sexta-feira, 30 de julho de 2010

XIII Alaiandê Xirê 2010 no Ilê Iyá Oxum Muyiwá

XIII Alaiandê Xirê 2010 em São Paulo
No terreiro Ilê Iyá Oxum Muyiwá

Alaiandê Xirê é o Festival de Alabês, Xicarangomas e Runtós (dependendo da Nação a qual pertencem). Trata-se do encontro anual dos Sacerdotes-Músicos, de ritmos litúrgicos e cânticos dos Terreiros de Candomblé da Bahia, das diferentes nações e de outros estados brasileiros e diásporas africanas. Foi criado pelo Ogã de Ogum Roberval Marinho e pela Agbeni Xangô Cléo Martins, membros do Ilê Axé Opô Afonjá (BA).

Alaiandê Xirê significa, em língua iorubá, “Festa do Mestre Tocador”. Alaiandê serve também como associação ao Orixá Xangô, que rege o evento. De acordo com a mitologia da religião dos Orixás, Xangô é o mestre tocador, o maior dentre todos os tocadores e dançarinos de Batá, um toque ritual em sua homenagem. Batá ainda é na África e em Cuba, o nome de um tambor consagrado a este Orixá. Segundo alguns mitos, Ayom, o Orixá do tambor era filho de Xangô e Oyá. O primeiro festival Alaiandê Xirê, aconteceu em 1998, no Opô Afonjá, palco de todos os outros Alaiandês até 2006. A partir daí ocorreu a primeira edição itinerante: no Terreiro Mansu Banduquenqué, o Bate-Folha, em Salvador.

A cada ano, o Alaiandê Xirê vem sendo realizado em uma comunidade diferente. O evento é aberto ao público em geral, e não tem fins lucrativos. Xangô, o Orixá do Fogo, Justiça e Poder em Exercício é o padroeiro desta celebração. O primeiro Alaiandê Xirê homenageou o pintor Carybé, então recentemente falecido em 1997, e Camafeu de Oxossi, figura lendária da Bahia, falecido em 1994. Em 1999, aconteceu a primeira edição internacional do evento, que contou com a presença de sacerdotes cubanos, residentes em Miami e Nova Iorque. Nesta edição, o festival prestou homenagem a Jorge Alabê. No 7º Alaiandê Xirê, reuniram-se no Terreiro de Candomblé representantes de várias religiões no “Debate sobre Ecumenismo Ecológico”.

Representantes do Budismo, do Judaísmo, da Igreja Católica, da Igreja Batista e do Candomblé se uniram em torno de um mesmo objetivo. O XI Alaiandê Xirê aconteceu no tradicional Terreiro Pilão de Prata (Odô Ogê), na Boca do Rio (BA), sob a liderança do Babalorixá Air José de Jesus, da família Bangboshê Obitikô, responsável pelas primeiras comunidades estruturadas de Culto aos Orixás da Bahia. O tema foi: "Xangô dobra os couros para o Centenário da Imigração Japonesa no Brasil". Em 2010, o Alaiandê Xirê será realizado em São Paulo sob os cuidados de Mãe Wanda de Oxum e Ogã Gilberto de Exu.

Fonte: Wiki
Povo do Santo

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Republico aqui matéria que li no jornal Agaxéta.

*O evento acontecerá em Novembro.

Alexandre L'Omi L'Odò.
Iyawò.

alexandrelomilodo@gmail.com

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Inauguração do Comitê do Deputado Isaltino Nascimento- PT 13500!!


Vamos todas e todos participar deste encontro em prol da campanha do guerreiro amigo Isaltino Nascimento PT, pois o povo de terreiro tem que reconhecer seu empenho a favor dos avanços do povo negro e de santo de Pernambuco!


Malunguinho tá com você Isaltino!!
Frente Nguzo Isaltino


www.isaltinopt.com.br

Alexandre L'Omi L'Odò.
alexandrelomilodo@gmail.com

"Menino, filho da chuva". Poesia de José Mário Austragésilo.

