Reflexão 1
Os terreiros da religião de matriz africana e indígena são lugares da diversidade humana incondicional, pois tem na xenofilia o seu pressuposto teológico e filosófico; porém, essa prerrogativa não pode ser confundida a ponto de convertê-los em verdadeiros antros em que subjetiviades reprimidas são exercidas, dando lugar às libertinagens em que o divino ou o sagrado se confundem com as próprias personalidades ou idiossincrasias dos indivíduos dirigentes, bem como dos/as frequentadores/as sejam eles/as assíduos/as ou esporádicos/as dos “templos religiosos” afro-indígenas.
Reflexão 2
A religião de matriz africana e afro-indígena possui uma teologia e uma filosofia que prima pela potencialização da Existência considerada como sagrada e não pela diminuição da mesma, em que a “energia” é manipulada no sentido contrário ao do engendramento da Vida enfim. Quem da Religião Afro apregoa malefícios, sobretudo, atentados à Vida, devem possuir matadores e/ou grupos de extermínios associados ao terreiro para assim conferir fidedignidade aos ditos feitiços, trabalhos, catimbós, etc. Tais elementos (homens e mulheres) que se utilizam da religião da Vida como a dos Orixás, dos Inquices, Voduns, etc., para a morte, precisam ser denunciado aos órgãos públicos de seguranças, pois se utilizam de meios mecânicos para perpetrar seus crimes.
Reflexão 3
Na religião de matriz africana e afro-indígena, o Corpo enquanto estrutura das pessoas (dos homens e das mulheres) na sua compreensão biomítica ou antropotheogônica é tido como uma espécie de território do Sagrado. Nessa concepção reside a improbidade de toda e qualquer violência física ou simbólica tantos aos Entes animados como aos inanimados humanos e da natureza. Um/a adepto/a, um/a iniciado/a, em especial, deve abster-se de todo e qualquer ópio para assim não macular a sua sacralidade existencial. As drogas de toda e qualquer natureza ou espécie não podem ser usadas por iniciados/as, em especialmente. Templos Afros que usam e estimulam, portanto, o uso de entorpecentes deve ser denunciado, porque atentam contra os fundamentos teológicos e filosóficos da cosmovisão africana, em particular.
Jayro Pereira de Jesus.
Teólogo/ATRAI
teologiaafro@yahoo.com.br
Teólogo/ATRAI
teologiaafro@yahoo.com.br
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Publico aqui reflexões importantíssimas feitas pelo Professor Jayro Pereira sobre a nossa religião de matriz afro indígena, é importante que todos leiam e coloquem seus pontos de vista, pois essas são discussões imprescindíveis ao nosso meio. A foto é de Maíra Gamarra, no IV Kipupa Malunguinho, nas matas sagradas do Catucá em 2009.
Publico aqui reflexões importantíssimas feitas pelo Professor Jayro Pereira sobre a nossa religião de matriz afro indígena, é importante que todos leiam e coloquem seus pontos de vista, pois essas são discussões imprescindíveis ao nosso meio. A foto é de Maíra Gamarra, no IV Kipupa Malunguinho, nas matas sagradas do Catucá em 2009.
Alexandre L'Omi L'Odò.
Quilombo Cultural Malunguinho
Quilombo Cultural Malunguinho
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