sexta-feira, 11 de maio de 2012

Querem deturpar as discussões sérias sobre a Jurema Sagrada

Preacas (arcos-e-flechas de guerra) de Caboclo na Jurema. Foto de Laila Santana.

  Querem deturpar as discussões sérias sobre a Jurema Sagrada

É claro que as discussões religiosas e políticas entorno da Jurema Sagrada são coisas recentes no campo do diálogo e autoconhecimento do povo de terreiro. Se muito, tem dez anos que este tipo de discussão vem sendo fomentada e levada pelo QCM - Quilombo Cultural Malunguinho, entidade que nos meados de 2004 iniciou um processo de fortalecimento destas temáticas a partir do personagem negro Malunguinho, que é uma divindade da Jurema Sagrada e também um herói negro/índio da história de Pernambuco. Neste tempo (2004), a entidade chamava-se ainda de Grupo de Estudos Malunguinho, que tinha como objetivo promover encontros entre a academia e do povo de terreiro para discutirem juntos temas da teologia, história, cultura, política e transcendência, entre outros temas, no espaço do Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano, o APEJE. Neste local repousam parte fundamental da documentação histórica de todo Estado de PE.

Hoje vemos disfarçada de discussão uma série de críticas destrutivas a este trabalho histórico do QCM. Coisas como, “Vocês querem ser os donos da Jurema”, “Vocês são o IMETRO da Jurema”, “Malunguinho pra baixar nos terreiros vai ter que pagar pedágio a vocês”, e mais um monte de absurdos que só explicitam o despreparo total e o nível de discussão de nosso povo em encarar temáticas e problematizações objetivas sobre religião e ética em nosso meio.

Recentemente, um caso chamou muito a atenção da mídia na internet, em especial no facebook, uma rede social virtual. Um de nossos irmãos da Jurema postou uma fotografia onde expunha um homem “manifestado” com a Mestra Paulina, vestido como mulher, sendo segurado por mais 3 homens. A princípio, sabemos que as práticas da Jurema dentro dos terreiros tem se transformado de forma bastante estranha e descaracterizada nos últimos anos. E também compreendemos que estas transformações são fruto da péssima formação dentro dos terreiros. O que impera hoje neste meio é o ego e a auto-lógica de fazer e recriar a religião de forma irresponsável, descompromissada com a ancestralidade e a história. Uma espécie de auto-recriação do mundo espiritual, mítico, místico e religioso...

Como quase não há mais pessoas antigas dispostas a ensinar, os mais jovens se sustentam na lógica de fazer a coisa por suas próprias mãos, ou por suas próprias lógicas psicológicas... E é óbvio que isso deturpa a tradição. Isso degenera o patrimônio imaterial que é a Jurema e também vulgariza uma prática ancestral de cura e de cosmovisão de mundo.

Dentro deste contexto, ao criticarmos na internet certos tipos de absurdos afro indígenas teológicos, somo nivelados a baixarias distintas por parte de pessoas que enxergam estas críticas provocativas nossas como algo ofensivo e destrutivo meramente. Não avaliam nem racionalizam o sentido de contribuir na tentativa de reconstrução da identidade perdida nem da lógica de irmanação que propomos com estas atitudes. Sempre empobrecem a temática dizendo assim: “Vão cuidar de suas casas”... Querendo dizer para não nos metermos na vida deles... Como se a religião fosse uma coisa particular de cada casa... E ainda se vitimizam, afirmando que os perseguimos, fazendo um jogo para esconder seus equívocos.

Esta lógica de individualização cosmológica é absurda e até criminosa. Como pode eu dizer que dentro de minha casa eu posso fazer o que quero com a Jurema, sendo a Jurema uma religião de todos e todas? Partindo destas observação, podemos abrir um precedente enorme de discussões intelectuais e religiosas sobre o tema.

Entendemos as limitações postas historicamente para todo povo indígena e negro neste país. Compreendemos onde estamos e com quem estamos, mas isso não pode ser considerado um elemento válido para pormos panos mornos nestas discussões. Não podemos ser omissos com o sério problema da ameaça de extinção que nossa religião está sofrendo. Temos que reagir.