José Mário Austragésilo, poeta, jornalista e radialista. Foto de Isabel- Sujaan.

Caro Alexandre,
aproveito o e-mail de Belsinha (que fala dos seus seis anos de iniciação para Oxum) para dizer do quanto achei bonito seu texto e emocionante, principlamente pelos sentimentos que passa.
Ofereço a você o poema abaixo:

Menino, filho da chuva

Estende tuas mãos abertas
recolhe essa água que vem do Universo
derrama sobre as cabeças inqueietas
e espalha a serenidade nos olhos dos que passam.

Menino, filho da chuva,
reparte essa dádiva com os aflitos
alivia suas dores e cansaços
oferece teu ombro amigo
e tuas rodas de cantigas e alegrias.

Menino, filho da chuva,
estende tuas mãos e faz um roda bem grande
junta todos os povos meninos
e dá para cada um uma estrela de presente.

Jose Mario Austregésilo

28/07/2010.

Abraços.
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Republico aqui poesia enviada ao meu email pelo amigo-irmão José Mário Austragésilo.
Agradeço todo carinho a mim dedicado, muito axé, grande companheiro poeta.

Alexandre L'Omi L'Odò
Oxum Tola wá!!
alexandrelomilodo@gmail.com

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dia 26 de Julho 2010, meu aniversário de seis anos de iniciação para Oxum! Bariká fun mi!

Ilús que tocaram no dia do meu orunkó. Foto de Aluísio Moreira/PE

BARIKÁ FUN MI! (Parabéns para mim!)

Hoje, dia 26 de Julho de 2010, comemoro meus seis anos de iniciado para Oxum.
Celebrar é preciso!

Alexandre L'Omi L'Odò, no dia seguinte a festa do Orunkó. Foto de Aluísio Moreira/PE
Lembrar do dia 26 de Julho de 2004, é remontar a cena mais sublime que já pude mirar em minha vida. O dia da minha iniciação, do meu renascimento para a religião dos Orixás, o Babaxé (Aba Baxé ni Orí)*, a hora de minha morte e renascimento para minha fonte de equilíbrio negra natural. Oxum naquele dia entronou-se em definitivo e de forma irrevogável de uma só vez em meu Orí (cabeça) e na minha vida, no meu Odú pessoal.

Fui iniciado no Ilê Oyá T'Ògún, de mãe Lúcia Crispiniano, a mãe Lúcia de Oyá, sacerdotisa a quem devo todo meu respeito e formação iniciática no culto do Orixá e da Jurema Sagrada, a quem agradeço por todo carinho de cuidar (parir) de um filho tão complexo e difícil como eu, que sempre quero saber mais, entender mais e fazer mais por nossa religião, de forma a meu modo claro, "radical" e autocrítico.

Alexandre L'Omi L'Odò na segunda saída do Hunkó (colorida). Foto de Aluísio Moreira/PE
Recebí o chamado para a iniciação em Dezembro de 2003, em uma cerimônia de fechamento de ano da Jurema, onde quem estava no ponto era Dona Rosa, a pombojira dona do terreiro de Oyá, que me chamou em público e disse: "Nêgo dos cabilôro grande, vosmicê tem seis tempos (seis meses) pra fazer seu santo, Oxum quer seu cabilôro (Orí- cabeça)". E como sempre fui do axé e não sabia como conseguiria me iniciar sem estar preparado para os gastos e todas as responsabilidades que demandam a iniciação, indaguei a ela como poderia eu, desempregado, sem ter nenhum tostão para pagar a obrigação, fazer meu santo em seis meses (em Julho de 2004)? - Ela respondeu: Oxum vai lhe dar, pois é ela quem quer! e assim foi, Oxum, Ògún e Exú, além claro de Malunguinho, o Mestre Boiadeiro e a Mestra Paulina, deram de forma divina toda condição financeira e de estrutura psicológica e ideológica para eu cumprir as exigências do meu Orixá.

