sábado, 21 de julho de 2012

Nota, RITUAL - Registros da intolerância religiosa sofrida pelo Povo de Terreiro

Digitalização de nota do Jornal Folha de Pernambuco de 18 de julho de 2012, caderno Grande Recife.

Nota - RITUAL

Esta nota, quase imperceptível no jornal Folha de Pernambuco avisou sobre uma pauta/ação do CEPIR que não tinha de fato haver com a questão das intolerâncias vivenciadas pelo Povo de Terreiro. Neste momento o "secretário" da instituição fez até lançamento de cartilha de combate ao racismo ambiental, tema pouco relevante ao ser comparado com o grande massacre que o Povo de Terreiro de Pernambuco está vivendo. Ele junto com a coordenadora religiosa da Caminhada dos Terreiros de Pernambuco utilizaram-se do espaço para se promover e promover o Estado omisso pernambucano. Este governo que nos últimos anos só fez jogar para debaixo do tapete as discussões sérias sobre racismo e intolerância religiosa. Um governo sem compromisso com com o combate ao racismo, pois sequer criou a secretaria de combate ao racismo, ou de "igualdade racial".

Algumas representações do Povo de Terreiro se fizeram presentes e contestaram o ato e se disseram não representados pelos convocadores da ação. O Babalorixá e Juremeiro Érico Lustosa, foi o primeiro a se colocar afirmando não ser "este um ato comprometido com nosso verdadeiro problema".

A "carta de repúdio" de texto não divulgado, passou desapercebida sem efeitos edificantes para contribuir com a diminuição da violência simbólica e física que os terreiros do Agreste e da Capital estão sofrendo. Portanto, ainda estamos em um estágio muito delicado onde os sacerdotes e sacerdotisas ainda se vendem ao Estado comprometendo a luta e a causa de nosso pertencimento.


Alexandre L'Omi L'Odò
Quilombo Cultural Malunguinho
alexandrelomildoo@gmail.com

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