Capa do CD Coquistas de Olinda Contra a Violência - Acervo Alexandre L'Omi L'Odò.
Coquistas
de Olinda Contra a Violência
Após
nove anos (o projeto iniciou em 2006 e finalizou-se em 2007), resolvi fazer
esta postagem em meu blog, preocupado com a disponibilização pública do
conteúdo deste CD que considero muito importante, no contexto histórico da
cultura popular e também no combate a violência.
Levando
em conta que foi um CD de baixa tiragem (onde quase ninguém tem. Ou sequer as
pessoas têm conhecimento sobre) e que até o momento ninguém deixou as faixas
disponíveis para baixar na net, cumprindo assim a missão de dar acesso ao
conteúdo produzido pelos coquistas, me propus individualmente a garantir este
registro e fazer esta disponibilização. Considero esta obra muito importante.
Afinal, não recordo de nenhum outro projeto anterior a este que tenha reunido
tantos artistas importantes entorno da luta contra a violência, e mexendo tanto
com a criatividade dos mesmos, que produziram um material sui generis.
Foi
um tempo de muita alegria para os artistas envolvidos. Lembro da alegria dos ensaios,
das oficinas sobre violência que a Secretaria de Saúde nos deu para servir como
inspiração para a produção das letras etc. Momentos raros junto à cultura
popular mais original de Olinda. Dona Selma do Coco, Mestre Galo Preto, Dona
Célia do Coco, Aurinha do Coco, o poeta Wilson Freire, a poetisa Dona
Argentina, Guga Santos, eu, e tantos outros artistas e gestores unidos em uma
proposta criativa e muito instigadora. Este foi um momento de aproximações que
anteriormente não eram possíveis, como a junção de coquistas que nunca gravaram
juntos... Tudo muito bonito de se ver e de se vivenciar. Foi um processo muito
enriquecedor para minha caminhada de vida. Compartilhar deste trabalho me deu a
condição de ampliar minha visão sobre a luta da cultura popular e também de garantir amizades eternas com pessoas que sempre admirei, à exemplo de Dona
Selma do Coco, uma das responsáveis por mudar minha vida, nos tempos que
estudava violão clássico no CEMO, e desisti para tocar percussão por causa de
suas antigas fitinhas K7 que me encheram de esperança na cultura popular.
Este
material pode ser trabalhado em salas de aula, em espaços de educação, as
faixas podem ser tocadas por DJ’s, pode-se fazer processos criativos com as
faixas, ou simplesmente ouvir e curtir... Também, a disponibilização deste
material contribui para a divulgação do que os coquistas de Olinda estão
produzindo artisticamente e criticamente.
Abaixo
seguem as faixas, as letras (na ordem que estão no CD) e os dados do disco, com
os textos originais. Como creio que não se pretende re-editar este material,
fica aqui registrado nesta postagem todo o conteúdo nele impresso, incluindo
capa e outras imagens que compõem sua parte gráfica.
Encarte interno do CD Coquistas de Olinda Contra a Violência. Acervo Alexandre L'Omi L'Odò.
Peço
ainda a compreensão dos meus amigos e amigas que gravaram junto comigo este CD.
Estou postando sem pedir permissão individualmente a cada um. Porém, re-lembro
que já em 2007, nos tempos do lançamento do CD já havíamos acordado de que
divulgaríamos como quiséssemos.
Faixas
Todas para Download
1 –Conselho a um Cidadão
(3:48)
BR-LGS-07-00002
Compositor: Zezinho
Vamos,
vamos minha gente
Sente
ali e vá pensar
Acabar
com a violência
Desse
jeito assim não dá
Não,
não, não
Violência,
não
Hoje
ninguém é perfeito
Seja
um grande cidadão
A
mulher lhe deu a vida
Não
tire dela não
Ficha
Técnica
Voz:
Selma do Coco
Bombo:
Adriano Elias
Pandeiro:
Rinaldo Aquino
Ganzá:
Marcony Preto
Congas:
Alexandre L’Omi L’Odò
Vocal:
Célia do Coco, Arlene, Jaene, Sandrinha
2 - A gente é que faz o
mundo assim (3:05)
BR-LGS-07-00001
Compositoras: Beth de Oxum,
Mãe Lucia, Isabel Tavares
É
mundo cão, de cão não é
É
mundo de homem e de mulher
Nem
animal, nem bicho ruim
A
gente é que faz o mundo assim
A
sociedade precisa banir
A
violência social
A
serra no Pantanal
O
beijo a pulso no Carnaval
Banir
o homem que bate em mulher
Menino
gago que apanha de colher
Na
hora da fome não ter o gingé
E
a TV só mostra Pelé
Na
hora da dor
Mulher
tem onde parir
E
os sem teto
Ter
onde dormir
Se
vamos trabalhar
Não
sabemos se vamos voltar
Se
temos nossos filhos
Não
sabemos no futuro o que será
Banir
a violência
É
nosso papel
Trago
coco
Nesse
cordel
Segura
o coco...
