
Contando com a participação especial do Professor Jayro Pereira de Jesus, teólogo da religião de matriz africana e indígena, e presidente da ATRAI- Associação de Teólogos e Teólogas da Religião de Matriz Africana e Indígena, o seminário que contou com uma metodologia dinâmica, cheia de sons e cores, elementos religiosos e poesia, levou às mentes curiosas e olhares de estranhamento dos alunos e participantes parte importante das informações teológicas, históricas e culturais destas religiões. Com a coordenação do professor Vanderlei Lain, o seminário se desenvolveu com forte direcionamento ao contexto atualizado e de qualidade de bibliografias sobre o tema e contou ainda com a experiência religiosa do aluno Alexandre L'Omi L'Odò e do Professor Sacerdote Jayro, pois ambos são iniciados aos Orixás e à Jurema Sagrada, tendo forte militância política educacional nessas, em âmbito nacional.
Contando com a dinâmica artística (recital e performance), colocando em pauta as discussões de Castro Alves sobre o escravismo, através de sua poesia "O Navio Negreiro", o grupo garantiu a atenção de todas e todos, que intervieram com perguntas e explanações. Um forte ponto do encontro foi o momento que a aluna de Direito Alice Barbosa colocou sua experiência pessoal e familiar sobre o tema, expressando seu sentimento e mudança após ter entrado em contato com o universo afro brasileiro e indígena, mudando seu pensamento e rediscutindo preconceitos seus a muitos não resolvidos. Foi interessante e verdadeiro seu depoimento.
Os organizadores do evento, prepararam um presente muito especial para distribuir com todas e todos: Copias do Documentário "Atlântico Negro, Na Rota dos Orixás", do diretor Renato Barbieri e pesquisa de Victor Leonardi. O filme traz a discussão sobre as origens do candomblé, a história do negro, o período escravagista, a luta por liberdade de negros e negras no Brasil, brasileiros descendentes de africanos retornados à África (os Agudás) e, concretiza um diálogo e troca de saberes entre o Pai Euclides (Talabian de Lissá) sacerdote da casa Fanti Achanti no Maranhão com um sacerdote do culto fon de Benin. Escolhido como material imprescindível para contribuir no aumento de saberes sobre a história e cultura do povo negro, este material pedagógico, educativo e transformador foi exibido em silêncio durante as falas da palestra, dividindo por vezes a atenção dos presentes entre as falas e as imagens na TV do pequeno auditório multimídia.
Finalizando os trabalhos, depois das grandes discussões do tema, a poesia "Navio Negreiro" voltou a ser recitada com a participação especial do músico, poeta e fotógrafo Adeíldo Massapê que com muita sabedoria dividiu a cena com L'Omi. O vinho sagrado da Jurema foi destribuido entre todos presentes, configurando um momento de comunhão com o sagrado indígena, ato que levou todos e todas à aproximarem-se para experimentar a deliciosa bebida junto a fumaça comunicativa do cachimbo de mestre da Jurema.
Publico as fotos aqui para informar visualmente todo processo do evento.
Fotos de Izabella Cabral de Mello, aluna do curso de História da UNICAP. Meus agradecimentos!
Divirtam-se!

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No cachimbo da Jurema: Professor Vanderlei Lain.
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