sábado, 29 de janeiro de 2011

I Catucarte Cultural

Pessoal convido todas e todos para participar do I Catucarte Cultural no bairro do Alto da Bondade, em Olinda. Será um evento muito rico de cultura e articulação das comunidades onde outrora foi o Quilombo do Catucá, os domínios de Malunguinho. Segue cartaz. Divulguem.

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
81. 8887-1496

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Meu Tempo é Agora - 100 anos do Terreiro Ilê Axé Opo Afonjá

A cada dia me orgulho em pertencer ao Orixá e a Jurema. Nada mais legitimador que a fala de uma sábia de minha religião, Mãe Stella da Oxóssi, uma sacerdotisa que me eleva a pensar como penso, a compreender como compreendo e a caminhar como caminho. Adupé Iyá mi, Adupé gbogbo Iyá agbá ti Ilé Àsè Opo Afonjá! 100 anos de pura tradição e orientação construtiva para o povo negro. indio brasileiro. Vejam!

Alexandre L'Omi L'Odò
Iyawò Ti Osún
Juremeiro

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Texto do Professor Jayro Pereira de Jesus ao Jornal Diário de Pernambuco. Críticas...

Professor Jayro Pereira de Jesus. IV Kipupa Malunguinho. Foto de Maíra Gamarra

Texto do Professor Jayro pereira de Jesus ao Jornal Diário de Pernambuco

Posto aqui, texto original feito pelo professor Jayro Pereira de Jesus, teólogo das religiões afro indígenas, que ao estar morando no Estado de Pernambuco, decidiu fazer uma crítica à mídia local em relação a cobertura das posses dos Ministros do Governo Dilma, ao qual percebeu a total falta de atenção à posse da ministra Dra. Luíza Bairros, da SEPPIR - Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Também fez uma sensata crítica ao modelo de gestão do CEPIR do Estado de Pernambuco, que ao entender dele é: "Medíocre". Este texto saiu no Jornal Diário de Pernambuco de 14 de Janeiro de 2011, na página B4, do editorial, na parte de Cartas à Redação. O texto saiu na íntegra e vale a pena ler para refletir sobre suas sanções.

Texto Original:

Política de Igualdade Racial

Ao se ler os jornais nesse período de instalação do novo mandato presidencial, com a primeira mulher presidenta da República, verifica-se invariavelmente que as matérias com relação às posses dos ministros do governo federal mereceram relevantes coberturas das mídias em geral, com exceção da posse da ministra de Política de Promoção da Igualdade Racial, Dra. Luiza Bairros em que as notícias se ativeram a notas epigráficas. Trazendo a questão para o governo do Estado de Pernambuco, a percepção é a de que a política das relações étnico-raciais é tratada e decidida aqui no âmbito das relações domésticas familiares à revelia das organizações do movimento social negro, ficando denotada nessa prática ainda fortes resquícios da sociologia colonial da casa grande e senzala. O homicídio de jovens afrodescendentes no Estado é assustador e por isso tem que se cuidar para que o Pacto pela Vida, não se converta no Pacto pela Vida Eterna a ponto de se configurar numa política efetiva de extermínio consentido. Enfim, a política de promoção de igualdade racial do Estado de Pernambuco é inquestionavelmente medíocre, de caráter personalista e autopromocional com requintes de excentricidade em que as realizações de natureza insipiente e folclórica têm acabado por banalizar, desmerecer e descredibilizar a questão racial de forma a aviltar a dignidade do povo negro desse Estado que precisa ser consubstanciada e que de acordo com a ministra Luiza Bairros: “é preciso potencializar as ações para consolidar a cidadania negra” (DP, Política, p. A8, 4/1/2011).

Jayro Pereira de Jesus

(Teólogo da Religião Afro)

teologiaafro@yahoo.com.br

Veja a digitalização do Texto:

Texto do Professor Jayro Pereira de Jesus na página Cartas à Redação do Jornal Diário de Pernambuco de 14 de Janeiro de 2011.

Alexandre L'Omi L'Odò.
De Terreiro!
alexandrelomilodo@gmail.com

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Música para o Rei Malunguinho da Jurema Sagrada. Do Grupo Bojo da Macaíba.

Malunguinho Trunqueiro do Juremá. Foto de Alexandre L'Omi L'Odò.

Publico aqui a música feita para o Mestre Malunguinho, pelos amigos do grupo Bojo da Macaíba. Assim que tiver gravada, com certeza colocarei disponível aqui. Esta ação mostra que o trabalho do Quilombo Cultural Malunginho tá surtindo efeito, Maluguinho está a cada dia mais conhecido como herói negro guerreiro e divindade da Jurema, isso é muito importante. Valeu galera do Bojo, mojubá!!

