi, assim como Zumbi dos Palmares, um líder de quilombo. O de Catucá - mais ou menos onde ficam hoje os municípios de Igarassu e Goiana. Guerrilheiro. Mas ao povo não importa. As áreas onde reina agora são os terreiros de umbanda. Visto como uma entidade desencarnada, digna de oferendas e cânticos.

Às vezes, para a massa não basta um guerreiro. Não basta a força física e intelectual. Não se quer um herói. Tamanha é a situação de desespero, necessita-se de alguém com forças acima da compreensão humana. Quer-se um santo. Um salvador de almas. Já que neste mundo a sina vai ser sempre o mesmo penar.

Fonte: http://www2.uol.com.br/JC/_1999/80anos/80d_15.htm

Texto extraído da internet e modificado por mim.

Foto: Alexandre L'Omi L'Odò.

Alexandre L'Omi L'Odò.

QCM- Quilombo Cultural Malunguinho

174 anos Resistindo!

Fazendo a diferença em Pernambuco.

Nguzo Malunguinho!!!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

I° ENCONTRO MUNICIPAL DE JUREMA EM JABOATÃO DOS GUARARAPES/PE


I° ENCONTRO MUNICIPAL DE JUREMA

“A Jurema pode ser considerada a religião primaz do Brasil, de forte relevância no nordeste e norte do país. Estas religiões de matrizes indígenas com suas nuances africana e portuguesa, sempre estiveram associadas às manifestações da religiosidade popular e às classes menos favorecidas, historicamente desassistidas em sua Cidadania e quanto aos Direitos, também historicamente estas referências culturais estiveram à margem dos padrões determinados pelos poderes hegemônicos. Uma matriz de multiculturalismos enquanto patrimônio imaterial ainda não devidamente reconhecido pelo Município e Estado.


Com a necessidade de promover difusão dos conhecimentos tradicionais voltados às suas matrizes, na perspectiva de manutenção da tradição e o fortalecimento do segmento, a REDE de TERREIROS DE JABOATÃO DOS GUARARAPES junto com o Quilombo Malunguinho, propõe o I° Encontro de Jurema, um encontro anual, e o primeiro encontro temático do Povo da Jurema de toda a região.

Em setembro, o Governo do Estado de Pernambuco – SR. Eduardo Campos, estará assinando o projeto de lei (já aprovado na Assembléia Legislativa, apresentado pelo Deputado Isaltino Nascimento) que promove o quilombola Malunguinho como herói da resistência pernambucana, personagem que também é uma tradicional entidade espiritual da Jurema Sagrada, nas personificações de Caboclo, Mestre e Exu.

A Rede de Terreiros de Jaboatão junto com o Quilombo Malunguinho, abrindo as comemorações em torno de nosso herói, estará realização o I° Encontro de Jurema, com o Tema: Malunguinho entre o Histórico e Sagrado.


O Município de Jaboatão dos Guararapes sedia dois importantes eventos públicos voltados para as matrizes africanas: a Festa da Oxum, no Batoré (única para este orixá em Pernambuco, em julho) e a de Iemanjá, na praia de Candeias (a mais tradicional do Estado de Pernambuco). Um dos municípios de maior contingentes de engenhos e usinas de Pernambuco, também já foi um dos maiores contingentes de população de afro-descendentes.



REALIZAÇÃO:

REDE DE TERREIROS DE JABOATÃO DOS GUARARAPES

QUILOMBO CULTURAL MALUNGUINHO



INSTITUIÇÕES:

MNU – Movimento Negro Unificado

Centro Macambira

C3 – Coletivo Cultura da Cidadania

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I° ENCONTRO MUNIPAL DE JUREMA

Programa:

1º Encontro de Jurema

26 de Setembro de 2009

  • 15h00minhs. Abertura

  • 15h15minhs: Louvação.

  • 15h35minhs. MESA DE ABERTURA:

Ø Autoridades e sacerdotes

  • 16h15minhs. VIDEO: Malunguinho, O Guerreiro do Catucá, O Rei da Jurema.

