segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Iyemojá Ògúnté Mudou Minha Vida mais Uma Vez - Relato

Iyá Iyemojá Ògúnté na reabertura do Ilé Iyemojá Ògúnté em maio de 2012. Foto de Joannah Luna.

Iyemojá Ògúnté Mudou Minha Vida mais Uma Vez


Ontem minha vida mudou mais uma vez... Não sou preso em, ou a padrões estáticos, gosto de me jogar e viver o que for possível no corpo e em tudo....

Ver nos rituais de axé anuais de nossa casa Iyemojá Ògúnté no corpo de minha iyá Mãe Lu Omitòógún foi profundamente transformador mais uma vez para mim. Ver sua dança tão inusitada, inesperada, quase difícil de compreender, solta, leve, íntegra, viva, forte e africana, me tirou do eixo comum da vida e me colocou defronte a mais maravilhosa possibilidade de ser feliz com o corpo, com a alma e com a consciência. Iyemojá me fez flutuar em mim mesmo, voar nos campos livres do passado da Nigéria e mergulhar nas suas águas, que ela dançava brincando com elas... Essa dança tão atípica só pude ver no Ilé Iyemojá Ògúnté - Terreiro Nagô... Já andei em muitos terreiros do Brasil todo, mas só lá existe este traço da dança de Iyemojá, creio. Nada de dança coreografada, com requintes de passos marcados... Nada marcado, nada esperado, nada ordenado... Simplesmente livre e vibrante...

Fui pego em momento de plena contemplação por Mãe Zite de Ipondá, que da janela me olhou naquela situação e chamou minha atenção com as mãos e fez sinal de "legal" com elas, avisando que estava adorando ver aquilo também... Logo ela veio para o salão e começou a dançar junto com Iyemojá e todo o terreiro veio abaixo em dança coletiva, cânticos, palmas, vibrações e fé. Foi um momento profundo do axé da casa que muito me honra em ter me aceito...

Vi Deus e Deusa em tudo aquilo. Deus e Deusa dentro de Mãe Lu, dentro de todas as crianças que estavam ali tocando, dançando e cantando, dentro de meu pai Paulo Braz, dentro dos tambores, dentro das comidas.... De tudo... Uma vibração tão profunda de paz e misericórdia, de absolvição, de respeito ao sagrado, de harmonia, de transcendência humana dos padrões ocidentais e cristãos que aquilo me salvou mais uma vez... Me salvou do risco de crer num Deus fora de nós, que está acima de nós, e que nos condena. Nuca acreditei por opção própria nessa teologia cristã, e após ter vivenciador tudo isso, pude entender mais ainda que pular fora do barco do sofrimento da vida proposto pela condenação mental do cristianismo me renasceu mais uma vez, reafirmou-me e me fez entender que de fato estou no lugar certo. 

Tinha também muito Deus e Deusa dentro do abraço forte e intenso profundo de Xangô no meu irmão Júnior Boto. Um abraço tão consciente que me fez meditar. Me purificou... Me deu redenção e me elevou ao espírito da terra e do fogo. 

Hoje é a festa de Iyemojá... Vai ser maravilhoso poder estar junto com esta família que tem o que sempre procurei na vida, ciência profunda do amor e África. 

Kolofé, Kolofé, Kolofé! Agô Kolofé!

“Eu só poderia crer em um Deus que soubesse dançar” | Nietzsche.
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Postagem de grande repercussão no facebook. Datada do dia 14 de Dezembro de 2013. Fiz este texto após chegar em casa da abrigação de Iyemojá Ògúnté. E de fato, minha vida mudou. Só poderia mudar perante tanta beleza e divindade pura e transcendente. Minha Mãe Lu é uma mulher inspiradora, e ela também é parte desta transformação linda. Axé e adupé Iyemojá. Kolofé!

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com

Reflexão Afro Teológica Sobre Críticas ao Ilé Iyemojá Ògúnté

Detalhe do bolo de Iyemojá. Foto de Joannah Luna. 2012.

Reflexão Afro Teológica Sobre Críticas ao Ilé Iyemojá Ògúnté


As vezes me pego pensando que a mal formação dos sacerdotes e sacerdotisas no culto aos Orixás deve-se em parte (fundamental creio) a pressa dos iniciados em ter terreiro aberto. Afinal, ter terreiro além de ser um símbolo forte de poder, garante sobrevida financeira a alguns e algumas... Daí acontece que muitos não dominam todos os rituais corretamente, cantam mal, não aprendem as invocações certas, não leem os odús certos, e fazem deste culto um emendado de coisas... Remendos... Aprendizados contínuos... Claro que todas e todos tem que começar algum dia, ninguém aprende tudo, afinal nossa religião ninguém a domina por completo... Mas me veio agora a dúvida: Será mesmo que pessoas novas de idade podem questionar fatos dos mais velhos sérios? De quem vem a raiz? De quem aprende-se? Oq se faz remendando coisas é parte ou não é parte de uma tradição forte viva e vibrante da qual se dá subsídios para os rituais nas diversas casas de culto até hoje? Como poder falar mal de de algo que não se conhece?

