sexta-feira, 28 de outubro de 2011

V Caminhada dos Terreiros de Pernambuco

Concentração no Marco Zero às 15h. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Definição sai até fevereiro de 2012 - Sobre troca de meu nome



Definição sai até fevereiro de 2012

Esse vídeo mostra um pouco de informações sobre como foi o primeiro contato com a Juíza Célia Gomes. A data da audiência de instrução ficou para fevereiro de 2012. Vamos esperar para ver se concretizar esse sonho. Axé e salve a fumaça da Jurema!


Alexandre L'Omi L'Odò
Egbomi e Juremeiro
alexandrelomilodo@gmail.com

Frase em destaque no Jornal Diário de Pernambuco



"Essa é uma forma de mostrar ao povo brasileiro que o candomblé é tão legítimo quanto qualquer outra religião".  
Leia-se onde fala de Candomblé, Jurema também.

Publico aqui matéria digitalizada do Jornal Diário de Pernambuco de 19 de outubro de 2011. Caderno de Economia B4 - Frases. 

Achei interessante ter podido ser porta voz do povo de terreiro nesse momento. Com minha frase concorrendo ao lado do governador de Pernambuco, ao lado do diretor do Santa Cruz e de Armando Monteiro, pude refletir o quanto foi importante pra nós essa pequena e coletiva fala sobre nossa religião. Assim, muita gente do circuito de milionários e políticos puderam ler e ter contato com esse pensamento nosso. Agradesço à Oxum essa oportunidade. Axé e salve a fumaça!

Alexandre L'Omi L'Odò.
Egbomi e Juremeiro
alexandrelomilodo@gmail.com

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Definição sai até fevereiro de 2012 - Sobre troca de meu nome

Definição sai até fevereiro de 2012

Republico aqui no meu blog matéria digitalizada do dia 19 de outubo de 2011, caderno Vida Urbana, do Diário de Pernambuco. A informação de minha idade ainda saiu errada. Não tenho 31 anos ok.

Vamos aguardar esse processo caminhar como deve ser, e comemorarmos a vitória definitiva em fevereiro, no maior carnaval do mundo, o de Olinda/Recife, claro. Axé e muita fumaça e enquanto isso... Oxum é a Rainha entronada em minha cabeça!

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo CUltural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Justiça decide mudança de nome

 Imagem da capa do jornal Diário de Pernambuco de 18 de outubro ed 2011. Foto de Júlio Jacobina.

Justiça decide mudança de nome

Foto da matéria. Fotografia de Júlio Jacobina.

Universitário Alexandre de Oliveira quer passar a se chamar Alexandre L'Omi L'Odò por conta do candomblé

"Essa é uma forma de mostrar ao povo brasileiro que o candomblé é tão legítimo quanto qualquer outra religião"
___________
Alexandre L'Omi L'Odò, universitário

Por Marcionila Teixeira, do Diario de Pernambuco
marcionilateixeira.pe@dabr.com.br

Alexandre ainda era um adolescente de 14 anos quando começou a ser chamado no bairro onde morava, em Peixinhos, Olinda, de Alexandre L’Omi L’Odò. O nome, em língua Yorubá, significa “das águas do rio” e, dentro do candomblé, faz menção ao orixá Oxum. Há oito meses, Alexandre, agora com 31 anos, decidiu que era hora de assumir oficialmente o nome pelo qual tornou-se conhecido. Hoje, no começo da tarde, volta à 1ª Vara de Família e Registro Civil de Olinda, acompanhado de uma advogada, na tentativa de garantir esse direito. Esse seria o primeiro caso em Pernambuco em que alguém pede o acréscimo de um nome ao original alegando questões religiosas.

A única preocupação de Alexandre, que é estudante de História na Universidade Católica de Pernambuco e coordenador do Quilombo Cultural Malunguinho, é com os prazos. Depois de conseguir cerca de 15 certidões cartoriais solicitadas pela Justiça comprovando, entre outras coisas, que não tem antecedentes criminais em Olinda, Recife, Paulista e Jaboatão, Alexandre teme não conseguir mudar o nome tão cedo. “Muitas das certidões vencem com dois e três meses depois de emitidas e a Justiça informou que a agenda de pauta só abrirá a partir de janeiro do ano que vem, quando muitos dos documentos estarão vencidos”, lamentou o universitário.