  • 16h55minhs. MESA REDONDA: Malunguinho : entre o histórico e sagrado

Mestre Tarcísio (mediador), Sandro de Jucá, João Monteiro, Pai Everaldo.

  • 17h 00minhs. Debate.

  • 17h30 – VÍDEO : A Ciência dos Encantados.

  • 18H00mins . Mesa Redonda: A Tradição da Jurema
  • (Sacerdotes, representações indígenas e Pesquisadores)

· 19h:00hs – Debate.

· 19:30hs – Lanche.

· 20:00hs – Encerramento.




CONTATOS:

JOAÕ MONTEIRO – 94284898 (MALUNGUINHO)

EDUARDO SANTANA- 87201832 (REDE DE TERREIROS)

JAMERSSON – 91913338 (C3)

EDUARDO JORGE – 88040721 (MACAMBIRA)

MAURICIO GALVÃO – 99477450 (MNU – JABOATÃO)


dundunmonteiro@yahoo.com.br

L'Omi.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mãe Stella de Oxóssi, 70 anos de iniciação e resistência.

Faráimará aráyè!
"Àsèsè mo jubá. Ode Arolé lo bí wá"
(Origem das origens, lhe apresento meu humilde respeito. Oxóssi nos trouxe ao mundo.)

Comemorações dos 70 anos de iniciação da sacerdotisa Maria Stella de Azevedo Santos, a Mãe Stella de Oxóssi, contará com ortoga do título de Doutora Honoris Causa pela UNEB, inauguração de uma praça no Afonjá com seu nome e Xirê ao seu Orixá no dia 12/09.

Sem dúvidas este é um momento singular na vida de um iniciado. Completar 70 anos vivendo para o axé é vitória de poucos, é uma virtude apenas de pessoas que tem como princípio de vida a dignidade e a luta pela memória de seus ancestrais.
Mãe Stella de Oxóssi, uma mulher guerreira, inteligente, sábia e exelente sacerdotisa, que por 33 naos rege com destreza e grandiosidade o Axé Opô Afonjá, na rua Direita de São Gonçalo 557- são Gonçalo do Retiro, Salvador BA. Cep: 40301-155.

Iniciada em 1939, com 14 anos de idade, a menina Stella percorreria uma longa trajetória de formação da individualidade e identificação com seu Orixá guia. Logo receberia uma formação sólida através dos cuidados e ensinamentos de sua querida iyalorixá Mãe Senhora de Oxum.

Os longos anos de dedicação ao axé serviram mais tarde de esteio para sua especial vocação de iyalorixá da comunidade-terreiro do Afonjá.

na vida exemplar de Mãe Stella de Oxóssi podemos contemplar o sonho da fundadora e eterna inspiradora Mãe Aninha de Afonjá.

A programação das comemorações dos 70 anos de iniciação de Mãe Stella acontecerão no Afonjá e se iniciam:

Dia 10/09- às 9h e 30min. Outorga do Título de Doutora Honoris Causa pelo UNEB;
Dia 12/09- às 9h. Inauguração da Praça Mãe Stella de Oxóssi (Afonjá);
Dia 12/09- 19h. Xirê para Oxóssi no barracão de festas do Afonjá.

"Salve Oxóssi, salve Mãe Stella, estrela nossa a mais singela!" Marcos Sentana.

Tive oportunidade de conhecer esta sacerdotiza pessoalmente. Ela com sua sagacidade e humor sóbrio me encantou falando que "para o povo de terreiro as coisas tem que ser de alto nível, tem que ser de qualidade", quando perguntei sobre a programação do Alaiandê Xirê em 2005 numa manhã no Afonjá.
Neste mesmo dia conhecí Ildásio Tavares, ogan, acadêmico e um amante do axé, que com uma bela palestra sobre o poder da mulher no candomblé citou belos Itans de Oxóssi, e um orikí que jamais esqueço: "Odé k'omo Odé... O caçador que não é filho de caçador...", querendo dizer que oxóssi é a própria essencia da caça, pois não aprendeu com ninguém, ele é a caça, o espírito puro da caça. E estes conhecimentos me fizeram rever a língua e rever-me como também amante de Oxóssi, um orixá essencial no panteão dos Orixás.