Eu mesmo como sou infimamente fraco na parte prática do culto (não que eu não saiba fazer ebó, invocação, falar yorùbá, pois estudo desde os meus 13 anos de idade e já dei muitos cursos, ler odú, e realizar os desejos dos Orixás, cantar etc.), observo, aprendo, avalio, critico intimamente e tiro oq de melhor haver para minha cultura... 
Jamais falo do que não sei, afinal, vivo aprendendo de muitas fontes exatamente para não correr o risco de um dia abrir um terreiro sem ter aprendido como deveria as coisas no axé. Não tenho pressa, Oxum que sabe oq fará comigo no futuro...

Porém, vejo muitos e muitas de nossa religião, tecerem comentários maldosos sobre o Ilé Iyemojá Ògúnté - Terreiro Nagô, casa de culto nagô, de onde faço parte com muito orgulho. Meu pai Paulo Braz e minha Mãe Lu, são pessoas íntegras demais. Pessoas que lutaram e ainda lutam para manter viva a tradição do nagô em PE. Muitos lutam também, mas ali naquela casa tem o sangue de Pai Adão e Malaquias seu filho, correndo nas veias de muitos, vivos e fortes, ensinando e reeducando da cosmovisão do axé a nossa tradição. Todos bebem daquela fonte. Quem tem menos de 50 anos de idade, ou até 60 anos mesmo, bebem dali, mesmo levando pra suas casas partes do que não conseguiram aprender por completo por falta de humildade e capacidade de aprender.Meu pai é um homem complexo. Sábio, velho, e que sabe estudar e não tem vergonha de aprender mais e mais. Ele é um exemplo de perseverança no axé. Mesmo tendo todos os ensinamentos de seu pai, ainda hoje ele pede agô pela sua ousadia de levar a frente a tradição nagô, pedindo sempre agô kolofé a todas e todos ancestrais por estudar e colocar em prática fundamentos perdidos pelo tempo.

Daí, pessoas falarem que a casa é uma confusão, que tem brigas em panela de Iyemojá, que a família não presta, que é muita doidisse, etc. etc. etc. Só me demonstra o quanto estes mais novos não aprenderam... O quanto eles pouco observaram a dinâmica do axé, o quanto estes não absorveram a tradição dos nossos ancestrais mais ilustres de forma correta. Falar da casa que é regida por Ogunté, é falar mal de si próprio. É falar mal daquilo que vc tem dentro de seu pejí... É falar mal de vc mesmo. É negar oq vc ganhou de presente pela luta destes que vieram muito antes de vc.

Morrerei defendendo que ali naquelas simples paredes, naquele pequeno terreiro sem pompa, naquelas simples pessoas de grande axé reside a tradição mais preservada de PE. Pois que os pesquisadores abram os olhos e procurem escrever certo as coisas e parem de fazer pesquisa de gabinete e parem também de entrevistar apenas um lado dos personagens desta história. Aprendam a fazer antropologia ampla e contemporânea. Pois o axé de nossa casa é forte e irradia saberes pra todas e todos. Saberes que com certeza morreram com poucos, que se aventuraram de encarar o vivenciar no axé de forma completa e íntegra. 

Fui aqui muito prolixo para falar de algo simples... Apenas quero dizer que respeite os cabelos brancos dos mais velhos que detém o axé de fato. E procurem falar melhor a língua dos Orixás, pois nossa religião não é apenas pedir por intercessão. Nós somos guardiões de uma memória africana que merece toda e irrestrita dedicação para se manter viva e conservada. Não podemos ser íntegros, dignos e inabaláveis em nossa ética se não aprendermos isso.

Axé e agô kolofé!
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Esta postagem foi feita primeiramente no meu facebook em 27 de dezembro de 2013 por motivos de provocar uma reflexão sobre críticas que o Ilé Iyemojá Ògúnté está sofrendo devido ao incidente ocorrido no ritual da Panela de Iyemojá, em 14/12/2013. Esta mesma postagem gerou grande polêmica nesta rede social e para registrar a coloquei aqui para que mais pessoas tenham acesso. Salve a fumaça e a consciência!

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Prêmio do Patrimônio Vivo de Pernambuco não contemplou o Sacerdote Paulo Braz Ifátòógún em 2013


Pai Paulo Braz Ifátòógún. Foto de Alcione Ferreira. Diário de Pernambuco. 2013.

Prêmio do Patrimônio Vivo de Pernambuco não contemplou o Sacerdote Paulo Braz Ifátòógún em 2013

Não foi desta vez para nosso grande mestre Paulo Braz Ifátòógún. Lutei bastante, fiz uma pesquisa em tempo recorde mas infelizmente o Conselho Estadual de Cultura não o selecionou como Patrimônio Vivo de Pernambuco desta vez. Fico triste por não ter dado esta alegria a ele neste ano, mas, ano que vem, com certeza estaremos tentando de novo este edital para que a cultura tradicional de terreiro possa ter um espaço no reconhecimento oficial do Estado. Pai Paulo nos representa a todos e todas e ele merece ser em vida reconhecido com este prêmio!