Com a mudança de nome, Alexandre Alberto Santos de Oliveira passaria a ser chamado de Alexandre L’Omi L’Odo Alberto dos Santos. O Oliveira, que vem do pai do universitário, sairia, pois, segundo ele, o Alberto já contempla esse lado da família. “Trata-se de uma decisão simples, segundo eu soube, e por isso vamos tentar falar com a juíza hoje sobre o assunto”, completou.

Alexandre conta que desde criança se identificou com a Jurema, religião de matriz indígena do Nordeste do Brasil e que se relaciona com o candomblé e com a umbanda nos espaços de terreiro. Adulto, começou a investigar a história da própria família e descobriu a ligação que possuía com a religião. “Essa é uma forma de mostrar para o povo que o candomblé é tão legítimo quanto qualquer outra religião e que os iniciados na religião devem assumir a sua ancestralidade”, disse.

Alexandre tem um blog (alexandrelomilodo.blogspot.com) onde divulga informações sobre a religião.“Todos me conhecem assim. Não é justo herdar um nome e viver sem legitimá-lo oficialmente”, destacou.

Direito Garantido

A Lei dos Registros Públicos permite que a pessoa pode somar ao prenome o apelido ao qual tem atrelada a sua imagem pública, como é o caso de Alexandre L’Omi L’Odò. O desembargador Jones Figueirêdo, especialista direito de família, explicou que, independentemente da questão religiosa, esse tipo de acréscimo pode ser feito ao nome original. “O ex-presidente Luiz Inácio, acrescentou Lula ao nome, assim como a senadora Marta Suplicy manteve o nome do ex-marido, pois é assim que é conhecida publicamente”, explicou. O desembargador acrescentou que no caso de retificação de nome, o processo é o mesmo, porém a pessoa precisa comprovar que trata-se de uma denominação que causa vexame, vergonha.

Para Alexandre, a mudança de nome vai significar mudança de vida também. Na casa onde vive com a mãe, apenas ele segue a Jurema, porém sempre foi respeitado por sua escolha. As marcas da religião estão por todos os lados. Na vestimenta, nos acessórios que usa e nos objetos distribuídos pela casa, entre eles um quadro representando Oxum pendurado em uma das paredes da sala.

“As pessoas costumam desrespeitar a religião e zombar, mas meu nome foi dado a partir de um acúmulo de circunstâncias dentro da religião”, explicou Alexandre. Como cultuador da Jurema, ele é chamado de juremeiro e, dentro do culto, é considerado um egbomi, ou seja, um irmão mais velho, assim como um sacerdote. Caso consiga ganhar o direito tão sonhado na justiça, o nome do universitário será pura poesia. Omi significa água na língua yorùá, enquanto Odò é o mesmo que rio. Já o L’ é como uma fusão desses elementos, algo como um verbo.   

 Visite essa matéria no link:
 


Veja o vídeo produzido para acompanhar a matéria na internet.


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Republico aqui matéria do jornal Diário de Pernambuco de 18 de outubro de 2011, Caderno Vida Urbana C3. Essa matéria tem o teor de minhas pressões para que o tema não se ridicularizasse, como é de praxe de muitos jornalistas quando tratam esse tipo de tema. A jornalista Marcionila Teixiera foi muito respeitosa e responsável em ter feito esse trabalho experiente e rico em detalhes.  Fica aqui minha vontade de tornar pública essa minha luta, que tem como pano de fundo a abertura de um prescendente para que todo povo de terreiro possa se afirmar com seus nomes de matrizes africanas e indígenas e de barracão. Com isso, honramos nossos ancestrais e nossa história. Vamos em frente e à luta! Salve minha mãe Oxum e salvea fumaça da Jurema!