Seus livros tenho alguns. em especial o "Owè" Provérbios, que ganhei de presente, em uma boa intenção de Rita Honotório em 2007...

Os demais títulos entrarão em breve em minha biblioteca particular de livros do axé, e sem dúvidas, da mesma forma que tenho o lívro de Maria Bibiana do Espírito Santo, Mãe Senhora: saudade e memória; organizado por José Félix dos Santos e Cida da Nóbrega- Salvador: Currupio, 2000. Os livros de Mãe Stella tem um espaço muitíssimo especial no meu coração, pois com eles aprendo como um sacerdote deve cumprir sua missão, sua história, fazer sua história de verdade.

Dedico este cântico para homenagear seus 70 anos de axé:

É Bariká
É Bariká
Olorun fè Malè
É Bariká!

(parabens, homenágem honrosa em yorùbá. Cântico entoado nos cultos do Xangô de Pernambuco).

O doutor Ildásio Tavares (Obá de Xangô) escreveu uma poesia para ela, e faço das palavras dele as minhas neste momento.

Reinará serena e forte
Em uma mão o Ofá,
Noutra o Oxê.
Filha de Oxóssi.
Eleita de Xangô,
Serena e Forte
Reinará.

Luz e marco
Fogo e arco
Estrela e guia
Dando rumo certo do barco.

Ildásio Tavares.
23/03/1976.

Imagem de: Diene Queiroga(Ofá de Logunedé). linc original da imagem: http://ferramenteira.wordpress.com/2008/08/16/ofa-de-logun-ede/

Este linc: http://wm.globo.com/webmedia/windows.asx?usuario=ibahia&tipo=ondemand&path=/programastv/redebahiarevista/rbr_0906_01.wmv
Tem uma matéria muito bonita realizada pela Rede Bahia Revista, com entrevistas e imagens lindas da matriarca do Brasil. Neste vídeo, Mãe Stella revela que gostaria que o mundo todo e todas as religiões comemorassem com ela este dia!

Alexandre L'Omi L'Odò.
Iyawó L'Osún.
Juremeiro.
Feliz por estar vivo nesta época!
alexandrelomilodo@gmail.com

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Casamento gay em Pernambuco, uma evolução de nossa sociedade.


Recife - 04.09.09

União gay. Por duas boas causas

Publicado em 04.09.2009, às 18h21

Do Jornal do Commercio Matéria publicada a 0h desta sexta-feira

Os noivos Zezinho e Turíbio Santos
Os noivos Zezinho e Turíbio Santos
Foto: Alexandre Belém/JC Imagem

O casamento dos arquitetos Turíbio Santos e Zezinho Santos desperta na sociedade pernambucana reações tão distintas quanto desespero e surpresa. Desespero de um certo empresário que, ao ver passar os dias e não chegar em sua casa o cobiçado convite, já ameaçava: “Eu vou de qualquer jeito, nem que tenha que comprar a senha de alguém”. Surpresa da funcionária doméstica de outra residência que, ao perguntar curiosa à patroa quem ia casar e obter a resposta, apenas murmurou: “Jeová!!!!! E isso já chegou por aqui?”. É assim, em meio ao desdém de uns, à admiração de outros e à completa indiferença dos noivos por tanta celeuma que acontece aquela que já é chamada de “a união da década”.

Zezinho e Turíbio trocam votos hoje, às 17h21 – horário romanticamente escolhido por ser o ápice da lua cheia – no espaço de eventos Coudelaria Souza Leão. Dividindo o mesmo teto desde 2003, eles resolveram fazer a grande festa pelo mesmo motivo que move os casais heterossexuais: celebrar uma relação cheia de felicidade. “Conheço vários casais que moraram juntos, tiveram filhos e só resolveram casar quando eles já estavam crescidos”, afirmam numa só voz.

