domingo, 31 de julho de 2011

Show do Mestre Galo Preto. Hoje, 01 de agosto no Ponto Cem Reis, no centro de João Pessoa/PB - 23h. Gratis!! Bora?

 Mestre Galo Preto - Foto de Alexandre L'Omi L'Odò.
 
Show do Mestre Galo Preto Na Paraíba
Hoje, 01 de agosto 
Local: Ponto Cem Reis - No centro de João Pessoa/PB
23h. Gratis!
Bora? É a Festa das Neves!

Alexandre L'Omi L'Odò
Produção
alexandrelomilodo@gmail.com

domingo, 24 de julho de 2011

Uma fala unificada da Jurema Sagrada é possível?

 Mãe Terezinha Bulhões firmando Jurema aos pés da Cidade de Maria do Acaes. Alhandra/PB 2008. Foto de Mariana Lima.*


Uma fala unificada da Jurema Sagrada é possível?
Observações sobre a Jurema e os posicionamentos  de seu povo no 5° Encontro Pernambucano de Mulheres de Terreiro

*Alexandre L'Omi L'Odò. 

Ao participar do 5° Encontro Pernambucano de Mulheres de Terreiro, que aconteceu de 20 a 22 de julho de 2011 no Auditório do Ministério Público de PE, Centro Cultural Rossini Alves Couto, no centro do Recife, pude assistir pessoalmente a uma das falas mais arbitrárias sobre a Jurema que já pude assistir.

No último dia do evento (22/07), na mesa de encerramento que reuniu diversas representações dos segmentos das religiões de matrizes africanas e indígenas, estiveram personalidades como Mãe Nice de Oyá, da Casa Branca do Engenho Velho/BA, e a Makota Valdina/BA, que deram falas surpreendentes neste encerramento. 

Com a falta de representatividades da Umbanda e da Jurema Sagrada na mesa, a coordenadora do evento, Vera Baroni, convidou as mulheres presentes, que fossem destes segmentos para tomar assento. Representando a Umbanda não foi ninguém infelizmente, e para representar a Jurema Sagrada foi a senhora Nice (Aurenice), que é cultuadora da Jurema.

Na fala desta última, pudemos assistir uma retórica das mais arbitrárias possíveis em relação à Jurema e aos seus conceitos teológicos. Mesmo eu sendo muito jovem de idade quanto de idade de iniciação, pude me deparar com uma fala que desconstrói de forma irresponsável um trabalho de mais de sete anos do Quilombo Cultural Malunguinho e dos juremeiros e juremeiras que durante este tempo puderam dar contribuições para o fortalecimento desta religião no cenário político e das discussões teológicas. Mesmo podendo ouvir falas como: "é importante ter falas que criam um contra ponto às já estabelecidas", ou "a fala dela foi diferente, e meio arrogante, mas foi boa", pude perceber que o povo da Jurema, está ainda longe de chegar a uma compreensão do que é de fato esta religião e sua importância no atual cenário das religiões de terreiro.

Sei que as fontes de pesquisa são poucas, e que os antigos Juremeiros e Juremeiras estão falecendo sem deixar os conhecimentos desta religião bem estruturados em seus discípulos, mas nada disso nos impede que possamos buscá-la na essência e podermos construir um entendimento coletivo bem construído no tocante a sua essência teológica e ética, também, à sua história. Estudar a Jurema se faz muito necessário hoje, pois precisamos entendê-la mais, registrá-la mais, para darmos novos rumos e salvaguardarmos o que restou dela.

Falas como "o juremeiro não usa ilú (instrumento para realizar os toques nos terreiros de Pernambuco)", ou que "o juremeiro tem que ter a fumaça circulando em sua cabeça", deixou a platéia de babalorixás e iyalorixás, juremeiros e juremeiras, umbandistas e convidados em polvorosa. Pude ouvir diversos comentários, como por exemplo, o que "ela é louca é?", "ela não sabe de nada...", “ela não é filha de quem ta dizendo", "a fala dela é muito agressiva" etc. Vi pessoas o tempo todo criticando e observando com atenção o que ali naquele momento acontecia... O que mais marcou essa situação toda, foi que ela foi convidada como representante da Jurema de Pernambuco, enquanto mulher. Isso me preocupou muito...

