Estandarte oficial do Bloco dos Catimbozeiros. Saída dia 04/03 (segunda de carnaval, ao meio dia do Largo do Amparo.
Bloco
dos Catimbozeiros
Release
Bloco fundado por Alexandre L’Omi L’Odò,
sacerdote juremeiro da Casa das Matas do Reis Malunguinho em 2019. Esse bloco
tem a pretensão de ser uma das vozes do povo de terreiro no Carnaval de
Pernambuco. A tradição da Jurema e do candomblé tem como uma de suas
importantes práticas os rituais preparatórios para o carnaval, sendo assim,
todas as manifestações de cultura popular que estejam ligadas ao sagrado
afroindígena, cumprem um severo ritual comprometido com as entidades e
divindades dos panteões religiosos dessas duas tradições. Esses ritos pedem
proteção, paz, segurança, livramento de tudo que é de ruim nos dias de Momo.
Então, temos nas ruas, abertamente, contatos com símbolos e objetos sagrados,
preparados para cumprir a missão de defesa e prosperidade para os blocos,
agremiações, maracatus, afoxés, bois, la ursas, etc.
O catimbó, em termos gerais, é a mesma coisa
que a Jurema Sagrada, uma religião de matriz indígena do Nordeste do Brasil,
que está presente em todo estado de Pernambuco, sendo em Recife e Região
Metropolitana, a religião mais presente nos terreiros, sendo mais de 70% das
casas, como aponta o senso realizado em 2010 pelo MDS e UNESCO. Esse termo, é
profundamente estigmatizado na nossa sociedade, sempre ligado à coisas ruins,
ao mal e à bruxaria. Não há consenso teórico que determine o significado desse
termo indígena, contudo, o povo de terreiro sabe que catimbó é o ato de fumar
cachimbo, ou o próprio cachimbo, elemento fundamental no culto da Jurema.
Para mudar a lógica de que nós somos o mal e
educar nossa sociedade racista, o Bloco dos Catimbozeiros vai às ruas para
levar alegria, fumaça, fé e proteção para o carnaval. Com muito catimbó, coco,
maracatu e a presença ilustre do Calunga Gigante do Reis Malunguinho, as
ladeiras de Olinda vão ser sacralizadas com todo axé e ciência do povo de
terreiro, que tem em sua tradição, praticar o bem coletivo e curar os males de
quem precisar.
A idéia é simples. Nos reunirmos em frente a
Casa das Matas do Reis Malunguinho, todas e todos que são de terreiro, levando
algum elemento religioso ligado à Jurema, como cachimbos, maracás, etc. Usar as
roupas tradicionais e sair às ruas levando a bandeira da paz e da luta contra
toda forma de racismo religioso. No meio deste contexto, depois de cumprimos
nossas obrigações nas ladeiras de Olinda, claro que celebraremos sambando muito
coco de roda, maracatu, mazurca e tudo mais que faz parte da tradição de
terreiro, em frente à Casa das Matas do Reis Malunguinho.
Serviço:
Saída dia 4 de Março ao meio dia em ponto. O
bloco será acompanhado pelo Maracatu Nação do Reis Malunguinho e o Calunga Gigante do Reis Malunguinho, ambos
estreando nas ladeiras de Olinda.
Local: Casa das Matas do Reis Malunguinho - Rua
de São João, n° 340, Largo do Amparo, Guadalupe/Olinda.
Ao final, será servido o tradicional mungunzá
e sambado o coco de roda com mestres e mestras da cultura popular em frente ao
terreiro.
Contatos: 81 99525-7119 (Tim e Sapp) –
Alexandre L’Omi L’Odò, sacerdote responsável.
Alexandre
L’Omi L’Odò
Sacerdote
da Casa das Matas do Reis Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com
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