Muitos afirmam: “Deixa isso pra lá, esse povo é tudo burro e ignorante”... Ou ainda dizem: “Vocês são doidos em falar certas coisas, se fosse eu ficava calado”. Não acreditamos nestas afirmações, sabemos que este povo tem saber e ciência, portanto, condições de crescer nas discussões e entendimentos sobre a própria religião. Para nós, o preocupante, assim como afirmou Martin Luther King é: “O que me (nos) preocupa não é o grito dos fortes e sim o silencio dos fracos”... E, é este silêncio que nos condena ao lugar dos fracos e oprimidos, atmosfera que não queremos nos inserir nem nos manter. Assim como revela o provérbio: “O silêncio é a virtude dos fracos”, podemos interpretar que o grande silencio que paira sobre este tema por parte de pessoas sérias da religião advém de sua condição de histórico-psicológica de inferioridade, descrença e despreocupação total com o futuro da religião. Isso sim nos estimula a tentar muito mais ainda trazer a Jurema para um espaço de discussão ampliado. Para tentar contribuir concretamente para salvá-la. Vamos tentar fazer isso em futuros (breves) projetos nossos que pretendem trazer todo este povo pela primeira vez para contribuir em um pensamento coletivo da nossa gente.

Chega de palavras presas, de dores engolidas a seco, de perdoar o erro dos amigos por pura falta de amor e respeito à Jurema. Temos que falar, respeitando claro, as pessoas. Sempre respeitamos.

Portanto, pedimos aos amigos e amigas que se unam entorno desta questão nossa. Vamos discutir, fomentar mais diálogos, ajudar as pessoas a compreender mais os nossos problemas e tentarmos juntos vencer estes absurdos que só nos expõem ao ridículo e ao infortúnio.

Enquanto uns dizem na internet que vão “colocar mais fotos de mestras travestidas e fechando”, temos que dizer que a Jurema é uma beleza desconhecida ainda por eles mesmos.

Salve a fumaça e vamos transcender este limite da ignorância! Abaixo a omissão.
"Vamos salvar a Jurema, que é de nossa obrigação"!
Sobô Nirê!


Alexandre L’Omi L’Odò.
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomilodo@gmail.com

13 comentários:

Unknown disse...

Atualmente e existem algumas leis que protegem os negros da discriminação racial. A Lei nº 9.459 , que complementou a Lei nº 7.716, define o racismo como crime.
Outra conquista importante no âmbito da educação e da preservação da cultura dos negros foi a Lei nº 10.639/03, que alterou a lei nº 9.394/96 – das Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que incluiu no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática de História e Cultura Afro-Brasileira.
Outra lei importante é a de cotas para negros nas Universidades, que assegura 20% das vagas em Universidades para negros, pardos e indígenas. O que falta é uma lei de respeito as pessoas que tem sua religiosidade acertada e bem resolvida, pois é muita falta de respeito quando se dirigi a algo tão sério e vivo, que é essa ciência e cultura espiritualista.

Unknown disse...

Caro Alexandre. Infelizmente estão fazendo por ai uma "jurema" que mais se assemelha a um cabaré do que a um culto religioso. Me entristesse enormemente ver que cada vez mais as coisas são niveladas por baixo, fazendo com que as pessoas que não conhecem a Jurema verdadeira, terem as piores impressões possiveis da nossa religião. Cabe a cada um de nos, combater as aberrações e cultuar de verdade.

RINALDO KARINBÓ disse...

Alexandre Meu irmão o Blog ainda é um veículo onde nosso povo não tem total dominio, alguns como eu, tem no maxímo conhecimento parcial de algumas redes socias; Assim acho muito pertinente sua observação diante de aberrações que vejo, e se pudessemos postar nas redes onde os nossos irmãos de jurema possam pelo menos ler e tira suas propias analises séra mas um passo dado nesse caminho importante na preservação da jurema como religião e não como apresentação artistica afim de se obter com isso uma satisfação pessoal de uma alegria fantasiosa de desdobramentos implicitos de ausencia de saciedade emotiva de afeto carnal ou (A ambição comete, em relação ao poder, o mesmo erro que a ganância em relação à riqueza: começa a acumulá-la como meio de felicidade, e acaba a acumulá-la como objetivo.
-- Charles Colton).
Obs: eu espero minha oportunidade para falar pois sei a força sagrada da nossa jurema sagrada então sei que o sagrado não falha e vai mostrar o esclarecimento aos nossos irmãos que estão fora do caminho real da religão.
MALUNGUINHO SOBÔ...