O que os casais heterossexuais não vivenciam, no entanto, é o forte simbolismo que espreita este casamento, uma ruptura na estrutura social tradicional provocada, ironicamente, pela vontade de fazer tudo conforme manda a tradição. “Crescemos vendo as pessoas expressarem a felicidade de estarem juntos através da cerimônia de casamento. Quando eu tinha 7 ou 8 anos já tinha consciência de quem eu era e me perguntava: será que algum dia vou poder ter isso com um homem?”, diz Zezinho, com a franqueza que é sua marca registrada.

E é assim que vai ser. Nada de balada gay, com garçom vestido de go go boy sem camisa e com gravata borboleta. O formato da cerimônia é tão tradicional quanto são as famílias dos noivos: Zezinho, descendente do patriarca João Santos, que fez fortuna com a indústria do cimento, Turíbio, filho de uma família de fazendeiros da cidade de São João dos Patos, no Maranhão, que aqui estará representada pela mãe Sílvia Santos (o pai já faleceu) e mais uma comitiva que se estende em faixa etária desde sobrinhos pequeninos a avós e tias-avós longevas.

Haverá marcha nupcial, cortejo de pajens e daminhas, fila de cumprimentos, 23 padrinhos, 800 convidados e bênção religiosa concedida pelo pastor Ricardo Nascimento, da Igreja Cristã Inclusiva. O cerimonialista Carlos Henrique Barbosa, responsável pelo andamento da celebração, confirma: “É tal e qual um casamento heterossexual, a diferença é que não haverá a presença feminina no altar. Fora isso, procedemos da forma solene como seria esperado num casamento deste nível”. As piadas são inevitáveis e, a elas, os noivos respondem com o fair play de sempre: “Quando perguntam quem vai carregar o buquê a gente responde que até pensou nisso, mas não encontrou nada que combinasse com nosso terno (Hermenegildo Zegna) e gravata (Louis Vuitton)” (risos).

A consciência de estar dando dois passos importantes – um em direção ao altar e outro rumo à condição de símbolos de uma causa – a da defesa dos direitos dos homossexuais e contra a homofobia – caminha ao lado deles. “Ninguém opta pelo caminho mais difícil. Ninguém se torna gay, é gay desde que vem ao mundo”, diz Turíbio, “Por que devo me desculpar ou esconder aquilo que nasci para ser?”, questiona. “O ativismo em prol da causa não é o que move a cerimônia, mas se esta exposição, de alguma forma, servir para ajudar aqueles que se sentem oprimidos pela sua condição homossexual, então, fico muito feliz por isso”, pontua Zezinho.

A lista de convidados talvez seja o exemplo mais concreto da diversidade que sempre existiu em todas as sociedades. “Ser gay não é credencial para ter sido convidado para este casamento. Todos os convites foram enviados levando em consideração o critério de proximidade e ligação afetiva. Devemos ter em torno de 15% de convidados gays. Sempre detestamos separatismo e nunca andamos em guetos”, atestam.

“Não é um casamento caricato, no qual acontece uma cerimônia de faz de conta com duração de cinco minutos para depois se cair na festa. Queremos ser levados a sério. Queremos mostrar que podemos, sim, por que não?,” questionam.

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Estou hoje muito feliz em ver em minha terra, tida como terra de altos índices do machismo brasileiro um casamento entre dois homens que se amam. sa´´udo com o Axé de Oxum e a força da Jurema esta união que não seja abalada por nada.

Parabens, a Zezinho e a turíbio e aos nossos direitos que devem ser todos iguais, amamos quem desejamos, vivemos como queremos! Uma salva de palmas para a liberdade, uma salva de palmas para a diversidade. Pernambuco sempre no protagonismo das mudanças do nordeste.

Alexandre L'Omi L'Odò.

É Bariká o!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Uma matéria ridícula. Reparação Já!

Prevenção

Gripe A muda hábitos nos terreiros de candomblé do Recife

Responsáveis por terreiros têm recomendado a frequentadores que evitem os tradicionais beijos e abraços nas celebrações, para impedir contágio

Publicado em 28.08.2009, às 13h06 (Jornal do Comércio de 30 de agosto de 2009, página Saúde).