Esse
é o nosso recado
Prá
acabar com a violência social
A
violência contra as mulheres
A
violência contra os idosos
A
violência contra as crianças
Ficha
Técnica
Voz:
Beth de Oxum
Bombo:
Marcony Preto
Pandeiro:
Alexandre L’Omi L’Odò
Ganzá:
Rinaldo Aquino
Congas:
Quinho Caetés
Vocal:
Yalodê, Oxaguiam, Mayra Akarê, Heloize, Heloísa
3 – Sem exclusão (3:14)
BR-LGS-07-00003
Compositores: Letra Dona
Argentina de Queiroz Lima
Improviso e Música: Mestre
Galo Preto
Quem
disser que preto é feio
Preto
é bonita cor
É
com preto que eu escrevo
A
carta pro meu amor
A
diferença esta na pele
Ponha
o branco e o preto nu
Todo
sangue é vermelho
Eu
nunca vi sangue azul
Queremos
a igualdade
Todos
nós somos irmãos
Merecemos
os mesmos tratos
Somos
todos cidadãos
Sem
marca de preconceito
Direito
à cidadania
Merecer
todo respeito
Vivendo
com alegria
Improviso
Olha
eu sou Galo Preto cantador
Pra
rimar faço na hora
Minha
veia expiatória
Agora
funcionou
Vá
sabendo que eu sou
Repentista
de verdade
E
mostro a capacidade
Quando
você me convocou
Sou
um preto de valor
Reconhecidamente
Fui
a Flávio Cavalcanti
Já
cantei pra toda gente
Já
cantei com o Chacrinha
Ainda
deixaram uma vaga
Fui
no programa Silvio Santos
Fiz
show com Luiz Gonzaga
Outra
vez eu fui cantar
Com
Lima Duarte no Som Brasil
Se
você não me conhece
Olha
o Galo Preto aqui
Ficha
Técnica
Voz:
Mestre Galo Preto
Bombo:
Marcony Preto
Pandeiro:
Alexandre L’Omi L’Odò
Ganzá:
Rinaldo Aquino
Congas:
Adriano Elias
Vocal:
Dona Célia do Coco, Arlene, Jaene, Sandrinha, Alexandre L’Omi L’Odò
4 – Seu grito (3:08)
BR-LGS-07-00004
Compositora: Aurinha do Coco
Seu
grito silenciou
Lá
no alto em Olinda
Era
uma mulher tão linda
Que
a natureza criou
Ela
foi morta
No
meio da madrugada
Com
um tiro de espingarda
Pela
mão do seu amor
Fico
orando
A
Deus peço clemência
Com
toda essa violência
O
mundo vai se acabar
Moro
em Olinda
Canto
coco com amor
Luto
contra a violência
Porque
mulher também sou
Eu
sou guerreira mulher
Mulher
guerreira eu sou
Eu
canto coco em Olinda
E
canto com muito amor
Ficha
Técnica
Voz:
Aurinha do Coco
Bombo:
Alexandre L’Omi L’Odò
Pandeiro:
Rinaldo Aquino
Ganzá:
Marcony Preto
Congas:
Adriano Elias
Vocal:
Aurinha, Jaene, Arlene
5 – Não destrua o cidadão
(2:27)
BR-LGS-07-00005
Compositor: Guga Santos
É
no seio da família
Que
isso acontece
Você
pensa que o mal está na rua
Mas é dentro de casa que padece
É
triste de ver
Uma
criança sofrer
Pela
mão do próprio pai
Ai,
meu Deus o que é que eu vou fazer
Cuide
de sua família
Preste
muita atenção
Violência
não leva a nada
Só
destrói o cidadão
Ficha
Técnica
Voz:
Jaene Jay
Bombo:
Marcony Preto
Pandeiro:
Adriano Elias
Ganzá:
Rinaldo Aquino
Congas:
Alexandre L’Omi L’Odò
Vocal:
Aurinha do Coco, Arlene, Sandrinha, Marilda Marinho, Alexandre L’Omi L’Odò
6 – É com o coco que ela vai
parar (3:06)
BR-LGS-07-00006
Compositor: Alexandre L’Omi
L’Odò
Lírio
cheiroso
É
o lírio de Manaus
Mas
quando L’Omi chega
É
pau, é pau, é pau
Mas
é tapa na cara, murro no olho
Queimadura,
lapada e facada
É
tormento, lamento e sofrimento
Humilhação,
discussão, muita cachaça
Correria,
estupro e muita bala
Muita
droga, cuidado! Pega e mata!