Será mesmo que todos os terreiros de Jurema estão errados em realizarem suas práticas como o fazem estes anos todos? Na fala da senhora Aurenice ficou claro que muitas destas práticas não são coisas de juremeiro ou juremeira. Tiro como exemplo a casa de Mãe Biliu que tem 105 anos de idade e mais de 90 anos de Jurema, que ainda trabalha (recebe em terra) com seu caboclo Manuel de Ororubá. Na casa dela, se toca Ilú na Jurema... Ela usa torso... E pratica a Jurema bem antes, muito tempo antes, de muitos de nós todos. Será que isso não quer dizer nada mesmo? Será que isso não é um indício de que a Jurema tem forma litúrgica? Acho bom refletirmos...

Outra coisa que pude também assistir foi a omissão ou passividade dos juremeiros e juremeiras da Paraíba, que estavam presentes em certa quantidade e não se pronunciaram em nada. Fiquei tentando entender os motivos, mas não pude achar nenhum satisfatório para mim. Pois jamais veria alguém falar de minha religião de forma errônea ou precipitada sem intervir, sobretudo para tentar construir algum entendimento válido às pessoas que ainda não conhecem o culto da Jurema como uma religião. Ainda para que estas pessoas não pudessem levar ou aprender conceitos e informações equivocadas, que não refletem uma realidade contemporânea.

Só não tomei uma atitude de intervenção naquele momento, mesmo tendo descido até a primeira fileira de cadeiras para pedir a fala, porque, respirei algumas vezes para não tornar daquele momento um burburinho com discussões severas sobre as concepções discutidas. Também, não o fiz porque após a fala da Makota Valdina, que de certa forma legitimou a fala da Aurenice, mesmo sem que esta legitimação fosse fundamentada nos conhecimentos sobre a Jurema e sua realidade, fala que ela mesma disse "estamos ainda conhecendo estas religiões e diversidade", tentei me acalmar e deixar em silêncio minhas indignações. Apenas por respeito às mais velhas e mais velhos presentes e ao equilíbrio (paz) do evento como um todo.

Mas, contudo, este ocorrido me deixou muito inquieto e me pôs a refletir sobre a Jurema como uma religião que está de fato perdida entre nós mesmos. Isso é uma infelicidade. Pois o que podemos conferir no dia a dia dessa batalha por fortalecimento e reconhecimento da Jurema como uma "Religião que Merece Respeito", é que o povo da Jurema está ainda em processo lento de discussão sobre suas temáticas todas. Estes mais de sete anos de trabalho do Quilombo Cultural Malunguinho, foram importantes para despertar estas discussões e conferir aos juremeiros e juremeiras uma perspectiva de construção fundamental para o caminhar nesta luta que ainda precisará de muitos anos para se equilibrar, no mínimo.

Olhar e observar é bom. Meus ensinamentos dentro da Jurema são estes: "o mundo só é ruim para quem não sabe esperar", e isso naquele momento me fez refletir e ficar apenas esperando... Olhando os outros e outras, vendo o quanto essa luta é importante para a dignificação de nossos ancestrais, que lá no passado, nas tribos indígenas e nas casas de Jurema construíram uma história de muita força e importância. Este é o tesouro, que devemos cuidar como se fosse um filho ou filha em nossos braços, sem vacilar e deixá-los cair. 

Uma fala unificada e fortalecida do povo da Jurema Sagrada um dia será possível, espero. Mas para isso precisamos discutir sem deixar os egos e as "tradições" nos consumirem e nos cegarem.

E hoje, ao escrever estas linhas lembrei deste segmento de Jurema cantado para invocá-la:

"Cadê a força da Jurema, onde é que ela está? Ta no tronco da Jurema, ta na Cidade Real (...)".

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*Foto que registra um dos últimos momentos em que uma juremeira firma Jurema aos pés da Cidade (árvore de Jurema Preta onde foi firmada a ciência da Jurema de Maria do Acais) de Maria do Acaes em Alhandra na Paraíba. Este registro foi possível através da organização do 1° Encontro de Juremeiros em Alhandra - "Vamos Salvar o Acaes", organizado pelo Quilombo Cultural Malunguinho em 2008. Após este evento, este patrimônio do povo da Jurema foi destruído por tratores pelo dono atual das terras do Sítio do Acaes. Este fato foi um crime histórico à memoria e ao patrimônio material e imaterial da Jurema Sagrada. 

*Alexandre L'Omi L'Odò - Juremeiro e Egbomi, estudante de História pela UNICAP. 