Alexandre L'Omi L'Odò disse...

Irmão Rinaldo karinbó, suas palavras foram 100% pertinente. Esteja junto desta discussão para podermos contribuir de forma mais ampla para com nosso povo. Copie o link da postagem e publique no seu orkut e em outras redes que vc ache que o povo de terreiro possa acessar estas informações com mais facilidade ok. Nos ajude a ampliar este diálogo. Axé e gostei de mais ver vc por aqui. Salve a fumaça!

Chico Rua disse...

SARAVÁ O POVO DA JUREMA!!!!!! MEU AMIGO E IRMÃO ALEXANDRE, FICO MUITO TRISTE COM ESTA SITUAÇÃO MAIS ISSO NÃO ME TRAZ NENHUMA SURPRESA POIS ASIM COMO A DISCUSSÃO EM TORNO DO RACISMO QUE PARTE DAS PESSOAS TENTAM DESCONSTRUIR DIZENDO QUE EXISTE O RACISMO AO CONTRARIO, QUE NÃO DEVIA EXISTIR COTAS E TAL, ALGUNS QUE SE INTITULAM "JUREMEIROS" ESTÃO TENTANDO DESCONSTRUIR UMA HISTORIA DE RESPEITO, AFIRMAÇÃO POLITICA E RELIGIOSA QUE O QUILOMBO CULTURAL MALUNGUINHO FAZ E DESENVOLVE. POR TANTO EU CHICO RUA NÃO ADMITO QUE PESSOAS QUE SÓ FAZEM DESTRUIR A IMAGEM DA JUREMA SAGRADA VENHHAM COM ESTE DISCURSO, PESSOAS QUE COM ATITUDES DESRESPEITUOSA COM O ARGUMENTO DIZENDO-SE ENCORPORADOS POR SENHORAS MESTRAS E SENHORES MESTRES PROMOVENDO UM ESPETÁCULO ESNOBE BURGUÊS REPRODUZINDO A IDEIA DE INFERNO SITADA PELO O CRISTIANISMO, DESCARACTERIZANDO ASIM A VERDADEIRA PROPOSTA DA JUREMA SAGRADA QUE AKI FOI DEIXADA E NOS ENSINADA PARA CURAR E PRESTAR CARIDADES AOS NOSSOS IRMÃOS MATERIAIS E ESPIRITUAIS.....EU NÃO, EU NÃO VOU ME CALAR DIANTE DE UMA FARSA.....SARAVÁ REI MALUNGUINHO!!!!

Rogério Mestiço disse...

Caro Alexandre, primeiramente parabéns pelo seu trabalho, como ouço desde criança..."Ninguém chuta cachorro morto!"Embora entristecedoras as críticas,são quase que naturais.Vivemos em meio a uma sociedade consumista, que aprendeu nas escolas uma história muito mal contada.Me lembro quando por carinho aos pais velhos eu achava grandioso o dia 13 de maio,nessa época princesa Isabel para mim era quase uma santa!Mas foi a vivência em terreiro,o crescimento na periferia, embalado no berço do samba que fez com eu passasse a questionar muitas falsas verdades.Eu acredito em um Brasil que tem história verdadeira, e são brasileiros como você meu irmão, vozes que não se calam, que verdadeiramente respeitam a ancestralidade que aos poucos vai retirando o véu de mentiras que encobre a cultura linda de nosso povo.Como você diz Salve a Fumaça!Axé meu irmão!

Alexandre L'Omi L'Odò disse...

Irmão Rogério Mestiço, obrigado pela contribuição. Temos que fomentar este debate com maior divulgação. Por favor, compartilhe o link desta postagem para quem vc acredita ter interesse neste papo ok. Axé e Salve a fumaça!