"Quando o Orixá quer, ele dá", assim já dizem os mais velhos, e eu pude confirmar isso na prática, que quando nossa divindade nos chama, temos que aceitar, de forma que, a entrega a nova vida seja completa e sem medos ou preconceitos, que o nosso renascimento seja comprometido com o equilíbrio e com a religação ancestral com nossos antepassados africanos.

Lembro ainda do grande Mestre da Jurema sagrada, o senhor Brasiliano, o Mestre Cibamba de D. Leide de Olinda, que aos meus 13 anos de idade (tempos que ainda era percussionista do balé afro Magê Molê) já havia revelado minha natureza, dizendo assim: "Nêgo, a Mulé do Ouro (Oxum) é sua mãe, ela que tá na sua caminhada pra sempre", revelando além de muito mais coisas, a forte relação que as divindades da Jurema tem com os sagrados Orixás africanos, estabelecendo uma ligação tão forte a ponto de informarem coisas que só o Ifá (sistema divinatório yorùbá) poderia dizer.

Sou da espiritualidade desde que nasci e hoje, ao passar de todo este tempo integrando o culto indígena da Jurema e o culto de matrizes africanas dos Nagô, posso dizer que estou mais forte em minha fé, em meu caminho, em minha compreensão de mundo, pois vivencio a experiência profunda da entrega, da quebra dos meus preconceitos, da luta contra o racismo e descriminação e intolerância religiosa, da luta contra os conceitos cristãos ocidentais em minha religião, na iconoclastia dos valores católicos e cristãos invasores de nossas mentes e vidas, e especialmente na liberdade de experienciar a relação integral com a espiritualidade ancestral.

Peço minha benção a Oxum por ela ter me aceito como seu filho, honrando minha vida, me possibilitando ser uma pessoa mais água do rio (L'Omi L'Odò) a cada momento, segundo, milésimo de segundo...

Mãe Lúcia de Oyá T'Ògún e Oxum. Foto de Aluísio Moreira/PE.

Falta apenas um ano literalmente para eu passar a ser um adulto em minha religião, completando o primeiros ciclo de sete anos sacerdotais, ganhando algumas liberdades, no ritual denominado de Deká**. Vamos em frente...

Deixo um Orikí para Celebrar o dia de hoje:

"Mo r'ómi màá jó- Vejo água, danço
Mo r'ómi màá 'yò-
Vejo água, sou feliz
àgbàdo mi l'ore òjò-
O meu milho é amigo da chuva"***

(As últimas duas linhas podem ser também traduzidas assim: Vejo água e estou feliz, assim como o milho é feliz quando vê a chuva. Conotando a importância da água na vida e no desenvolvimento do ser- fertilidade)

Como não pude fazer festa, fiz texto!

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*"Ato de sagração, no qual o Babalorixá leva o Elegum (filho do Orixá), a confraternar um contato mais eficaz com o seu Orixá. A cerimônia lembra um batismo, que é feito com sangue de certos animais, a depender do Orixá evocado. E, ao mesmo tempo, é o nascimento do noviço para a vida na seita, que tão logo, aconteça a comunhão entre o subordinado e o elemento encantado, fica estabelecido o transe com aquele que direcionará o seu destino, chega-se ao ponto épico, onde o já sagrado iaô, receberá uma Suna (nome), que fará pronunciado, no dia de sua apresentação pública.". OMINSULÁ, Roberto dos Santos Miranda. Mitos & Ritos Nagô, o Saber de Ominsulá. Editora Brasília, Bra. 1988. pag. 156.

**Deká- Ritual de transição do cargo sacerdotal de Iyawò (Elegun, iniciado para o Orixá), para o cargo de Egbomi (meu irmão mais velho). Mas digo: Deká não quer dizer nada!

***Oriki extraído da bibliografia: CARVALHO, José Jorge de. Cantos Sagrados do Xangô do Recife. Brasília: Fundação Cultural Palmares. 1993. pag. 96 e 97.


Alexandre L'Omi L'Odò.