Parabenizo os três vencedores deste ano: Maestro Maestro Ademir Araújo, a quem tenho grande apreço por ser um verdadeiro guerreiro da cultura e da política cultura de PE, um homem que não se cala perante a covardia do Estado para conosco; e aos demais ganhadores. 

O Povo de terreiro precisa estar representado neste Panteão de mestres e mestras do Estado. Por isso insistirei até o fim para que Pai Paulo vença! Sou seu filho, e por ele luto mesmo! Axé e Obrigado a todas e todos do Ilé Iyemojá Ògúnté - Terreiro Nagô que me ajudaram a catar as fotos, documentos e tudo mais pra garantir a Pai Paulo o direito pelo menos de concorrer ao prêmio. AXé, axé e axé!!!


Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com

sábado, 12 de outubro de 2013

Um dia para celebrar a Jurema - Matéria sobre o Kipupa Malunguinho no Jornal do Commercio de 21 de setembro de 2013

Fotografia editada da matéria do Jornal do Commercio de 21 de setembro de 2013 - Sábado. Caderno C 3.

Um dia para celebrar a Jurema

Bruna Cabral

Antes dos gajos, das sinhazinhas, do açúcar e da lavoura. Bem antes do tronco da senzala e da escravidão. Quando ainda não era quintal de ninguém e nem sonhava em ser nação um dia, o Brasil já tinha credo. Os índios, legítimos primeiros habitantes de nossa generosa geografia, cultivaram desde sempre uma liturgia verde, que se valia de frutas, ervas, cipós e tudo mais que a natureza tinha a oferecer para mantê-los em contato com o sagrado. Defendida com unhas e dentes até hoje, a Jurema, garantem seus poucos, mas fervorosos seguidores, foi a primeira religião do Brasil. A matriz do que aprendemos a chamar de fé neste País de tantas crenças que se acomodam ou acotovelam do Oiapoque ao Chuí.

Amanhã, essa tradição indígena será celebrada com fartura, música e devoção. A festa vai acontecer na Mata do Catucá, em Abreu e Lima, durante todo o dia. Batizado de Kipupa Malunguinho, o evento está em sua oitava edição e reunirá juremeiros do Brasil inteiro – homens e mulheres, crianças e velhos. Todos com a roupa tradicional da jurema: eles de calça, camisa e chapéu, e elas de saia colorida e torso na cabeça. Todo o roteiro destina-se a lembrar a vida dos índios e negros que se juntaram na fé e na labuta, nas matas do Engenho Pitanga II, bem naquelas imediações onde acontece a celebração. “Homenageamos, acima de tudo, Malunguinho, líder que se elevou à divindade na jurema sagrada. Iremos à mata para louvar e honrar nossos ancestrais”, diz Alexandre L’Omi L’Odò, estudante de história, discípulo e porta-voz da religião.

Além de oferendas em agradecimento a questões resolvidas, os filhos da Jurema levarão seus cachimbos, maracás, ilus e pandeiros para festejar. Música não haverá de faltar. Estão programadas apresentações do Coco dos Pretos, Grupo Bongar, Mestre Zeca do Rolete, entre outros. Para preservar a mata, o uso de velas será proibido. E todo o lixo produzido durante o evento será devidamente recolhido pelos juremeiros. “A mata é nosso espaço mítico. Nosso templo. Temos um respeito enorme por ela”.

E nem poderia ser diferente. Segundo Alexandre, a prática espiritual, restrita ao Norte e, principalmente ao Nordeste do País, carrega a alcunha de uma planta da família das acácias. Raízes da árvore são maceradas e misturadas a outras ervas para compor uma bebida, com efeito alucinógeno, utilizada por iniciantes e iniciados na religião – em diferentes concentrações, claro. “É o que chamamos de ciência da jurema”, explica Alexandre. A bebida, segundo ele, conduz às chamadas “cidades encantadas” da jurema, onde cada um, devidamente guiado e acompanhado por um mestre, tem determinadas revelações. “Ninguém volta igual dessa experiência”, diz.

Por isso mesmo, Alexandre e todos os entendidos da jurema costumam dizer que sua principal liturgia e seu maior dogma é a liberdade. Em seus templos ou em suas casas espalhados por todo o Estado, os filhos da religião são sempre bem-vindos. De manhã, à tarde, durante a noite ou no meio da madrugada. “Cada um tem uma necessidade específica. Às vezes, urgente. Então, procuramos orientação dos mestres para resolver cada questão”, explica Alexandre. Segundo ele, todo conhecimento dos indígenas sobre ervas terapêuticas foi preservado pelos seguidores da religião e é utilizado sempre que necessário. Mas, quando o mal é da alma, o que a jurema tem a oferecer é amparo e orientação. “Nunca fomos proselitistas. Não queremos audiência, nem confetes. Só respeito.”

A quem interessar possa, ônibus sairão do Carmo, a partir das 7h, para fazer o traslado dos participantes. O valor individual é R$ 15. Informações: 81 8887-1496 ou no www.qcmalunguinho.blogspot.com   

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Publico aqui matéria integral do Jornal do Commercio de 21 de setembro de 2013, Caderno C 3. Esta foi a primeira matéria de jornal conseguida para o evento nestes oito anos de atividades. Estamos avançando e querendo ir mais longe, contribuindo para que o povo da Jurema tenha espaço digno para sua história e religião. Salve a fumaça!


Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
Rede Nacional do Povo da Jurema
alexandrelomilodo@gmail.com 

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

VIII Kipupa Malunguinho - Triunfando na Jurema! Agradecimentos

VIII Kipupa Malunguinho (altar) - Foto de Juliana Düb.

VIII Kipupa Malunguinho
Triunfando na Jurema!

Agradecimentos

Mais um ano realizamos o Kipupa Malunguinho, Coco na mata do Catucá com êxito e alegria. Já na VIII edição, continuamos com nossa missão de fortalecer o Povo da Jurema em sua completude, tanto teológica quanto de representação política na sociedade, contribuindo para o levante da auto-estima destes, para que possam se afirmar como juremeiros e juremeiras, colocando a Jurema em um lugar mais decente perante sua história e contribuição para as demais religiões que posteriormente chegaram ao Brasil.

O Kipupa, mais uma vez reafirmo, não é uma “festa nas matas”, ou um “piquenique de Jurema”, ou até mesmo uma “caminhada de Malunguinho”. O Kipupa é o maior encontro de troca de saberes entre juremeiros e juremeiras que existe até hoje no país, evento que traz pessoas de toda parte do Brasil para conhecer um espaço histórico na luta do Povo negro e indígena de Pernambuco, também, para conhecer a história de Malunguinho e vivenciar uma experiência profunda com a ciência da Jurema Sagrada e com os saberes da cultura popular e tradicional em matas sagradas e consagradas à seu Reis e demais entidades e divindades. Também, é um grande ato de fé coletivo consciente, não devemos esquecer... Este momento também faz parte de um calendário já tradicional para nosso Povo, pois setembro já é o mês de Malunguinho para muitos terreiros que entenderam o papel de reconhecer nossas divindades com a dignidade que elas merecem nos rituais internos e na vida cotidiana, afinal, Malunguinho também é um herói de nosso povo, e assim devemos celebrá-lo.

Realizar um evento deste porte não é fácil... Muito trabalho, muita luta, meses de idas e vindas em secretarias, salas, conversando com pessoas, pedindo ajuda, realizando reuniões, correndo e correndo para garantir o melhor em estrutura e condições pra nosso povo se sentir a vontade pra poder juntos expressar o que de melhor temos em nós: nossa ciência.

Assim é o Kipupa Malunguinho, evento que cresceu junto com a consciência do povo da Jurema para construir novos rumos para nossa religião, tendo como referência o herói Malunguinho, guerreiro do Catucá que até hoje nos protege e orienta, cumprindo seu papel histórico e divino.

Temos que agradecer muito a todas e todos que ajudaram o evento a acontecer, pois sem estes não poderíamos ter o realizado, claro (rsrsrs). O evento ainda não tem a estrutura que merece, nem o reconhecimento por parte do poder público local e estadual que almejamos, mas estamos na luta, às vezes até nos humilhando por apoio... Esta fase um dia há de passar, pois creio que as entidades não estão cegas e insensíveis a toda essa luta que travamos pelo nosso povo e por eles também, a final, entendemos tudo isso como uma missão, uma missão cara, difícil, pesada, nada confortável, mas válida e necessária para podermos inverter nosso lugar de exclusão que ainda vivemos. Portanto, lutar foi nossa escolha. Não queremos ficar dentro de nossas casas apenas soltando fumaça pra ajudar “freguês” ou filhos, queremos soltar nossa fumaça pra mudar um paradigma social histórico de exclusão e racismo a que todos nós estamos submetidos indesejadamente, e por isso damos nossa cara à tapa.

Gira com o povo da Jurema no VIII Kipupa Malunguinho. Foto de Rennan Peixe.

