Rosa
Insígnia de tempo atroz
Vermelha, olha no escuro
Caminha os passos invisíveis do agora
Enfeita-me com teu charme
Dei-me rosas vermelhas em seu quase pescoço idílico
Empírico segredo no fundo dos teus olhos.
Compões um símbolo dialetal
Risos e face de outro mundo
Estranha forma de deitar em minha íris
Cobertores em ti
Folhas de sossego, por vezes, vi, em você
Caindo sem estarem secas
Maduras meninas
Dos olhos por vezes perseguiu-me dentro de mim,
Sozinha sem saber.
Perdida quase
Sorrindo quase...
Nas veias das árvores moram teus segredos
Caminham por dentro da terra
Adormecem com a lua
Semeia a luz com furtos de momentos
Momentos teus
De segundo em segundo cegando o passado
Morrendo no presente
Orgástica lírica de mulher.
Em teus dedos moraram eus em segundos às vezes...
Por vezes estive com você sozinho no âmago
Naquele momento esquecível
Dourado e vermelho
Mulher e sem medo
Da cor de um olhar dentro d’alma
Um cheiro de insensatez,
Minha língua prolixa
Fala pra tu, rosa clara
Insígnia secreta que descobri o código
A gaveta fechada
Em minhas mãos está a chave
O acordar, on the on!
Nem de cachos e fugazes Recifes
Nem de tu
Nem de flores outras...
És a Rosa Vermelha do mar quebrado
Do forte som estridente do sorriso do mar
As águas doce mel, derretendo nas pedras viris do peito da cidade
Nas luzes
Nos lugares
Rosa que cheira
Sem sentir a força
Do jeito menino
De onde tenho segredos
Nas águas que quero te regar.
Alexandre L’Omi L’Odò.
30/11/2009.
Para Poliny, uma inspiração minha.
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*Inicio aqui uma série de publicações de poesias minhas.
Começar com Rosa, poesia feita para Poliny, esta fotógrafa, que muito me inspira e desperta, é um prazer imensurável, pois esta poesia é uma das que mais gosto.
alexandrelomilodo@gmail.com
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