Iyawò ti Osún.

alexandrelomilodo@gmail.com

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Encontro de Saberes, Cultura popular e indígena nas salas de aula da UNB

Saberes Tradicionais
Cultura popular e indígena nas salas de aula

Américo Córdula, Secretário da Identidade e Diversidade Cultural e Prof. José Jorge de Carvalho, Coordenador do Projeto Encontro de Saberes

A partir do segundo semestre de 2010, os alunos de todos os cursos da Universidade de Brasília (UnB) poderão cursar, na grade regular de graduação, a disciplina Artes e Ofícios dos Saberes Tradicionais. A matéria será ministrada por cinco mestres de artes e ofícios populares e indígenas e por professores da UnB, por meio de uma parceria entre o Ministério da Cultura e a universidade.

Com o objetivo promover o diálogo entre os saberes acadêmicos e os tradicionais, além do reconhecimento de mestres dos saberes indígenas, afro-brasileiros e tradicionais como docentes do ensino superior, o Projeto Encontro de Saberes foi lançado ontem, 13 de julho, às 19h, no auditório Dois Candangos, da Universidade de Brasília, com a abertura do Seminário Internacional A inclusão das Artes e dos Saberes Indígenas, Afro-Americanos e Tradicionais na Universidade.

Alexandre L'Omi L'Odò, Juremeiro, pesquisador, sacerdote e coordenador geral do Quilombo Cultural Malunguinho/PE, abrindo o evento.

O Seminário foi aberto com a apresentação cultural de Alexandre L'Omi L'Odò, Mestre da Jurema do Recife, percussionista e coordenador do Quilombo Cultural Malunguinho. O número musical teve uma retórica espiritual, quando o Mestre, também sacerdote, defumou e benzeu o ambiente, para abrir os caminhos do evento, que irá durar três dias.

Hoje, das 9h às 20h, o Seminário apresentará as iniciativas já realizadas no Brasil e na América Latina de inclusão de protagonistas de conhecimentos tradicionais no ensino superior por meio de cursos, disciplinas ou programas de extensão. Ao todo, serão apresentadas quatro experiências internacionais, desenvolvidas no Equador, Paraguai e na Argentina e Colômbia, e mais cinco projetos que estão sendo aplicados no Brasil. Sete mestres dos saberes tradicionais também apresentarão os trabalhos desenvolvidos por eles junto às suas comunidades.

Aula Magna: a importância do ofício do pajé indígena

Mapulu Kawayurá, pajé do Alto Xingu, filha do Mestre Takumã - Kamayurá

A conferência de abertura do Seminário Internacional A inclusão das Artes e dos Saberes Indígenas, Afro-Americanos e Tradicionais na Universidade foi feita por Mapulu Kawayurá, pajé do Alto Xingu, e também filha do Mestre Takumã - Kamayurá, decano dos Xamãs da região, que, aos 80 anos, e com um problema grave de saúde, não pôde comparecer.

A Mestre Mapulu palestrou aos alunos da UnB e convidados presentes sobre a sua experiência e a de seu pai com a utilização desse ofício.

“O papel do pajé na nossa comunidade é visto com muito respeito. O ofício de pajé nos foi dado pelo criador e pelo sol, que é também nosso Deus”, afirmou a Mestra, que se tornou pajé aos 15 anos.

A conferencista, que tem oito alunos em sua comunidade, defendeu que os pajés são tão mestres quanto aqueles que ensinam sob o foco da ciência, com a diferença de que os mestres de ofícios não possuem diploma. E reivindicou: “Queremos apenas que nosso trabalho seja reconhecido aqui fora”.

Mapulu disse que levará ao pai a experiência do Projeto Encontro de Saberes para discutir com ele e com a comunidade a melhor forma de contribuir para o processo de aprendizado dos alunos da Universidade de Brasília. “Queremos construir com vocês esse aprendizado”, afirmou.

O coordenador do Projeto Encontro de Saberes (e professor do Departamento de Antropologia da UnB), José Jorge de Carvalho, que representou o reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Junior, disse que a parceria do projeto é rica e que os mestres sempre demonstraram o desejo de levar seus conhecimentos à universidade.

O secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Américo Córdula, representou o ministro da Cultura, Juca Ferreira, que estará presente no dia 15, às 19 h, numa cerimônia institucional que será realizada no auditório da reitoria, dentro da programação das oficinas dos mestres, e contará com a presença do reitor da UnB.

Encontro de Saberes é realizado em parceria com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa, órgão do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que também apóia o projeto.

Encontro de Saberes foi realizado no auditório Dois Candangos, da Universidade de Brasília.

Oficinas

Dias 15 e 16 de julho, na UnB, o projeto Encontro de Saberes entrará em sua segunda etapa, realizando oficinas de trabalho que contarão com a participação dos mestres, de docentes da universidade e de especialistas convidados.

A terceira e última etapa do projeto será a realização de uma Residência, com a participação dos mestres de artes e ofícios populares e indígenas e dos professores da UnB, para preparação da metodologia e dos recursos didáticos necessários à oferta da disciplina Artes e Ofícios dos Saberes Tradicionais.

Clique aqui para conferir a programação do Encontro de Saberes.

(Heli Espíndola, Comunicação Social/MinC)
(Fotos: Pedro França/MinC)

Informações: encontrodesaberes2010@gmail.comEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. – Tel: (61) 3307.3006 – ramal 210

www.encontrodesaberes.com.br

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Republico aqui matéria do dia 14 de julho de 2010, do site do MINC, post original: http://www.cultura.gov.br/site/2010/07/14/saberes-tradicionais/

*Participar deste evento a convite oficial do Professor José Jorge de Carvalho, inclusive abrindo todo seminário com a fumaça da Jurema foi uma honra que devo a Malunguinho e aos meus mestres e mestras, caboclos e caboclas, trunqueiros e trunqueiras da Jurema Sagrada, das sete cidades, do tronco do meu Juremá.

Alexandre L'Omi L'Odò

alexandrelomilodo@gmail.com

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Infografia premiada: "Candomblé" - Jornal Extra - JAN 2009

Série de infografias e jornalimo ganha prêmio, e tem conteúdo consistente de informações para ser referência de leitura para nós povo de terreiro do Brasil.

Layout do site Religião & Fé

21.07.2010 - 19h26m
"Inimigos da Fé"
Série

A infografia "Candomblé", de autoria de Ary Moraes, publicada na série "Inimigos de fé", escrita pela jornalista Clarissa Monteagudo recebeu o prêmio SIP de Infografia, concedido pela Sociedade Interamericana de Imprensa.

As reportagens foram publicadas no EXTRA do dia 25 a 31 de janeiro de 2009.

O júri destacou o formato das páginas que permitem fazer uma coleção com informações históricas e culturais sobre o candomblé, elogiou o uso das cores e a integração entre a infografia e o tema da série, sobre o preconceito contra religiões de matriz africana no Brasil.

O prêmio SIP foi criado para estimular a liberdade de expressão e premiar a excelência jornalística em todo o continente americano.

A entrega do prêmio a Ary Moraes e Clarissa Monteagudo será durante a 6ª Assembleia Geral da SIP em Mérida, México.

O grande prêmio SIP foi concedido ao jornalista venezuelano Guillermo Zuloaga, por ser um símbolo na luta da liberdade de expressão no seu país.

Veja a infografia premiada da série Inimigos de Fé, clic nos links para ver ou baixar em PDF os textos, para facilitar a leitura dos conteúdos:

Início da série: A intolerância nas escolas

Segundo capítulo: As dificuldade para denunciar

Terceiro capítulo: O sofrimento nas famílias

Quarto capítulo: Invisíveis no mercado de trabalho

Quinto capítulo: Preconceito e violência

Sexto capítulo: O preconceito nas ruas

Sétimo capítulo: A paz é possível

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Ary Moraes, editor de Infografia e Ilustração do Estado de Minas. Segundo Ary, o desafio é combinar o poder da imagem com o texto:
— Os dois precisam “conversar” sobre o mesmo assunto e no mesmo tom, sem que um fale mais alto que o outro. Começamos discutindo a pauta, sem esquecer que trabalhamos em equipe. Não deve existir aquela coisa de “a imagem está tirando espaço da minha matéria” e vice-versa.