Obrigado a Malunguinho por mais um ano de vitórias e agregação de pessoas em prol dessa luta. Obrigado a ciência mestra da Jurema Sagrada que nos permite realizar este evento. Obrigado a Tupã pela nossa existência e força vital. Obrigado a toda equipe do Quilombo Cultural Malunguinho, e a todas e todos que ajudaram mesmo sem pertencer ao QCM oficialmente; Obrigado aos apoios de: Mãe Graça de Xangô pela ajuda imprescindível na vendagem das camisas “A JUREMA MERECE RESPEITO”; obrigado a Pai Messias por ter organizado seu terreiro para contribuir com o evento; Obrigado a Pai Tonho de cajueiro Seco por mais um ano estar conosco; Obrigado a Vado Juremeiro por ter se disponibilizado a organizar o ônibus da Vila das Lavadeiras; Obrigado a Ana de Oyá por ter ajudado a vender uma parte das camisas; Obrigado a todas e todos que compraram as camisas (esta grana ajudou demais ao evento se realizar). Obrigado ao secretário de Estado Oscar Paes Barreto, a Isaltino Nascimento, ao vereador do Recife Vicente André Gomes, ao vereador do Recife Raul Julgmann; obrigado a Prefeitura de Abreu e Lima na pessoa de Wellington Tiago – secretário de Turismo e Cultura do município; obrigado a Amauri Cunha coordenador do Núcleo Afro da Prefeitura do Recife; Obrigado a prefeitura do Recife pelas águas enviadas; obrigado a prefeitura de Olinda através da secretaria executiva da Mulher comandada por Donana Cavalcanti; obrigado à Rita Honotório e sua irmã Juliene pelos fogos doados; obrigado a Juliana Bison por ter se disponibilizado a organizar o ônibus de Peixinhos; Obrigado a Anne Cleide por ter se disponibilizado a ajudar nos ônibus do centro do Recife; obrigado a Graça Bastos; obrigado a Eric Assumpção pela ajuda decisiva para a realização do evento em loco; obrigado a Vivi e a Wilson Maraca pela ajuda imprescindível em toda estrutura do evento um dia antes e no dia, inclusive no esvaziamento dos buracos de lama a balde; Obrigado a Jorginho meu filho que com sua luz me ajudou a suplantar as dificuldades; obrigado a Arthur Lima pela decoração e ajuda em geral que deu; obrigado à Kamilla da Costa pela contribuição efetiva ao evento e na ajuda que deu durante o dia do mesmo; Obrigado como sempre à Juarez e a Nani que sempre nos ajudam muito neste processo; Obrigado a Eliane do Mercado de São José, da Casa Abre Gira por nos ajudar a vender os bilhetes dos ônibus; Obrigado ao SAMU pela cobertura com uma ambulância no local; obrigado à Polícia Militar de Pernambuco nas pessoas da capitã Lucia Helena do GT Racismo da Polícia e do Capitão André Luan; Obrigado ao terreiro Mensageiros da Fé, casa que sustenta os fundamentos de Malunguinho através de Sandro de Jucá e Dona Dora (meus padrinhos); obrigado ao Ministério da Saúde por ter enviado o professor Jayro Pereira de Jesus, e obrigado ao professor por ter vindo do RS dar o curso de Afrobioética na Semana da Vivência e Prática da Cultura Afro Pernambucana e por ter participado do Kipupa com uma fala importante; Obrigado à professora Célia Cabral e a Escola Estadual Mariano Teixeira por terem realizado mais um ano a Semana de Malunguinho (Lei estadual 13.298/07); Obrigado à Alexandre Miranda pelo apoio dado; Obrigado à deputada estadual Tereza Leitão e seu assessor Félix Aureliano pelo apoio dado; Obrigado ao CEPIR e ao Governo do Estado pelo fundamental apoio dado; obrigado a Diego, motorista que me conduziu cruzando toda cidade entre dos dias 18 a 22 de setembro de 2013 – sua sensibilidade e harmonia ajudou muito a tudo dar certo; Obrigado à Nino do Bojo da Macaíba pela confecção de todas as artes usadas no evento; E um obrigado muito especial aos grupos culturais que fizeram a festa vibrar com seus cocos – Coco de Roda Bojo da Macaíba, Coco dos Pretos, Grupo Bongar, Mestre Zé Negão e ao pessoal da LAIA e ao mestre Zeca do Rolete. Ainda, agradeço a todas e todos que esqueci de colocar aqui (reinvidiquem se necessário que coloco – rsrs).

Mesmo tendo levado uns NÃO’S de instituições nacionais de Brasília que deveriam nos ajudar, o evento aconteceu, isso se deve a muita luta.

No meio de todo este processo, ainda pudemos fortalecer mais ainda a Rede Nacional do Povo da Jurema através da grande adesão por parte dos juremeiros e juremeiras e outros presentes que assinaram a ficha de adesão oficial da Rede. Em breve vem novidade por ai do nosso Povo, aguardem...

O IX Kipupa vem ai... Vamos preparar os cachimbos que a pisada vai ser forte! Simbora Povo da Jurema, buscar nosso lugar! Salve a fumaça!!!

Sobô Nirê Reis Malunguinho!
Salve a Jurema Sagrada!

Alexandre L’Omi L’Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
Rede Nacional do Povo da Jurema

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

VIII Kipupa Malunguinho - Fortalecendo o Povo da Jurema!


VIII Kipupa Malunguinho
Fortalecendo o Povo da Jurema

Mais um ano vamos celebrar juntos a força da memória do Reis Malunguinho na Jurema Sagrada. Nosso oitavo ano de atividade coletiva é motivo de orgulho para as comunidades tradicionais de terreiro, pois com muita luta, estamos conseguindo (mesmo que com todas as dificuldades óbvias) desmarginalizar a Jurema de seu processo histórico de exclusão no campo da pesquisa acadêmica e por conseqüência no campo da mentalidade das demais religiões, pessoas etc. Tudo isso com a força sagrada de nosso grande herói negro/índio Malunguinho, que nos dá forças para prosseguirmos nesta estrada de muita luta e alegrias, de trabalho e vitórias.

