Imagem da matéria de jornal do Diário de Pernambuco de 5 de novembro de 2011. Caderno Vida Urbana*.
Caminhada
Terreiros pedem fim do preconceito
Kléber Nunes
O som dos tambores e o colorido dos Orixás tomou as ruas do Centro do Recife para pedir o fim do preconceito contra as religiões de matrizes africanas e indígenas. Ontem, milhares de pessoas participaram da 5° Caminhada dos Terreiros de Pernambuco. O evento abriu as comemorações do mês da Consciência Negra e marcou o lançamento da Rede Nacional da Jurema, que neste ano não participou da concentração. Os juremeiros foram proibidos pela coordenação do evento de fumarem seus cachimbos durante a caminhada. Eles se reuniram na Rua da Guia, e só depois se integraram ao grupo.
O juremeiro Alexandre Alberto Santos de Oliveira, mais conhecido como Alexandre L’Omi L’Odò, criticou o que ele chama de “nagocentrismo”. “Uma caminhada que deveria ser democrática se tornou só do candomblé”, denunciou. “Não queremos nos excluir. Queremos agregar, mas para isso é preciso que a coordenação reveja o evento no seu caráter político”, completou.
Os participantes da caminhada saíram da Praça do Marco Zero, no Bairro do Recife, em direção ao Pátio do Carmo, em Santo Antônio. Durante o percurso, foram executadas músicas em louvor às entidades sagradas da umbanda, do candomblé e da jurema.
De acordo com o coordenador do evento, Marcos Pereira, a manifestação “é uma prova da resistência a séculos de marginalização”.
A cabeleireira Otacília Leão, 55, esqueceu um pouco o luto pela morte do neto. “Acabei de vir do cemitério. Não podia deixar de participar. Se queremos mudar essa situação de exclusão que vivemos, temos que lutar”, disse.
Visite a matéria no site: www.diariodepernambuco.com.br
Fonte: Diario de Pernambuco – Recife, sábado, 5 de novembro de 2011. Caderno Vida Urbana A2 e A3.
Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com
_______________________
Compartilho aqui texto original da matéria acima citada. Como a matéria trata, o Povo da Jurema se reuniu na Rua da Guia e nesse mesmo dia fundou com a participação de mais de 50 pessoas a Rede Nacional do povo da Jurema, que trarei maiores informações em futuras postagens.
*Desculpem a digitalização tão borrada, mas não foi culpa minha, no sábado, dia que saiu a matéria, o jornal entrou em greve e quebrou uma das máquinas de impressão, daí saiu essa porcaria ai. Mas foi geral, pois nenhuma das cópias que comprei estava diferente dessa. Cliquem na imagem para vê-la em formato grande.
Nenhum comentário:
Postar um comentário