Clarissa Monteagudo éformada na Universidade Federal do Rio de Janeiro, já trabalhou na Rede Record, no Jornal O DIA e na revista Isto É Gente. É uma das responsáveis pelo projeto Fé Online, do jornal Extra, um espaço virtual dedicado à defesa da liberdade religiosa e à veiculação de notícias sobre todas as crenças.


Após ler toda a série "Inimigos da Fé", infografia de Ary Moraes, premiada do Jornal Extra, pude reler muitas de minhas discussões e reforçar minhas convicções sobre nossos problemas sociais e econômicos. De fato foi merecido o prêmio, o carinho e a arte impressionada nas páginas deste jornal, revelam a consciência da jornalista Clarissa Monteagudo em tratar com seriedade e profissionalismo o tema, que ha muito vem sendo tratado de forma ignóbil pela mídia nacional.Bariká ooo, parabéns pela obra, pelos técnicos envolvidos, pelo artista que fez as artes visuais e pela escolha do tema. Indico como referência bibliográfica que trata de nossos problemas contemporâneos do axé e da Jurema. Obrigado a Mãe Iane de Oyá, de Macaé- RJ, pelo envio desta postagem pra mim.

Alexandre L'Omi L'Odò.

alexandrelomilodo@gmail.com

Votem no meu blog no Topblog 2010

Votem em mim no site:
www.topblog.com.br

Entrem no meu link lá: http://www.topblog.com.br/2010/index.php?pg=Busca&c_b=21112262

Vamos fazer circular boas informações.

Alexandre L'Omi L'Odò.

alexandrelomilodo@gmail.com
81. 8887-1496

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Livro homenageia os 100 anos do Axé Opo Afonjá


Livro em Homenagem ao Ilê Axè Opô Afonjà

Raul Lody lança livro em homenagem ao Centenário do Ilê Axè Opô Afonjá
Sociedade Cruz Santa do Ilê Axè Opô Afonjá - Salvador/BA
31 de julho de 2010 - 17h

O livro Xangô - O Senhor da Casa de Fogo, escrito por Raul Lody é uma homenagem ao I Centenário do Ilê Axè Opô Afonjà e reúne vários artigos sobre o orixá Xangô na África e no Brasil.

Ilê Axè Opô Afonjà, em português significa: Casa da Força Sustentada por Xangô.

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Show Mestre Galo Preto + Zé Brown no FIG 2010

Foto de Mariana Lima.

Show do Mestre Galo Preto + Zé Brown promete ser o diferencial do palco POP no Festival de Inverno de Garanhuns- FIG 2010.

O show terá mistura de coco com rap, e, a percussão afiada do Mestre Galo Preto, se confrontará com o maquinário eletrônico do DJ Beto, que acompanha o raper Zé Brown.
Muita batida de bombo, muita palma de mão, pisada no pé, repente veloz, críticas sociais, melodias do sertão, desafio de talento e muita diversão, assim será este encontro da juventude dinâmica musical de Brown com o coco ancestral e profundamente poético do Galo Preto, no palco POP.

Este trabalho está começando e já nasceu com forte energia, pois de uma participação especial de Zé Brown no show do Mestre Galo Preto no Pré-AMP 2008, na semana pré-carnavalesca do Recife, a proposta surgiu e desde então várias apresentações e participações especiais ocorreram, entre elas o show do carnaval Multicultural do Recife, no bairro de Chão de Estrelas, que reuniu muitos artistas e comunidade pra presenciar este trabalho que a cada dia fica mais forte.