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com

quarta-feira, 6 de julho de 2011

5º Encontro Pernambucano das Mulheres de Terreiro e 1º Encontro Nordestino das Mulheres de Terreiro 2011

 
5º Encontro Pernambucano das Mulheres de Terreiro e 1º Encontro Nordestino das Mulheres de Terreiro 2011
Prezad@s Amig@s,

Encaminho convite e Ficha de Inscrição para participação no 5º Encontro Pernambucano das Mulheres de Terreiro e 1º Encontro Nordestino das Mulheres de Terreiro. Solicito que seja divulgado junto a sua lista de contatos. As Fichas preenchidas deverão ser encaminhadas para o seguinte endereço: www.mulheresdeterreiro.pe@gmail.com até o dia 15 de julho.


Vera Baroni
Ìyàbasé Ilè Obá Aganjú Okoloyá
Informações ligue: 99773743/86241123

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Republico aqui informativo do Encontro das Mulheres de Terreiro de Pernambuco com muito orgulho, pois vejo que este projeto é digno e merece ser valorizado pelo povo de terreiro. Salve as mulheres, seu axé e ciência.

Alexandre L'Omi L'Odò
Iyawò e Juremeiro
alexandrelomilodo@gmail.com

Convite - Festa da Oxum no Ilé Oyá T'Ògún (minha casa)


Convite - Festa da Oxum no Ilé Oyá T'Ògún (minha casa)

Olá irmãos e irmãs de religiões (Jurema e culto aos Orixás) e amigos em geral, encaminho convite do xirê da minha mãe Oxum que acontecerá dia 10 de julho (domingo) no Ilé Oyá T'Ogùn, casa de Mãe Lúcia de Oyá, minha Iyalorixá. 

Por favor irem com roupas apropriadas para frequentar um terreiro de candomblé. Homens sem torsos na cabeça e saias e, mulheres com saias e roupa composta.

Endereço no corpo do convite virtual. Contaos para maiores informações: 81. 8887-1496

Axé.

Alexandre L'Omi L'Odò.
Iyawò de Oxum
alexandrelomilodo@gmail.com

terça-feira, 5 de julho de 2011

Mestre Borel - A ancestralidade negra em Porto Alegre - Em memória.


Mestre Borel - A ancestralidade negra em Porto Alegre - Em memória.

Coloco aqui um vídeo que mostra o Pai Borel dando aula de história sobre a presença do negro no RS. É uma ótima oportunidade para ver um pouco deste mestre que fez de sua vida a luta pela religião de matrizes africanas e afirmação da existência da cultura negra no sul do país. O Batuque do RS, no dia 04 de julho de 2011, pperdeu uma dasi maiores memórias desta tradição e religião. Espero que o povo de terreiro se manifeste e contribuam de alguma forma para uma maior imortalização da memória de Pai Borel, pois ele merece uma estátua em sua memória, de bronze em pleno centro da cidade, além de dar nome à escolas, à instituições e ter marcado em seu Estado um dia em sua memória no calendário oficial, através de uma lei estadual. Xangô brada hoje nos céus para receber no Orún este grande ancestral nosso, esse Esá de grande valor e dignidade.

Oni Iwá Pélé...

Àsè babá mi!

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo.blogspot.com

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Emoção com o coco pernambucano nunca é demais! "Coco de improviso e a poesia solta no vento"

Realizadores do filme e do evento pousando para registro. Foto: Alexandre L'Omi L'Odò.

Emoção com o coco pernambucano nunca é demais! "Coco de improviso e a poesia solta no vento"

Hoje tive o prazer de ir ao lançamento do documentário "Coco de improviso e a poesia solta no vento", filme roteirizado e dirigido por Natália Lopes, no cinema da Fundaj. Cheguei no final da sessão, pois ainda uso transporte público para me locomover... rsrsrs. Bom, fizeram outra exibição, já que o curta tem 25 minutos de duração. Gente, me emocionei demais, até chorei escondido por alí pra ninguém ver no escurinho do cinema.Me sinto realizado quando vejo os mais velhos, donos dos nossos poucos saberes que temos hoje sobre o coco sendo valorizados e imortalizados em audiovisual. 

 Mestre Galo Preto,  Zeca do Pandeiro e Ruy Pereira, grandes mestres da tradição do coco pernambucano. Foto: Alexandre L'Omi L'Odò.

Gerações se encontrando. Guitinho da Xambá, Adiel Luna, Mestre Galo Preto, Zeca do Pandeiro e Mestre Ruy. Foto de Alexandre L'Omi L'Odò.