Muita
gente lutando e querendo
Transformar
com a força da palavra
Com
o coco e a cultura o povo vai indo
Vencer
a guerra com o coco na batalha
Ai,
ai, ai, ai, meu Deus
Como
é que o mundo vai ficar?
A
violência cresce ligeiro
Mas
é com o coco que ela vai parar
É
batendo em velho e criança
Pancadaria
sem ver a quem bater
É
muita fome e desemprego a crescer
Ajudando
o mal a se estender
É
tristeza, desgosto e desespero
Não
deixando o meu povo assim vencer
Ignorância,
racismo e preconceito
E
muito roubo no mundo a feder
A
política e a justiça elas são cegas
Só
atendem a quem lhe carecer
E
a gente que é pobre e consciente
Vai
lutado pelo bem da sociedade
Com
o coco e a cultura de verdade
Não
vai deixar o mal prevalecer
Ficha
Técnica
Voz,
Bombo, Maracás, Apitos, Triângulo, Matracas e Palmas de Mão: Alexandre L’Omi
L’Odò
Pandeiro:
Adriano Elias
Ganzá,
Congas e Ilú: Rinaldo Aquino
Vocal:
Dona Célia do Coco, Jaene, Arlene, Sandrinha
7 – Ziza no coco (4:17)
BR-LGS-07-00007
Compositora: Arlene Lamas
Seu
Laurindo traz Ziza pro coco
Que
aqui não se vê briga
Seu
Laurindo traz Ziza pro coco
Que
aqui ninguém se intriga
A
vizinhança já vê
Toda
a sua alforria
Batendo
de manhã à noite
Na
nêga Ziza que chia
Correndo
pra se defender
Sai
atrás de panela e bacia
Mas
na verdade quem cuida
É
o santo que nos guia
Ô
seu Laurindo hoje em dia
Tem
muita defesa a mulher
Tem
polícia na delegacia
Psicóloga
e bacharel
Tem
todos os direitos do homem
E
aqueles que o senhor não quer vê
Mas
quem tanto na terra padece
Aprende
a se defender
Aquilo
sim que é mulher
Bota
Amélia no chinelo
Sonhando
com lar doce lar
E
com seu amor sincero
Mas
Ziza deixou de ilusão
Vai
tirar os pratos a limpo
Seu
Laurindo vá pedir perdão
Que
ela merece respeito
Ficha
Técnica
Voz:
Arlene Lamas
Bombo,
berimbau e palmas de mão: Adriano Elias
Pandeiro:
Alexandre L’Omi L’Odò
Ganzá:
Marcony Preto
Congas:
Rinaldo Aquino
Cavaquinho
e palmas de mão: Izaias do Cavaco
Vocal:
Dona Célia do Coco, Arlene, Jaene, Sandrinha
8 – Coco para Rosa (3:17)
BR-LGS-07-00008
Compositor Zezinho
Minha
rosa cheirosa do meu jardim
Minha
rosa cheirosa do meu jardim
Eu
não vou te espancar
Isso
é muito ruim
Minha
rosa cheirosa do meu jardim
Minha
rosa cheirosa do meu jardim
Já
doeu na consciência
O
que eu fiz e com você
Vamos
acabar com essa violência
Todo
mundo quer viver, minha rosa
Ficha
Técnica
Voz:
Selma do Coco
Bombo:
Adriano Elias
Pandeiro:
Alexandre L’Omi L’Odò
Ganzá:
Rinaldo Aquino
Congas:
Marcony Preto
Vocal:
Dona Célia do Coco, Arlene, Jaene, Sandrinha
9 – Coco do idoso (3:38)
BR-LGS-07-00009
Compositora: Dona Argentina
de Queiroz Lima
Improviso e Música: Mestre
Galo Preto
Olha
o idoso cantando
Olha
o idoso vivendo
Olha
o idoso sabendo
Os
seus direitos valendo
No
estatuto dos idosos
Ta
tudo bem explicado
Quem
maltratar o idoso
Tem