Confira aqui um show com os dois:


Serviço:
Show: Mestre Galo Preto + Zé Brown
Onde?: Festival de Inverno de Garanhuns- FIG 2010 no Palco POP
Local: Parque Euclides Dourado
Quando?: dia 17 de Julho
Hora: A partir das 18h.
Quanto?: Gratis
Contato: 81. 8887-1496
e
alexandrelomilodo@gmail.com

Programação geral do dia 17

Palco Pop

Projeto PEBA (Pernambuco e Bahia)
Local: Parque Euclides Dourado
18h - Baiana System (BA)
Mestre Galo Preto e Zé Brown (PE)
Jam da Silva (PE)
Lucas Santtana (BA)
ÌPADÉ – Espetáculo do Grupo
Bongar com Benjamin Talbkin (PE)

Veja toda programação aqui: http://www.nacaocultural.pe.gov.br/confira-a-programacao-completa-do-fig-2010

Confira nossos sites:
www.myspace.com/mestregalopreto
www.myspace.com/repentistazebrown

Alexandre L'Omi L'Odò.
Produção geral.

81. 8887-1496

alexandrelomilodo@gmail.com

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Encontro de Saberes na UNB. Estarei lá!


O Encontro de Saberes é um projeto que tem como proposta
promover o diálogo entre os saberes acadêmicos e os saberes
indígenas, afro-brasileiros e tradicionais em geral para o processo de
reconhecimento de mestres dessas tradições, como docentes no
ensino superior, aliando esses dois universos por meio da realização
de cursos regulares nas universidades e de outras ações interculturais.

O Seminário Internacional é a primeira etapa do projeto e tem como

objetivo apresentar iniciativas já realizadas no Brasil e no exterior, de
inclusão de protagonistas de conhecimentos tradicionais no ensino
superior, além de realizar oficinas de trabalho, envolvendo os mestres
docentes, professores da universidade e especialistas convidados.

A etapa seguinte do projeto será a Residência, com a participação de

cinco mestres de artes e ofícios populares e indígenas e de
professores da UnB parceiros do projeto, com o objetivo de preparar
a metodologia e os recursos didáticos necessários para a oferta de
uma disciplina, etapa final do projeto.

A disciplina “Artes e Ofícios dos Saberes Tradicionais”, será

ministrada pelos mestres tradicionais populares e indígenas, junto
com os professores parceiros e será ofertada na grade regular de
graduação do segundo semestre de 2010 da UnB, acessível a
estudantes de todos os cursos.




Programação Do seminário
13 de julho (terça-feira) - Auditório Dois Candangos

18h30 Apresentação Cultural

Alexandre L'Omi L'Odò – Mestre da Jurema do Recife, percussionista e coordenador do Quilombo Cultural Malunguinho, acompanhado de Biu Alexandre, Mestre do Cavalo Marinho Estrela de Ouro de Condado (PE).

19h Mesa de Abertura

Américo Córdula – Secretário da Identidade e da Diversidade Cultural - SID/MinC
José Geraldo de Sousa Junior – Reitor da Universidade de Brasília
André Lazaro – Secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade
- SECAD/MEC

José Jorge de Carvalho – Professor do Departamento de Antropologia da
Universidade de Brasília - DAN/UnB

19h30

Aula Magna – Mestre Takumã – Kamayurá. Decano dos xamãs da região do
Alto Xingu.

21h Degustação de Caldos

14 de julho (quarta-feira) - Auditório Dois Candangos

Manhã

José Jorge de Carvalho – Apresentação do Projeto Encontro de Saberes 9 às 9h20

Experiências Internacionais 9h20 às 11h25

Coordenador: José Jorge de Carvalho (UnB)
Luis Fernando Sarango (Equador) – Reitor da Universidade Amawtay Wasi -
Projeto da universidade intercultural bilíngüe das comunidades e povos
indígenas equatorianos.

Maria Mercedes Díaz (Argentina) – Professora de História e ex-Coordenadora
de Extensão da Universidade de Catamarca. Organizadora dos Seminários “Povos
e Cidades do Interior” que incluem a presença de mestres tradicionais
catamarquenhos.

Jaime Arocha (Colômbia) – Professor de Antropologia da Universidade
Nacional da Colômbia, Bogotá. Projetos de inclusão dos saberes afrocolombianos
nas universidades colombianas.

Carlos Callisaya (Bolívia) – Sociólogo. Coordenador Nacional, no Ministério da
Educação, das Universidades Indígenas da Bolívia.