Fabiana Maranhão Especial para o JC Online

A exemplo das igrejas católicas, que, por recomendação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mudaram hábitos por causa da nova gripe - como o tradicional abraço da paz que não é mais dado nas missas -, a influenza A também tem provocado mudanças nas celebrações nos terreiros de candomblé do Recife.

Mãe Diva, de 75 anos, tomou uma atitude radical: como forma de prevenir a gripe A (H1N1), decidiu não beijar nem abraçar as pessoas que vão ao seu terreiro, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife. "É algo muito comum na nossa religião, mas passei a evitar porque sei que o contato físico é uma das formas de transmissão da doença", explica. Ela fala ainda que objetos que antes eram utilizados nas cerimônias por vários participantes passaram a ser de uso individual.

Em três terreiros de candomblé no bairro do Ibura, Zona Sul da capital, o cuidado com a higiene tem sido reforçado desde o mês passado. A orientação é do Pai Lídio, de 52 anos, responsável pelos locais que são frequentados por cerca de 350 pessoas por mês. "Durante as cerimônias, temos cuidado de lavar as mãos constantemente e de não compartilhar objetos como pratos, talheres, panelas e roupas, o que era comum entre nós", detalha.

Os dois seguem as recomendações do Comitê Estadual de Promoção da Igualdade Racial (Cepir) que tem orientado os responsáveis pelos cerca de 800 terreiros de religiões afro-brasileiras que existem no Recife. O hábito de pedir a benção ao pai ou à mãe de santo não é mais o mesmo. "Orientamos que não se escoste a boca na mão do pai ou mãe de santo para não haver contato da saliva com a pele, evitando assim uma possível transmissão do vírus", diz o secretário executivo do Cepir, Jorge Arruda.

Na opinião dele, o risco de transmissão da gripe A não pode impedir que as celebrações sejam realizadas, e, para isso, é preciso redobrar a atenção com a higiene. Mas a conscientização não tem sido fácil. "Esclarecemos sobre os cuidados que são necessários para evitar a doença, mas muitos não aceitam a mudança de costumes", critica Mãe Diva.

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*Sem dúvidas é de morrer de rir tal matéria. Esta mesma que era para divulgar o evento ocorrido no último dia 30 de agosto de 2009 no Terreiro de Pai Edú, no Alto da Sé em Olinda, foi substituída por uma desorientada matéria que expressa o quanto nós povo de terreiro de PE temos que aprender a lidar com os problemas globais.

Estou injuriado com tamanha inocência de meus mais velhos e principalmente com a "besteiragem" do CEPIR em permitir que uma matéria tão leviana venha a ser publicada em um dos jornais de maior circulação em todo Estado.

Não concordo com o proposto no texto, acho isso ridículo e insensato. O contato das pessoas no candomblé é uma forma de repasse e troca de axé, é um ato sagrado que não compromete em nada a saúde de ninguém. Não é exatamente por estes meios que a gripe A é repassada. Solicito aqui a reparação para o povo de terreiro de Pernambuco desta matéria nas próximas edições do Jornal que deve explicar o caso com detalhes e contradizer o dito anteriormente nesta matéria.

Nguzo Malunguinho!
Quilombo Cultural Malunguinho.

Alexandre L'Omi L'Odò.
Sacerdotando Iyawò L'Osùn.
www.nacaocultural.pe.gov.br/alexandrelomilodo

Mestre Galo Preto na Feira da Música 2009, um show de emocionar!

Mestre Galo Preto
na Feira da Música 2009

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Feira da Música 2009... Com uma programação de tirar o fôlego dos amantes da nova e boa música brasileira, o evento realizou uma das maiores e mais bem estruturadas edições de sua história.