A fotografia linda, o som muito bem colocado, o roteiro gostoso e o conteúdo mágico. Simplesmente assim. Poder também ter visto os personagens do filme na sala de cinema e poder estar com eles e conhecê-los foi lindo. Fiquei deslumbrado com o saber do Mestre Ruy, que com seus 83 anos deu show de pisada e rítmo no doc. O Mestre Galo Preto ficou também muito feliz com o trabalho apresentado, adorou conhecer os velhos mestres e se comprometeu em ir visitá-los em loco, pois ele adora conhecer bons coquistas. Com os mestres, Galo se envolveu e conversou, trocou idéias, brincou um pouco e pode compartilhar também de seu saber de vida... Hoje, o coco celebrou mais um filho que o imortalizará no mundo do cinema pernambucano e mundial.

Parabéns a todas e todos que fizeram parte deste filme e um axé especial para Adiel Luna, que no doc. foi como uma corrente que se ligou ao passado, colocando os mestres a vontade para mostrarem o que de mais precioso eles tem, sua alma (sua cultura).

Sealve a Jurema Sagrada, que também vibra com esta vitória do coco!
Vida longa aos Mestres!

 Eu e Mestre Ruy Pereira, me apaixonei, pois ele de fato tem a cultura do coco na alma! Uma oportunidade dessas não se perde, registro mesmo rsrs. Obrigado mestre!!

Alexandre L'Omi L'Odò
Amante do coco
alexandrelomilodo@gmail.com

12° Encontro Pernambucano de Coco


PETROBRAS E MINISTÉRIO DA CULTURA APRESENTAM

12º ENCONTRO PERNAMBUCANO DE COCO

O 12º Encontro Pernambucano de Coco, acontecerá em 2011 nos seguintes municípios pernambucanos e nas respectivas datas: Ipojuca - Porto de Galinhas (Praça Beira Mar), nos dias 01 e 02 de julho de 2011. Olinda - Praça do Carmo, nos dias 08 e 09 de julho de 2011.

O evento que já é tradição no calendário das festas populares de Pernambuco e vem mantendo viva a cena do coco de roda da região.

O festival é tido como único no gênero, e foi aproado no 3° Edital Petrobras Cultural - Festivais de Música,
projeto patrocinado pela petrobrás com o incentivo do ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), que selecionou 23 projetos em todo Brasil.

Na série dos festivais independentes de música, são grandes as expectativas para o 12° Encontro Pernambuco de Coco. Na programação constam as seguintes ações: Aula Espetáculo e Oficina de Coco e Ciranda com os Mestres Griôs do Ponto de Cultura Farol da Vila Coco de Pontezinha, Roda de Mestres do Coco Pernambucano, Exposição Mestres do Coco Pernambucano (projeto de categoria artes visuais, vencedor do 1º Prêmio de Nacional de Expressões Culturais Afro-Brasileiras, patrocinada pela Petrobras, Ministério da Cultura e Cadon - RJ), Exibições de Vídeos (Cineclube).

Há 12 anos atrás, o projeto cultural Encontro Pernambucano de Coco, nasceu para resgatar, preservar e dar manutenção a manifestação e ao folguedo popular do coco na região nordestina, criando condições de Intercâmbio e sustentabilidade das matrizes culturais, regatando também a dança peculiar da brincadeira e também fortalecendo os grupos culturais existentes e em formação. É com esse perfil, que o Encontro Pernambucano de Coco vem levando adiante sua forma de atuação, e neste ano de 2011, com realização do festival em municipios pernambucanos distintos, o projeto vem contribuindo definitivamente para a cena regional da música popular, transformando e fortalecendo o coco em potencialidade cultural imaterial do Brasil.

Na comemoração dos 12 anos do Encontro Pernambucano de Coco, toda a programação do projeto acontecerá com acesso gratuito ao público em geral. Em Ipojuca/PE, durante dois dias, o festival será o atrativo a parte da Praia Mais Bonita do Brasil, Porto de Galinhas, conotando o coco de roda como produto de exportação e entretenimento, aos turistas e visitantes nacionais e internacionais de Pernambuco. 
Em Olinda/PE (Cidade Monumento, 1ª Capital da Cultura Brasileira e Patrimônio Cultural do Mundo), durante dois dias, o Encontro Pernambucano de Coco promoverá várias atividades sócio-culturais no sítio histórico do Carmo: Shows, Exposição, Cinema, Aula Espetáculo e Oficina Cultural e Roda com Mestres e Griôs. Contará ainda com a participação do Patrimônio Vivo e Comendadora da Ordem do Mérito Cultural '' Dona Selma do Coco'' e os Mestres Griôs Galo Preto, Goitá, Roberto Cocada, Dié, Guitinho, entre outros.