Teremos como atrações artísticas:

Mestre Zé de Teté
Mestre Zeca do Rolete
Mestre Zé Negão
Grupo Bongar
Bojo da Macaíba
Coco dos Pretos
E, Luciene Loyce (lançando CD com cânticos de Jurema)

As homenagens do Prêmio “Mourão Que Não Bambeia” pelos seus grandes feitos pela Jurema vão para:

Mestre Deodato – Dió
Pai Messias da Rua das Moças
Dona Elisa do Coco
Mãe Zuleide de São Lourenço da Mata
Dr. Prof. Marcus Carvalho da UFPE
Dona Lourdes de João Romão
Mãe Leônidas – In memoriam
Mãe Dada – In Memoriam

Contamos com a participação de todas e todos para juntos fazermos um lindo encontro nas matas sagradas do antigo Catucá.

Para entender tudo sobre o Kipupa, leiam o texto do pesquisador Alexandre L’Omi L’Odò em seu blog: 

Informações sobre o evento (leiam tudo para não terem dúvidas):

R$: 15 reais o valor para comprar os bilhetes dos ônibus – Comprar no Mercado de São José, Box de Eliane. Ou, comprar nas mãos dos coordenadores.

Quem vai de CARRO, KOMBI, VAN, ETC. terá que se encontroar com todos às 8h da manhã em frente à Prefeitura de Abreu e Lima para juntos entrarem na mata. Não entrem sós, pois podem se perder, o caminho é longo e confuso. Também, mesmo quem vai de carro pode contribuir com os R$: 15 reais, já que o evento é feito com a contribuição de todas e todos.

O local principal de saída dos ônibus é no Memorial Zumbí dos Palmares, Pátio do Carmo no Recife às 7h da manhã. Sem atrasos. O retorno é às 18h.

Alguns terreiros estão se organizando para saírem ônibus de suas casas, quem quiser se agregar em alguns destes terreiros, se articular individualmente e falar com os juremeiros e juremeiras responsáveis.

Os juremeiros e juremeiras devem ir com roupa tradicional da Jurema, homens de calça, camisa e chapéu. As mulheres de saias coloridas, torso ou chapéu. Levem seus cachimbos, maracás, ilús, pandeiros e todos os objetos que acharem necessário. Vamos fazer uma festa bonita com o colorido tradicional da Jurema. Vamos manter viva nossa raiz a começar pelas roupas.

Quem desejar levar oferendas para Malunguinho fiquem a vontade, desde que sejam oferendas perecíveis, pois cuidamos muito da Mata Sagrada e não admitimos poluição no local. Portanto, confeitos, balas e doces tirar das embalagens de plástico. Bebidas só o líquido é permitido oferecer (as garrafas recolher), Alguidares serão recolhidos após os atos de oferenda, Cigarro é proibido deixar as piolas. Animais não serão imolados no local. Favor respeitar todas estas normas.

É PROIBIDO ACENDER VELAS DENTRO DA MATA. No altar de Malunguinho haverá local para firmarem seus pontos de luz.

O Kipupa é um evento cultural e religioso, e por estes motivos, quem não for da religião, favor não tirar camisa no local, não usar drogas, não entrar na mata para outros fins que não sejam louvar Malunguinho.

Os fotógrafos profissionais que forem ao evento, assim como os que irão filmar, avisamos que todo material feito/captado no local deve ser repassado posteriormente (semana seguinte) em alta qualidade ao Quilombo Cultural Malunguinho, nas mãos de seus coordenadores. Não permitiremos fotografar sem esta condição.

No local haverá comida e bebida a vontade para vender. A comunidade da Mata do Engenho Pitanga II é nossa parceira e colocam bastante comida variada à venda. Portanto, não se preocupar com comida. Quem quiser levar sua comida fique a vontade.

Não será permitido adentrar o rio dentro da mata, pois o local é de difícil acesso e não garantiremos socorro lá.

HAVERÁ AMBULÂNCIA (UTI MÓVEL) NO LOCAL E SEGURANçA.

HAVERÃO BANHEIROS QUÍMICOS

As pessoas podem levar suas faixas e homenagens à Jurema e ao encontro sem nenhuma restrição.

O local do Som será aberto para intervenções de terreiros, portanto fiquem a vontade para se expressarem.

Vamos fazer uma linda festa como todo ano tem sido. Com paz, harmonia, fá e amor. Malunguinho tem dado muitas graças para os que o procuram. Portanto, vamos de coração aberto para celebrar a vida e nossos ancestrais negros e indígenas com a força da união da Jurema Sagrada. Todo este ato é uma luta contra o racismo explícita, o Kipupa é um ato para organizar o Povo da Jurema, portanto, não vamos ter nenhuma vergonha de “baixar” nossos caboclos e caboclas, mestres e mestras, trunqueiros etc. este é um dia de liberdade religiosa para a Jurema, vamos colocar toda nossa ciência pra fora, vamos fumaçar!

Sobô nirê Malunguinho!!

Contatos:

81. 8887-1496 / 9525-7119 / 9428-7898 / 9955-9951

Produção e Coordenação

Alexandre L’Omi L’Odò – alexandrelomilodo@gmail.com
João Monteiro – dundunmonteiro@yahoo.com.br
Sandro de Jucá – sandrodjuca@hotmail.com


Alexandre L’Omi L’Odò
Quilombo Cultural Malunguinho

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Semana da Vivência e Prática da Cultura Afro Pernambucana 2013


Semana da Vivência e Prática da Cultura Afro Pernambucana 2013

Divulgamos com muito orgulho a atividade da Semana da Vivência e Prática da Cultura Afro Pernambucana 2013 realizada pela guerreira e membro do Quilombo Cultural Malunguinho professora Célia Cabral. Vejam a programação abaixo e divulguem.