que ser penalizado
Vamos
unir as nossa forças
Conquistar
nossos direitos
Saúde,
lazer e moradia
Cidadania
e respeito
Preservar
nossos idosos
Na
sua sabedoria
É
honrar o patrimônio
Da
nossa cidadania
Desrespeito
ao idoso
É
uma discriminação
Um
ato de violência
Para
com o cidadão
O
idoso ou a idosa
Que
sentir-se humilhado
Não
abra mão dos seus direitos
E
nunca fique calado
Improviso
Quando
olhar para um idoso
Que
ele vem ou que ele vai
Lembre
logo sua mãe
Seu
avô ou o seu pai
E
trata aquele idoso
Com
uma certa simpatia
Como
se ele fosse o idoso
Que
é da sua família
O
idoso já foi novo
Teve
até muito vigor
O
tempo foi passando
O
idoso diminuiu
Mas
eu quero dizer que o idoso
Foi
quem fez esse Brasil
Ficha
Técnica
Voz:
Mestre Galo Preto
Bombo:
Adriano Elias
Pandeiro:
Rinaldo Aquino
Ganzá:
Marcony Preto
Congas:
Alexandre L’Omi L’Odò
Vocal:
Dona Célia do Coco, Arlene, Jaene, Sandrinha
10 – Mané (4:28)
BR-LGS-07-00010
Compositora: Dona Célia do
Coco
Ô
Mané tu deixa de valentia
Tu
bate em tua mulher
Toda
noite, todo dia
Tu
sabes que a violência
Ta
fazendo confusão
Homem
que bate em mulher
Ele
não tem cartaz não
Por
isso é que te digo
Me
preste bem atenção
Você
ta fazendo isso
Por
uma alimentação
Eu
digo meu camarada
Não
faça isso mais não
Que
o homem da capa preta
Ta
na sua direção
A
violência de hoje é uma calamidade
Estão
matando mulher
Sem
dó e sem piedade
Pra
todo lado se ouve
Essa
grande crueldade
Ficha
Técnica
Voz:
Dona Célia do Coco
Bombo:
Adriano Elias
Pandeiro:
Alexandre L’Omi L’Odò
Ganzá:
Marcony Preto
Congas:
Rinaldo Aquino
Vocal:
Arlene, Jaene, Sandrinha, Marilda
11 – Deixa em paz quem quer
amar (3:31)
BR-LGS-07-00011
Letra e Música: Wilson
Freire
Improviso: Mestre Galo Preto
Homem
com homem
Não
vira lobisomem
Mulher
com mulher
Não
vira jacaré
Seja
Maria, seja José
Cada
um ama como quer
Jacaré
é bicho d’água
Lobisomem
é assombração
Quando
o bico homem ama
Não
é nada disso não
Para
que reprimir
Para
que discriminar
Seu
eu amo, se tu amas
Deixa
em paz quem quer amar
O
amor é coisa séria
Amor
vem do coração
Não
importa qual o sexo
Amor
faz a união
Improviso
Já
disseram outrora
Que
Jesus abençoou
Todo
amor merece respeito
Eu
respeito todo amor
Se
o senhor ama a senhora
Se
a senhora ama o senhor
Mas
se ele quer amar ele
Deixa
ele com o seu amor
Não,
não, não
Não
vira lobisomem
Não,
não, não
Não
vira jacaré
Ficha
Técnica
Voz:
Mestre Galo Preto
Bombo:
Alexandre L’Omi L’Odò
Pandeiro:
Rinaldo Aquino
Ganzá:
Marcony Preto
Congas:
Adriano Elias
Vocal:
Dona Célia do Coco, Jaene, Sandrinha, Arlene, Adriano, Marcony, Alexandre L’Omi
L’Odò, Rinaldo
12 – As águas do mar leva
(4:47)
BR-LGS-07-00012
Compositores: Alexandre
L’Omi L’Odò, Dona Célia do Coco e Wilson Freire
As
águas do mar leva
Leva
pro fundo do mar
A
violência contra a mulher
E
contra a criança o mar vai levar