A Roda de Mestres abordará como discussão o Encontro Pernambucano de Coco e A ação Griô Nacional, com a participação de mestres, griôs, gestores público e da sociedade civil.

Maiores informações acesse: 

PROGRAMAÇÃO

12° ENCONTRO PERNAMBUCANO DE COCO

IPOJUCA – PORTO DE GALINHAS - PRAÇA BEIRA MAR

Sexta, 01/07/2011

14h00 – Exposição "Mestres do Coco Pernambucano".

20h00 - Shows – (Patativa e Topogigio, Coco Renascer, Grupo Cultura Indígena Fethxa e Coco de Praia).

Sábado, 02/07/2011

14h00 – Exposição "Mestres do Coco Pernambucano".

19h00 – Cinema na Praça com os Vídeos: "Mestre Galo Preto" e " A Hora do Coco".

20h00 - Shows – (Pinto do Mato e Maturi, Coco do Mestre Zezinho, Zé de Teté e A Cocada).

OLINDA – PRAÇA DO CARMO

Sexta, 08/07/2011

14h00 - Exposição ''Mestres do Coco Pernambucano''.

14h30 – Aula espetáculo e Oficina de Coco e Ciranda.

20h00 - Shows – (Coco do Mestre Goitá, Chinelo da Iaiá, Mestre Galo Preto e Aurinha e Rala Coco).

Exibição do Filme "Galo Preto, O Menestrel do Coco".

Sábado, 09/07/2011

14h00 - Exposição ''Mestres do Coco Pernambucano''.

14h30 – Roda de Mestres e Griôs.

19h00 – Cinema na Praça com os Vídeos: " Zé de Teté" e " A Hora do Coco".

20h00 - Shows – (Coco do Mestre Dié, Toadas de Pernambuco, Selma do Coco e Grupo Bongar).

__________ 
Gente, publico aqui programação oficial do 12° Encontro de Coco. Este é um ótimo momento para os reencontros entre os mestres e mestras desta tradição. Parabenizo a produção do Farol da Vila, pois eles especialmente na pessoa de Marcos levam a frente um projeto mais que necessário para a tradição do coco e seus artistas.


Alexandre L'Omi L'Odò
Produção do Mestre Galo Preto
alexandrelomilodo@gmail.com

Falecimento de Pai Borel de Xangô - Axexê Mojubá!!

Nosso grande Griot Gaúcho, Alabe, escritor Walter Calixto Ferreira, O mestre Borel se despediu do Aiyé hoje (04/07/2011)! 

Pessoal, é com tristeza que trago esta notícia. Não a tristeza com a morte, pois "vida e morte, ambas so iguais", mas pela dor e revolta que me causa a forma como a vida deste grande guerreiro se encontrava nos seus últimos tempos de vida. Sua casa caindo e problemas com um de seus filhos viciados em drogas. O povo de terreiro através de Babá Diba ainda tentou se organizar para ajudar na resolução destes problemas, para que ele vinhece a ter mais dignidade com sua idade já avançada. Mas Ikú foi implacável e cumpriu sua missão com vigor. A saúde de Pai Borel não andava bem, ele tinha problemas cardíecos.

Conheci Pai Borel pessoalmente. Toquei com ele em mais de um dos Alaiandê Xirê, nos seus Ilús, típicos do Batuque do RS, quando o evento ainda acontecia no Terreiro Axé Opo Afonjá. Guardo dele ensinamentos preciosos, pois ele como um verdadeiro Mestre repassava com sabedoria os conhecimentos sobre nosso culto. Dono de uma consciência impressionante sobre o papel do homem na religião, ele me disse: "vamos tocar, pois o som dos tambores falam mais que todas as línguas". Esta foto quem tem em seu PC ainda hoje é Rita Honotório, que espero poder resgatar um dia.

Um homem de muito caráter, valor, sabedoria, arte, percussividade, talento, carisma, negritude e axé!

Axexê mojubá Pai Borel de Xangô. 
Babá lá nló!!

Alexandre L'Omi L'Odò
Aluno de vida de Borel, um fã eterno
alexandrelomilodo@gmail.com

Quilombo Cultural Malunguinho

Quilombo Cultural Malunguinho
Entidade cultural da resistência negra pernambucana, luta e educação através da religião negra e indígena e da cultura afro-brasileira!