Com atividades ligadas diretamente ao mercado da música, a Feira troce ao público variado cardápio de inovações de entretenimento e formação, com exposições como o Feirão do Disco, onde os participantes e visitantes podiam comprar Vinis, CDs, DVDs como em um grande sebo organizado. Outra novidade foi a introdução de uma exposição ampla e diversificada de Luthieria, com mestres como Abílio Sobral/PE, que levou os instrumentos e sons de Pernambuco, o D. Oliveira que levou novidades para quem é contrabaixista e quer desenvolver novos estilos e formas de tocar com um modelo arrojado de Contra-Baixo acústico-elétrico inovador, e outros como Lima Filho, Batucatinga e Ibandã Brasil.

Houveram cortejos infantis que mostraram a forte influência que Pernambuco exerce no mercado da exportação de ritmos e tradições para todo Brasil e mundo, personificando tudo no maracatu de baque virado nosso. A Rodada de Negócios, foi muito participativa e concorrida, sobretudo o principal: Os Shows nos palcos de Fortaleza, que se dividiram da seguinte forma:

1-Brasil Independente, palco principal da Feira que se propôs a diversificar os rítmos misturando as culturas tradicionais com as bandas de música global.

2- Palco Rock é Rock Mesmo, dedicado ao Rock integralmente.

3- Instrumental, promovendo a música instrumental em todas suas manifestações.

4- Diversidade, local de mistura cultural intensa que ocorriam sempre no horário da tarde.

5- E o Palco Mix Brasil, palco descentralizado das ações da Feira, no bairro de Bom Jardim.

O show do Mestre Galo Preto (www.myspace.com/mestregalopreto), aconteceu no dia 20/08, em uma quinta-feira com tom de inauguração do evento que o público esperava ansioso.
levando ao palco toda sua elegância musical e sua tradicional estrada de 65 anos de carreira, o Mestre fez o público parar e degustar o mais profundo sabor da cultura pernambucana com canções como "Pernambucana", "Aruvalhado", "A Pinta" seu primeiro coco composto, "Ararão", e "Homem com Homem, Mulher com Mulher" de sua composição com Wilson Freire, fazendo o público agitar ao som de um verdadeiro rits sertanejo/nordestino cheio de irreverência, consciência e modernidade. Com muita dança e contação de histórias a apresentação ficou mais ainda interessante com sua entrada inesperada cantando e dançando uma antiga toada de "Bater Feijão" dos seus ancestrais do quilombo de Santa Izabel em Bom Conselho: "Dança negro/ Branco não vem cá/ Se vier/ Pau há de quebrar"


O Mestre Galo Preto, que vem retomando sua carreira com muito sucesso aos 74 anos de idade, participou ativamente de todos os dias da Feira. Esteve presente nas oficinas de gestão cultural, visitou os palcos do evento onde era sempre ovacionado pelo público que tiravam fotos e pegavam seus contatos, os artistas sempre o homenageavam no microfone, andou pela cidade onde foi reconhecido pelas matérias de jornal que saíram com sua foto estampada, e conheceu parte do complexo Dragão do Mar, que "é um lugar belíssimo e incrível, uma obra de titãns" disse o Mestre.

Ainda foram gravadas várias entrevistas para as rádios comunitárias e jornais que lá fizeram presença como a Rádio comunitária pernambucana Diálogos com o locutor , do ponto de Cultura a Diálogos, falou na rádio Arpub- Associação das Rádios Públicas do Brasil, onde teve sua entrevista passada em todo país. Gravou entrevista na TV Brasil e teve seu show todo registrado pela mesma, embolando com o nome da TV fez o apresentador ficar emocionado e alegre e marcou com força sua participação no Evento.

A discussão sobre a indústria da música, a tecnologia, o mercado fonográfico e o futuro do mercado nacional da música brasileira foram temas essenciais das palestras e oficinas, tendo na presença o Mestre Galo Preto, como artista selecionado entre mais de 560 concorrentes e aprovados na curadoria geral que selecionou apenas 60 grupos e bandas de todo Brasil, a forte representatividade de uma produção que dá certo, que pode contribuir no avanço das discussões nacionais sobre as culturas populares e tradicionais no mercado e indústria da música no Brasil e no mundo, sabendo-se que o exterior é o maior consumidor dos produtos culturais brasileiros e em especial de Pernambuco que se destaca por ter a maior diversidade rítmica e estética musical brasileira.