A
criança vem da mulher
E
a mulher é pra se amar
A
violência esta muito grande
E
a mulher ninguém vai maltratar
Estou
dizendo isso agora
Com
muita satisfação
Porque
essa criatura
Mora
dentro do meu coração
Esse
coco minha gente
Não
é pra ficar à toa
Esse
coco minha gente
Interessa
a qualquer pessoa
Ficha
Técnica
Voz:
Dona Célia do Coco
Participação
especial: Adriane Duarte
Bombo:
Alexandre L’Omi L’Odò
Pandeiro:
Adriano Elias
Ganzá:
Marcony Preto
Congas:
Rinaldo Aquino
Vocal:
Aurinha, Arlene, Jaene, Sandrinha
Ficha
Técnica
Idealização do Projeto
Márcia
Marcondes
Produção Executiva
Ângela
Marcondes
Assistente de Produção
Marilda
Marinho Oliveira
Pós-Produção
Arlene
Lamas
Direção Artística
Wilson
Freire
Direção Musical
Adriano
Elias
Gravado, mixado e
masterizado
Estúdio
Carranca – Recife. PE
Dezembro
de 2006
Técnicos de Gravação
Júnior
Evangelista e Marcílio Moura
Assistente de Gravação
Jonatas
Melo
Mixagem
Júnior
Evangelista
Produção Fonográfica
LG
Projetos e Produções Artísticas
Masterização
Carlinhos
Borges
Fotografia
Passarinho
e Sílvia Saldanha
Ilustrações
Fátima
Moreira e Eduardo Bezerra
Design & Arte Final
Eduardo
Bezerra
bezerraeduardo@uol.com.br
Texto
oficial do CD
A
violência nos nossos dias mata, incapacita, adoece física e mentalmente as
pessoas. Como uma doença que precisa ser atacada com vários remédios e condutas
para podermos enfrentá-la, a Secretaria de Saúde de Olinda tem a certeza que a
prática de ver e fazer cultura legitimando os saberes de um povo, de uma
região, de uma cidade ou parte dela, é um dos caminhos para que, juntamente com
outras medidas preventivas, consigamos viver em uma cidade mais humana e
fraterna.
João
Veiga Filho
Secretário de Saúde de Olinda
Este CD é dedicado à memória de Mestre Dédo, pescador,
compositor e exímio batedor de coco, falecido em janeiro de 2007, vítima de ato
de violência.
Agradecimentos: À
Secretaria de Patrimônio, Ciência, Cultura e Turismo (SEPACCTUR) que cedeu para
nossos ensaios o teatro do Mercado Eufrásio Barbosa, Mercado da Ribeira e Clube
Atlântico; à FOCCA, ao Clube Vassourinhas de Olinda, ao Centro Cultural Coco de
Umbigada e a todos os músicos, artistas e amigos que com tanta perseverança
acreditaram e fizeram acontecer o nosso projeto: Marluce, Mãe Lucia de Oyá, às filhas de Baracho,
Biu e Dulce, Beto, Isa, Lígia, Viola, Erasto Vasconcelos, Tonho, Hemerson, Célia
Meira, Sandro do Estúdio Carranca e a todos e todas as coquistas de Olinda.
Contatos:
Diretoria de Vigilância à Saúde – Núcleo de Preservação de Acidentes e
Violência – Fone 81 3241 6277
Ministério da Saúde - Brasil – Um país de todos – Governo
Federal
Prefeitura de Olinda e SUS Olinda – Secretaria de Saúde
Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com
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