ESCOLA MARIANO TEIXEIRA
SEMANA DA VIVÊNCIA E PRÁTICA
DA CULTURA AFRO-PERNAMBUCANA
Instituída pela Lei estadual 13.298/07 (lei Malunguinho)

Dia 12/09/13 (quinta-feira)
Palestra: A cultura afro-pernambucana
Palestrante: Célia Cabral da Costa Arruda (socióloga e historiadora)
Local: CTE da Escola
Horário: 10h20, 16h20 e 19h30

Dia 13/09/13 (sexta-feira)
Apresentação do Teatro de Fantoches BAOBÁ com o tema:
Malunguinho, herói pernambucano
Local: CTE da Escola
Horário: 10h20, 16h20 e 19h30

Dia 14/09/13 (sábado) e dia 15/09/13 (domingo)
Acessar o site www.qcmalunguinho.blogspot.com a direção, coordenação, professores, alunos e funcionários da comunidade escolar, deixar uma mensagem para a Instituição Quilombo Cultural Malunguinho.

Dia 16/09/13 (segunda-feira)
BAÚ DAS DESCOBERTAS (roda de diálogos, dinâmicas, músicas, etc)
Participantes: direção, coordenação, professores e responsáveis pela biblioteca
Local: Biblioteca Clarice Lispector
Horário: 10h20, 11h10, 16h20, 17h10 e 19h30

Dia 17/09/13 (terça-feira)
JOGRAL: Oração da Resistência (Prof.ª Célia Cabral e alunos)
DANÇA: coco de roda (Prof.ª Márcia e alunos
POESIA para Mestre Galo (Prof.ª Célia Cabral)
CAPOEIRA: Grupo Cobra (Mestre Marcelo)
Local: CTE da Escola
Horário: 16h30

DIA 19/09/13 (quinta-feira)
ENCONTRO COM A DIVERSIDADE CULTURAL AFRO-PERNAMBUCANA
Participantes: professores de português, matemática, história, geografia, biologia, química, filosofia, sociologia, direitos humanos, educação física, empreendedorismo e artes
Local: Pátio da Escola
Horário 15h e 17h30

Encerramento: Gestora Jaqueline Maux, coordenação, professores


Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com 

Curso de Afrobioteoética na Semana Estadual da Vivência e Prática da Cultura Afro Pernambucana 2013

Professor Jayro Pereira de Jesus - Coordenador da STAF. Foto/Divulgação.

Curso de Afrobioteoética na Semana Estadual da Vivência e Prática da Cultura Afro Pernambucana 2013
Curso de Afrobioteoética: A Sacralidade Existencial do Ser-Força Humana na Visão de Mundo Afrocentrada


O Quilombo Cultural Malunguinho dando continuidade a aplicação da Lei Malunguinho 13.298/07 e a ESTAF - Escola de Filosofia e Teologia Afrocentrada tem a honra de oferecer ao povo pernambucano e as comunidades tradicionais de terreiro este imperdível curso para o avançar intelectual de nossas mentalidades e consciência. Aproveitem, a Semana de Malunguinho está rica em atividades. 


Curso: Introdução a Afroteobioética / Afrobioteoética
Carga horária: 60 – 44 h/a presencial e 16h para elaboração de trabalho de conclusão sob orientação à distância.

Tarde das 14 às 17h; noite das 19h00 às 22h00

Ministrante: Prof. Jayro Pereira de Jesus (Ògìyán Kalafò Olorode) - Teólogo de formação e Teólogo Afrocentrado da Tradição de Matriz Africana, Afro-umbandista e Indígena.

Nº de vagas do curso: mínimo: 30 máximo: 60

Local do curso: Teatro Arraial da FUNDARP – Rua da Aurora, 264 - Centro - 

Local para inscrição: Núcleo de Cultura Afro, Casa 34 – Pátio de São Pedro – Recife – Centro.
Fones: (81) 3355-3100 / 9665-1735 (Amaury Cunha). 

Apoio logístico e pedagógico: Prof. João Monteiro – Fone (81) 8649-8234 – e-mail: dundunmonteiro@yahoo.com.br e Leandro Tavares – Fone (81) 9223-4883 – email: leo_tavares@hotmail.com


Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Organize seu ônibus para o VIII Kipupa Malunguinho


É muito mais fácil conseguir 50 pessoas pagando 15 reais cada para que o ônibus rumo ao VIII Kipupa Malunguinho saia de um local estratégico (sua casa, seu terreiro, seu centro cultural ou comunidade). Os terreiros ou grupos de pessoas que quiserem ter maior conforto sem precisar se deslocar até o centro da cidade no dia do evento para pegar o ônibus, podem nos solicitar os bilhetes antecipados para serem vendidos garantindo seus ônibus próprios. Após pago o valor arrecadado, mandamos o ônibus para o local escolhido por você para que vá buscar e levar de volta no ponto selecionado. É simples. Basta entrar em contato no: 81. 8887-1496 / 9525-7119 / 9428-4898 e falar com os coordenadores do evento.