Música para o Rei Malunguinho da Jurema!

SALVE O MESTRE MALUNGUINHO
MALUNGUINHO VAMOS SALVAR

MANDEI FAZER UMA VELA DE CERA DE ABELHA
PRA COLOCAR NA PORTEIRA
PARA O MESTRE ME AJUDAR
O MESTRE É GRANDE O MESTRE ABRE O CAMINHO
SALVE O MESTRE MALUNGUINHO
GUARDIÃO DESSE LUGAR

SALVE O MESTRE MALUNGUINHO
MALUNGUINHO VAMOS SALVAR

NEGO MALUNGO É ESPERTO É GUERREIRO
É BOMDOSO, COMPANHEIRO
ELE É REI DE CATUCA
ERA TEMIDO POR TODOS SENHORES BRANCOS
TEM A CHAVE DO ENCANTO
PARA OS FILHOS LIBERTAR

MALUNGUINHO VAMOS SALVAR.

Ritmo: Coco
Letra: Nino Souza
Música: Bojo da Macaíba

Conheçam o gruponos links abaixo:

www.obojodamacaiba.blogspot.com

Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho

alexandrelomilodo.blogspot.com

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Reflexões Afro-indígenas Teológicas - Professor Jayro Pereira de Jesus

Reflexões Afro-indigenas Teológicas

Reflexão 1

Os terreiros da religião de matriz africana e indígena são lugares da diversidade humana incondicional, pois tem na xenofilia o seu pressuposto teológico e filosófico; porém, essa prerrogativa não pode ser confundida a ponto de convertê-los em verdadeiros antros em que subjetiviades reprimidas são exercidas, dando lugar às libertinagens em que o divino ou o sagrado se confundem com as próprias personalidades ou idiossincrasias dos indivíduos dirigentes, bem como dos/as frequentadores/as sejam eles/as assíduos/as ou esporádicos/as dos “templos religiosos” afro-indígenas.

Reflexão 2


A religião de matriz africana e afro-indígena possui uma teologia e
uma filosofia que prima pela potencialização da Existência considerada como sagrada e não pela diminuição da mesma, em que a “energia” é manipulada no sentido contrário ao do engendramento da Vida enfim. Quem da Religião Afro apregoa malefícios, sobretudo, atentados à Vida, devem possuir matadores e/ou grupos de extermínios associados ao terreiro para assim conferir fidedignidade aos ditos feitiços, trabalhos, catimbós, etc. Tais elementos (homens e mulheres) que se utilizam da religião da Vida como a dos Orixás, dos Inquices, Voduns, etc., para a morte, precisam ser denunciado aos órgãos públicos de seguranças, pois se utilizam de meios mecânicos para perpetrar seus crimes.

Reflexão 3

Na religião de matriz africana e afro-indígena, o Corpo enquanto estrutura das pessoas (dos homens e das mulheres) na sua compreensão biomítica ou antropotheogônica é tido como uma espécie de território do Sagrado. Nessa concepção reside a improbidade de toda e qualquer violência física ou simbólica tantos aos Entes animados como aos inanimados humanos e da natureza. Um/a adepto/a, um/a iniciado/a, em especial, deve abster-se de todo e qualquer ópio para assim não macular a sua sacralidade existencial. As drogas de toda e qualquer natureza ou espécie não podem ser usadas por iniciados/as, em especialmente. Templos Afros que usam e estimulam, portanto, o uso de entorpecentes deve ser denunciado, porque atentam contra os fundamentos teológicos e filosóficos da cosmovisão africana, em particular.

Jayro Pereira de Jesus.
Teólogo/ATRAI
teologiaafro@yahoo.com.br

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Publico aqui reflexões importantíssimas feitas pelo Professor Jayro Pereira sobre a nossa religião de matriz afro indígena, é importante que todos leiam e coloquem seus pontos de vista, pois essas são discussões imprescindíveis ao nosso meio. A foto é de Maíra Gamarra, no IV Kipupa Malunguinho, nas matas sagradas do Catucá em 2009.

Alexandre L'Omi L'Odò.
Quilombo Cultural Malunguinho

Quilombo Cultural Malunguinho

Quilombo Cultural Malunguinho
Entidade cultural da resistência negra pernambucana, luta e educação através da religião negra e indígena e da cultura afro-brasileira!