L'Omi.

Um Carioca em Brasília disse...

Alexandre, tenho visto muita coisa acontecer em terreiros desde meus vinte anos, quando ingressei nessa seara. Histórias nitidamente de luta por poder (leia-se influência na vida dos outros), egos que se inflam por uma dita sabedoria tantas vezes criadas pela imaginação, pombagiras que dirigem carro, malandros que fumam drogas ilícitas nos terreiros, médiuns travestidos de Senhoras Mestras, enfim, toda sorte de desvarios da mente que ridicularizam e expõem as religiões de terreiro como um todo e a nossa Jurema Sagrada ainda mais, pois como se sabe, até mesmo entre o povo de terreiro de diferentes nações a Jurema é tida como "um nada", um complemento desnecessário, um apêndice na vida espiritual do médium. Só recebe críticas aquele que faz algum trabalho e a partir desse trabalho passa a incomodar. Se todas as pessoas pensassem 2 vezes quando vão assistir a uma festa desse tipo, talvez a nossa religião fosse mais valorizada. A Jurema de Natal tem sua expressão, sua forma, seu culto e sua Ciência. Não poderia ser diferente com a Jurema de Pernambuco, da Paraíba, de Alagoas e de todo o Brasil, com maior ou menor influência indígena, mas há de se manter duas coisas em comum além do cachimbo: a vergonha na cara e a fidelidade ao culto. Afinal de contas, os mestres e mestras, espíritos que são, não se apegam à luxúria e à vaidade humanas, não é verdade? Então fica o recado e salve a Jurema Sagrada!

Rogério Mestiço disse...

A suposta supremacia européia, imposta principalmente no processo de colonização, onde a mão de obra oriunda do comércio escravagista,que colocava tanto o escravo africano como o nativo de nossas terras, como sendo seres "sem alma","selvagens",era o mecanismo de aculturação utilizado pelos dominadores.Desde este tempo a força da crença religiosa demonstrou-se como uma grande fonte de resistência a este processo de aculturação, motivo que fez na década de 60 artistas, estudantes, intelectuais e grande parte da classe média brasileira enveredarem-se pelos terreiros em busca de uma identidade nacional,e acima de tudo uma origem que lhe fizesse "forte".O crescimento dos cultos de matrizes africanas fez com que religiões dominantes renovassem seus "monstros e fantasmas" utilizando o mesmo mecanismo lá do começo da colonização.
Hoje tentam colocar as religiões de matrizes nativas ou africanas em condição folclórica onde o único intuito é sua banalização e redicularização.
Admito que as danças, a musicalidade e até mesmo fundamentos das religiões de matrizes indigenas e africanas, por estarem presentes na raíz de nosso povo,fazem parte de nossa cultura e conseguentemente vão reluzir em nosso folclore.
Mas nossos cultos não são apresentações teatrais, onde qualquer artista cria, representa, conseguentemente se dá mal, e depois sai por ai dizendo que estava obsediado...agora está liberto...e por aí a fora.
Não podemos permitir a "teatralização" de nossos cultos e crenças.Temos fundamentos e sabedoria ancestral dos cultos deve ser respeitada para sua perpetuação limpida.
Axé meu irmão.

disse...

Meu irmão L'Omi...
Eu gostei muito de teu texto. E ele levanta ainda uma velha discussão que é bem conflituosa que tem a ver com registros públicos daquilo que acontece em nossos cultos.
Vale a pena lembrar que TODA e qualquer fotografia, filmagem, gravação por qualquer meio de qualquer que seja a cerimônia ou festejo, que seja lido por alguém mal intencionado pode gerar avacalhações para a totalidade de nossos cultos. Se alguém mal intencionado já olha uma foto "séria" e diz "olha aí a coisa do demônio" ou "olha aí a selvageria" ou "olha aí a loucura", imagina o que não se diz de registros que são mais facilmente pré-julgáveis... Temos de ter cuidado com o que divulgamos de nossa religião, onde divulgamos esse "o que" e para quem divulgamos.
No atual cenário de intolerância religiosa, todo cuidado é pouco.
O mais triste é ter que nos preocuparmos, também, com os intolerantes de nossos próprios cultos...
Nguzu!!!