Salve a fumaça e aguardamos todas e todos de forma mais organizada.


Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
coordenação
alexandrelomilodo@gmail.com 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Bilhetes dos Ônibus do VIII Kipupa Malunguinho já à venda no Mercado de São José, no Recife.


Vamos garantir a vaga nos ônibus do VIII Kipupa 

Bilhetes dos Ônibus do VIII Kipupa Malunguinho já à venda no Mercado de São José, no Recife.

Os juremeiros e juremeiras, povo de terreiro e interessados já podem ir comprar por 15 reais os bilhetes dos ônibus para o VIII Kipupa Malunguinho. É só chegar no Box de Eliane, que é uma das pessoas mais conhecidas dentro do Mercado de São José e solicitar o seu. Garantam logo seus lugares nos ônibus, pois só venderemos os bilhetes até o dia 20 de setembro de 2013.

Para saber mais do evento veja em: www.qcmalunguinho.blogspot.com 
Ou ligue: 81. 8887-1496 / 9525-7119

Muitos e muitas as vezes questionam a venda destes bilhetes, uns perguntam se é pra "se pagar pra fazer macumba", ou se estamos "vendendo a Jurema" e outras falas críticas sem entendimento do processo do que é e de como é feito o Kipupa. Gostaria de esclarecer que o evento é feito para celebrar a memória do líder negro/indígena Malunguinho, e por consequência, é uma forma de celebrar a Jurema Sagrada e a cultura popular que nela encontra sobrevivência, portanto, além disso, também é para contribuir no processo de preservação e desmarginalização do Povo da Jurema e suas práticas no imaginário geral da sociedade classicamente racista e ocidental judaico-cristã. O evento não tem quase nenhuma apoio e é feito com a ajuda coletiva dos que por motivos diversos contribuem para sua realização financeiramente ou com trabalho e outras formas de ajuda. 

Entendido isso, contamos com a presença dos mais de 70% dos terreiros de Recife e Região Metropolitana que são de Jurema Sagrada e com toda comunidade de terreiro, artistas, brincantes, pesquisadores, outros religiosos e interessados para fazermos juntos um grande encontro com pessoas de toda parte. 

Salve a fumaça!
Salve o Reis Malunguinho!
Sobô Nirê!

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Vamos celebrar Malunguinho!


Vamos celebrar Malunguinho!
Dia 22 de setembro nas matas sagradas do antigo Catucá

Divulgamos a capa para o facebook do VIII Kipupa Malunguinho. Contamos com o apoio de todas e todos para juntos divulgarmos na internet este evento que a cada ano tem crescido mais e mais fortalecendo a comunidade do Povo da Jurema. 

Mais informações sobre o Kipupa por favor visitar:


Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Camisas "A JUREMA MERECE RESPEITO"! Já à venda.

Layout da camisa.

Mídia humana a favor da Jurema Sagrada
Camisas "A JUREMA MERECE RESPEITO"! Já à venda.

Nós do Quilombo Cultural Malunguinho, dando prosseguimento aos trabalhos de fortalecimento de Malunguinho e da Jurema Sagrada no âmbito geral da sociedade Brasileira, criamos a campanha "A Jurema Merece Respeito"! para contribuir no avanço necessário que esta religião deve ter no meio das demais religiões. Como naturalmente alude o tema da campanha, se a Jurema merece respeito, é porque ela não é respeitada como merece. Percebendo isto, e o forte processo de descaracterização desta tradição por parte de seus membros, e  ainda todo racismo e preconceito advindo de outras religiões que a julgam inferior, além de, e também, de termos o desserviço da academia que divulgou durante décadas conceitos equivocados sobre a Jurema, tais como: "Xangô misturado", "religião impura", "ceita de desqualificados" etc. é que investimos com fé nas camisas.

A mídia humana é um elemento forte para divulgar campanhas. Usar a camisa nas ruas é uma forma de mostrar a todos e todas o quanto temos orgulho de nossa religião e tradição. Por isso queremos vender muitas camisas e propor esta ideia de forma ampla para os juremeiros e juremeiras e toda comunidade de terreiro do Brasil, além dos interessados, claro.

Quem se interessar, a camisa CUSTA R$: 15. Podemos enviar pelos correios (valor da camisa + custos de envio).

Temos nos tamanhos: "P", "M", "G" e "GG".

Interessados entrar em contato:

Alexandre L'Omi L'Odò - alexandrelomilodo@gmail.com / 81. 8887-1496 / 9525-7119
João Monteiro - dundunmonteiro@yahoo.com.br / 81. 9428-4898
Sandro de Jucá - sandrodjuca@hotmail.com / 81. 8643-1146

Por favor divulgar.
Sobô Nirê Reis Malunguinho!
Salve a fumaça!!

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com

Quilombo Cultural Malunguinho

Quilombo Cultural Malunguinho
Entidade cultural da resistência negra pernambucana, luta e educação através da religião negra e indígena e da cultura afro-brasileira!