Maria Luísa Duarte Medina (Paraguai) – Líder guarani, atua na Secretaria de
Assuntos Indígenas do Estado Paraguaio e em projetos de inclusão dos saberes
indígenas nas instituições paraguaias de ensino.

Debate 11h25 às 12h
Intervalo para almoço 12 às 13h30


Experiências Nacionais

Tarde

13h30 às 15h10

Coordenadores: Ricardo Lima (SID) e Rita de Cássia Castro (UnB)
Rosemberg Cariry – Cineasta e poeta cearense, idealizador das Escolas de
Saberes Tradicionais e Contemporâneos.

Rosângela Tugny – Professora da Escola de Música da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG). Projeto de inclusão dos indígenas Maxacalis como artistas
residentes na UFMG.

Marcos Ayala – Professor de Sociologia da Cultura da Universidade Federal da
Paraíba. Projeto Ação Griô: Mestres de Tradição Oral em Escolas e Bairros de
João Pessoa e na Universidade Federal da Paraíba.

Fábio Munhoz – Pesquisador do Centro Atopos da Escola de Comunicações e
Artes da USP. Projeto de Extensão “Laje Acadêmica”, de conexões entre
conhecimentos acadêmicos e saberes locais tradicionais.

Luiz Phelipe Andrés – Engenheiro e diretor do Centro Vocacional Tecnológico
Estaleiro Escola do Maranhão. Projeto para o resgate de técnicas de produção de
embarcações tradicionais maranhenses.

15h10 às 15h50 Debate

16h às 18h55


Experiências dos Saberes Tradicionais

Coordenador: Américo Córdula (SID)

Benki Ashaninka – Presidente do Centro Saberes da Floresta (Yorenka
Ãtame), do Povo Ashaninka (AC). Desenvolve um trabalho de conhecimento
da floresta comprometido com a proteção ambiental e o reflorestamento.
Maniwa Kamayurá – Arquiteto tradicional e Pajé. Representante dos povos
indígenas do Alto Xingu, especialista em construção da residência tradicional
kamayurá.

Lucely Pio – Mestra raizeira da Comunidade Quilombola do Cedro (GO),
integrante da Articulação Pacari de Plantas Medicinais do Cerrado e autora
da Farmacopéia do Cerrado.

Alexandre L'Omi L'Odò – Mestre da Jurema do Recife, percussionista,
coordenador do Quilombo Cultural Malunguinho. (PE).

Biu Alexandre – Mestre do Cavalo Marinho Estrela de Ouro de Condado
(PE).

Zé Jerome – Mestre de Congado e Folia de Reis do Vale do Paraíba, Marechal
de Cunha (SP).

Otávionilson Nogueira dos Santos – Mestre fabricante de embarcações
tradicionais maranhenses. Professor do Estaleiro Escola do Maranhão.

18h55 às 19h40 Debate

19h40 às 20h

Apresentação Cultural

Badia Medeiros - Mestre da viola, Formosa (GO). Com grupo de dança de
Catira, Lundu e Curraleira.

20h
Degustação de Caldos

15 de julho (quinta-feira) - Auditório da Reitoria

19h
Mesa Institucional com a presença do Ministro da Cultura Juca Ferreira e
convidados.

15 e 16 de julho - Oficinas com os Mestres
Oficinas de trabalho restritas aos Mestres e aos Especialistas convidados

Informações: encontrodesaberes2010@gmail.com - Tel: (61) 3307.3006 - ramal 210

Convido todas e todos à vivenciar este evento maravilhoso na UNB. O porfessor José Jorge de Carvalho foi genial ao ter pensado este projeto transformador que dará muito pano pra manga entre o povo que quer trocar saberes. Vamos trocar saberes da Jurema? Venham!

Alexandre L'Omi L'Odò.
Quilombo Cultural Malunguinho
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81. 8887-1496

Quilombo Cultural Malunguinho

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Entidade cultural da resistência negra pernambucana, luta e educação através da religião negra e indígena e da cultura afro-brasileira!