Danilo Malungo disse...

Eita que é pau guiné mesmo, veja só sou a favor como sempre fui, estou engajado no movimento pela jurema sagrada desde os meus 14 anos hoje estou com 21 anos e ainda continuarei até o fim, sou batizado e juremado na jurema para o mestre Malunguinho e a 4 anos oficialmente tenho essa promessa junto a essa entidade de nunca deixar de lutar pela continuidade da jurema e por uma jurema séria e de axé, eu acredito que hoje em dia existe muitos novos adeptos que estão se deixando levar pela vaidade e pelo status de ser chamado de pai ou então ficar na boca das pessoas de santo pq a mestra ou o mestre ou sei lá a pombo gira saiu com uma roupa belíssima, ou que na festa teve não sei quantas grades de cerveja, pra mim como sempre disse o que interessa é o axé, as obrigações que se tem arriadas nas entidades que se cultua, o que conta para mim é o resultado dos trabalhos que são feitos na casa, se os filhos estão estabilizados , muitas coisas, não crítico quando vou a casas assim até pq cada um tem a sua liberdade de culto, porém o meu culto é um culto sério e de responsabilidade, eu até acho normal um homem vestir sua mestra, porém essa mestra deve ter a consciência de que ela está em um corpo de um homem, pode até ser homossexual mas o respeito deve ser dado do médium para a entidade e da entidade para o médium, bom eu dou respeito pra poder ter respeito, a jurema é uma ciência fina e de sabedoria... não é uma roupa de uma entidade com tecido caro que vai dizer o axé da casa não, até pq eu já conheci mestras que rodam e usam uma saia de algodão e o axé é mil vezes melhor do que muitas que usam seus tecidos caríssimos. Se um filho faz isso é pq o pai deixa, o respeito é de pai para filho e vejo que não existe mais, hoje em dia se transformou moda abrir barracão de jurema e candomblé é só a pessoa ser tombada que já tá com afilhado a torto e a direita, hoje em dia a queimadura do cachimbo se tornou perdida de ciência... é muita coisa que tem manchado o nome da Jurema eu Faço minha Parte de cuidar da minha jurema por uma escolha feita pelo meu mestre e não por mim, e a ele eu devo satisfação e respeito pq eu tenho entidades agora eu não sei essas pessoas que fazem isso onde é que estão as entidades deles?! deve ser alguma embusteira né isso?! pq agora a moda são as embusteira... sei não viu mestra é mestra embusteira é embusteira... gente vamos aprender o verdadeiro significado da ciência em que vocês fazem parte... Que Logun Edé e Malunguinho ilumine o caminho de vcs..Axé

Leonardo disse...

o que entristesse é a falta de bom senso de outros irmãos juremeiros, como citado no texto, que criticam a preocupação que o QCM e outras pessoas tem em abrir espaço e acabar com o misticismo em relaçao á nossa religiao, que é de pouco conhecimento popular, e por isso mesmo é alvo de comentarios inescrupulosos e/ou equivocados. vamos apoiar a luta! salve a fumaça!

Mestre Juremeiro Neto disse...

MESTRE JUREMEIRO NETO......
Quando as pessoas que eleva o nome do seu mestre em vão e esqueceu que muitos deles morreu no meio das matas abaixado fazendo a sua Jurema, para os encantados.
Não se lembra que o mestre quando muito tinha somente 3 roupas, 2 de trabalho e 1 para ir a festa, e a missa. Mais se continuarmos calados diantes de tais fatos. e como calar, abafar as dores dos mestres, as suas lutas e sofrimentos.
A Jurema e a minha religião onde eu encontro Deus.
E sempre rezo a Deus e aos meus Padrinhos espirituais para me abençar e ser sempre o que fui. Devolto a Deus e aos encantados.
parabens pela luta.

Quilombo Cultural Malunguinho

Quilombo Cultural Malunguinho
Entidade cultural da resistência negra pernambucana, luta e educação através da religião negra e indígena e da cultura afro-brasileira!