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com

sábado, 15 de outubro de 2011

Polêmica sensacionalista e manipulação de contextos expõe as religiões de matrizes africanas e indígenas no programa Super Pop da Rede TV - Com Luciana Gimenes




Polêmica sensacionalista e manipulação de contextos expõe as religiões de matrizes africanas e indígenas no programa Super Pop da Rede TV - Com Luciana Gimenes

Se tornou visível a forma preconceituosa e manipulada que o tema do sacrifício animal nas religiões de matrizes africanas e indígenas teve no programa Super Pop, apresentado por Luciana Gimenes em 10/10/2011 as 00h44min. Assista aos links no final desta postagem e confira os absurdos.

Com a presença do sacerdote Pai Guimarães e do vereador Edson Portilho entre outros e a promotora Eliana, o programa se estendeu patrocinando absurdos contra as religiões de terreiro.

Escrevi ao Pai Guimarães para tratar do tema:

"Kolofé. Boa noite. Escrevo para falar entorno do programa da deprimente Luciana Gimenes ao qual o senhor participou. Só agora pude ver o programa todo através do site. Estou pasmo com a armação que fizeram para detonar nossa religião. O senhor se colocou muito bem em diversas partes do programa, levando realmente discussões inprescindíveis... Mas pecou quando da questão da prisão do tal babalorixá Anderson. Aquilo foi uma cena muito forte. Um "sacerdote", sendo preso em rede nacional, tirado de dentro de um terreiro. E isso no poderia ter sido comentado pelo senhor com críticas aos marmoteiros não! Achei uma fala séria sua. O que foi mostrado ali, na verdade, e como sabemos, é o cotidiano de inúmeras casas de axé. Peles nas paredes etc. Os animais no freezer... Nada depunham contra ele etc. Muitos guardam sim as carnes etc. O senhor só falou que ele não era sério... Achei de muito pouca coragem sua, ter se colocado dessa forma. E mais, candomblé não precisa estar vinculado a nenhuma instituição para ter legitimidade de culto! Que pensamento branco é esse? O povo negro teve e mantém tendo sua forma de se organizar. Essa forma embranquecida que sua fala sugeriu, mostra apenas o pensamento da umbanda, e não abarca a realidade do todo das religiões de matrizes africanas e indígenas do Brasil.

Bom, mas não vim aqui apenas para lhe criticar e provocar. Vim para lhe perguntar como o povo de terreiro de sua região e os demais que tens contato e articulação viram tudo aquilo. Eu mesmo acho que o programa deve ser processado por racismo e intolerância religiosa, incluindo todas as pessoas envolvidas, como aquele (não sei o nome) turista de terreiro que se achava conhecedor da religião e a promotora equivocada comprada. Sem falar na própria Luciana Gimenes, que fez até ceninha de choro... Foi podre tudo aquilo.

Estou encaminhando para MPPE os links do programa, aqui tem um GT Racismo, e vou procurar ter pelo menos um laudo crítico sobre tudo isso.

Estou de fato indignado com isso! Em rede nacional um dos nossos, independente da legitimidade que tenha, foi clocado dentro de um carro da polícia e teve seu terreiro invadido provavelmente sem uma ordem judicial. Isso tudo armado pela produção de um programa. Porque não foram no Axé Opo Afonjá? Tiveram que ir a uma casa aparentemente humilde de um subúrbio?? 


Tem mais, da forma como se deu no programa a manipulação das coisas, e mesmo o senhor tendo se colocado contra muitas vezes, qualquer um de nós poderíamos ser presos por maltratos de animais. Essa foi a mensagem final. E ai? o que fazemos?

Envio os links do programa:





E para não ficar parecendo que este meu texto aqui exposto tem haver apenas com críticas ao guerreiro Pai Guimarães, digo claramente: É preciso o Povo de Terreiro de todo o Brasil estar antenado e disposto a enfrentar estes casos na mídia nacional. O Pai Guimarães deu a cara a tapa, agora temos que nos organizar e dar a tapa na cara da Rede TV.

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomildo@gmail.com

Quilombo Cultural Malunguinho

Quilombo Cultural Malunguinho
Entidade cultural da resistência negra pernambucana, luta e educação através da religião negra e indígena e da cultura afro-brasileira!