O Maranhão também marcou presença com o Samba de Crioula e o Cacuriá de Dona Teté que ao fechar o evento na noite de 22/08 também saldou o Galo Preto, que muito se divertiu vendo toda a dança daquelas "negras lindas" e todo seu rebolado. Subiu ainda ao palco para dançar o Cacuriá a convite de Dona Teté, que é uma das mais antigas representantes das culturas tradicionais do Maranhão, que está com 85 aos de idade, mas ainda tem voz forte e segura e sabe animar a "galera toda" com suas músicas de duplo sentido.

Para nós do Mestre Galo Preto, e ainda O Tronco da Jurema, foi muito importante a participação na Feira da Música 2009, pois a partir desta conquista na participação do evento, nossa produção toma novos rumos para o avanço de nosso trabalho.

Agradecemos a toda produção da Feira em especial ao Coordenador Geral Ivan Ferraro, que com muito carisma se fez presente em todos os momentos da feira com muita simplicidade e amizade.

Aos Curadores Alex Antunes, James Lima, Ivan Ferraro, Glauber Uchoa e George Frizzo, e a secretária Thaís Andrade nossos parabéns por terem selecionado o melhor que o Brasil tem hoje no mercado da música independente, guerreira e inovadora nacional.

Nguzo Malunguinho!!
Muito Axé!!

Há 5500 anos atrás surgiram os brancos na Grã-Bretanha e Escandinávia, antes, negros dominavam as terras...

Há 5500 anos atrás surgiram os brancos na Grã-Bretanha e Escandinávia, antes, negros dominavam as terras...

Segundo estudo, as populações que habitaram a Grã-Bretanha e a Escandinávia tinham pele escura até 5500 anos atrás, quando surgiram os primeiros homens com pele branca. O surgimento da nova cor de pele é concomitante à troca da caça e da coleta por atividades agrícolas e pastoreio.

Nessa época, de acordo com os pesquisadores, a cor branca pode ter sido uma vantagem evolutiva, uma vez que é mais eficiente na produção de vitamina D via absorção da luz solar do que a pele escura. A falta do nutriente está relacionada ao desenvolvimento de doenças cardíacas, diabetes, artrite e deficiências no sistema imunológico.

No caso de regiões do norte da Europa, como a Escandinávia, onde a luz solar é escassa no inverno, ter pele branca poderia significar mais chances de sobrevivência. Johan Moan, do Instituto de Física da Universidade de Oslo, um dos autores do artigo científico, a substituição do peixe por outros tipos de alimento determinou a necessidade de aproveitar melhor a luz do sol para suprir a necessidade de vitamina D, noticia o Times.

"O clima frio e as altas latitudes aceleraram o processo de branqueamento da pele. O alimento obtido pela agricultura era uma fonte insuficiente de vitamina D e a radiação solar era muito baixa para produzir o suficiente do nutriente em peles escuras", explica o artigo.
A descoberta está sendo tratada com parcimônia pelos pesquisadores porque a história da colonização da Europa pela espécie humana tem muitas idas e vindas, de acordo com os períodos de glaciação. Segundo os pesquisadores, a região foi colonizada várias vezes nos últimos 700 mil anos.

Recomendo entrar neste linc: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI90650-15224,00-BRANCOS+SURGIRAM+NA+EUROPA+HA+ANOS.html

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O mundo é negro? Será?
Realmente, pode ser que o mundo seja negro mesmo... Vamos ver no que vai dar esta interessante pesquisa que me deixou totalmente alegre em imaginar a possibilidade de ver um dia o mundo reconhecendo que inpreterivelmente o homem veio da África negra, que a humanidade tem sua raíz no povo negro.


Alexandre L'Omi L'Odò...
Um negro índio pernambucano.__

Quilombo Cultural Malunguinho

Quilombo Cultural Malunguinho
Entidade cultural da resistência negra pernambucana, luta e educação através da religião negra e indígena e da cultura afro-brasileira!